in Público
"As duas últimas décadas foram um tempo de mediocridade "absolutamente inacreditável" em Portugal, em particular em Lisboa, afirmou à Lusa o comissário-geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa, José Mateus: "Os futuros historiadores vão olhar daqui a dez anos para Lisboa e dizer: "No fim do século XX vivia-se um tempo obscuro no campo da arquitectura."
No que respeita à capital, Mateus dá conta de "um fenómeno quase misterioso": "Em Lisboa não sei onde é que aparecem tantos projectos feitos [sem concurso]. O último concurso que me lembro foi no tempo de Jorge Sampaio. Em Cascais, no mandato de António Capucho foram feitos mais de 20 em cinco ou seis anos." "Dá um desgosto para quem como nós, os arquitectos, sabe aquilo que poderia ser a nossa cidade", lamenta o comissário da trienal, que encerra amanhã.
José Mateus explica que o evento pretendeu "pôr as pessoas a pensar em arquitectura" e a questionar o conceito de "vazios urbanos" nas suas cidades, o tema desta primeira edição, que foi visitada por 40 a 50 mil pessoas, um número abaixo do previsto.
"Quando falamos de vazios urbanos, não estamos a falar em ocupação desses vazios, mas a propor que se pense sobre eles, que ganhem novo sentido", sublinhou o arquitecto.
Lisboa tem muitos vazios urbanos e José Mateus cita alguns exemplos, uns mais explícitos do que outros, como os terrenos da Feira Popular ou as margens de habitações do eixo norte-sul ou da Segunda Circular. São um "não lugar". Perante estes cenários de "vazios urbanos", a Trienal de Arquitectura, teve o seu papel de serviço público, como explicou José Mateus, ao apresentar "projectos para problemas facilmente identificáveis em Lisboa e que provam que a cidade pode ser outra coisa".
Ao longo dos últimos dois meses, a trienal fez-se sobretudo de exposições e debates dirigidos não só a arquitectos, mas a todas as pessoas e às que têm o poder de decidir sobre a cidade: "Quisemos mostrar propostas que provam aos administradores de empresas, aos decisores políticos, aos autarcas, que há uma série de problemas na cidade que têm dezenas de hipóteses de solução e que podem transformar a cidade em algo eventualmente também surpreendente."
Apesar de a afluência do público não ter sido esperada (previa-se cerca de 100 mil visitantes), o balanço é positivo: "Um dos aspectos bem sucedidos foi a afirmação do evento em si logo à primeira edição, junto dos jornalistas, dos políticos e da população. Podem não ter visto a trienal, mas sabem que existe."
A próxima Trienal de Lisboa decorrerá em 2010.(...)
Não é Lisboa que é o pior sitio!
ResponderEliminarO unico sitio para o conteudo imbecil das várias exposições era só um "O Sitio do Picapau Amarelo"!
A trienal prestou um pessimo serviço publico, não é esclarecedor da "importância" da arquitectura, antes pelo contrario. Não se entende como foi possível os seus profissionais a permitiram.
Quando ao prémio atribuido ao maior mafioso da historia da arquitectura, o sr.gregoti, está tudo dito.
É claro que apoiado pelos seus capangas caso contrario nunca mais saem numa revista.
Basta verificar no indice da Casabella para saber quem são os arquitectos que fazem parte da banda.
É caso para dizer que aprenderam rápido.
E o que dizer do galardão, um tijolo nojento ainda com betão agarrado!
Foi uma total "ausência de ideias" que foi galardoada, prémio incluido.
Lamentavel foi a presença do Sr. Presidente, e ter se prestado a isto, provavelmente por desconhecimento.
Com sorte só daqui a 3 anos é que voltamos a ter a exposição mas desta vez no Sitio do Picapau Amarelo.