18/07/2007

Espaços ainda livres em Lisboa



Na sequências dos últimos posts relativos aos jardins de Lisboa, permitam-me chamar a atenção para uma das zonas mais esquecidas e degradadas da cidade: os bairros da Penha de França, Alto S. João, Madredeus e vale de St. António.

Nestes bairros existem vários espaços, entregues ao mato e ao lixo que, com relativamente pouco investimento, poderiam ser transformados em espaços verdes simples, recorrendo a espécies mediterrânicas que requerem um baixo nível de manutenção.
A concretização desta transformação efectuar-se-ia através da plantação de mata, criando zonas de protecção, com funções de bolsas de oxigénio e de acesso condicionado (como as encostas), como poderiam ser zonas de caminhada e jardins mais fechados ou com características de ponto de encontro e convívio (como praças).

Nestes espaços incluem-se espaços denominados de jardins, como a Praça Paiva Couceiro, mas que, em qualquer cidade europeia, perderiam o título.

Esta áreas serviriam de tampão à expansão urbana que ameaça tomar conta daquela zona da cidade, serviria de apoio às urbanizações já existentes e confluiria, potencialmente, os esforços na reabilitação urbana.


Os referidos espaços são:

1 - Encosta do Bairro das Colónias;
2 - Encosta da Penha de França;
3 - Praça Paiva Couceiro;
4 - Prolongamento da Av. Afonso Costa;
5 - Parada do Alto de S. João e miradouro;
6 - Vale de Santo António;
7 - Encosta da Madredeus;
8 - Encosta e miradouro da Rua D. Domingos Jardo;
9 - Envolvente do Forte de Santa Apolónia.


Hugo Daniel de Oliveira

4 comentários:

  1. Todos estes espaços dariam óptimos espaços verdes e de lazer. No entanto alguns estão condenados como o Vale de Santo António. A Parada do ALto de São João e a Praça Paiva Couceiro estão abandonadas, e os outros espaços referidos provavelmente a Câmara nem sabe que existe. Cómico é o Forte da Santa Apolónia dentro do qual foi construido um prédio com mais de 10 andares.Como notam, o problema já não é de agora.

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  2. o rumo insustentável das coisas só pode mudar se os cidadãos, os moradores de cada freguesia, tomarem para si a tarefa de proteger estes espaços livres que restam na cidade. porque como já todos sabemos, a autarquia nunca teve nem independencia nem visão. lisboa anda sempre atrasada pelo menos 20 anos em relação à europa desenvolvida.

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  3. A encosta do bairro das Colónias, é um espaço verde chamado Miradouro de Monteagudo, e foi obra de Ribeiro Telles. É de facto pouco conhecido, e normalmente encontras-se muito sujo e degradado. Possui um típico painel de azulejos com indicações dos pontos de vista da cidade e uma pérgola semi-destruída. Não é um espaço disponível, mais sim um espaço já desenhado com uma boa modelação vegetal.

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  4. O Miradouro do Monteagudo já existe, mas agora é um parque de estacionamento: de carros e de lixo. Acho que já publicaram um post sobre o assunto

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