In Diário Digital (5/7/2007)
«Entre 11 candidatos com políticas diferentes e até opostas, a necessidade de limitar as competências da Administração do Porto de Lisboa (APL) foi unificadora no debate promovido quarta-feira pelo Diário de Notícias.
Na resposta a perguntas de cidadãos seleccionados pelo jornal, tanto o socialista António Costa como o candidato do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, manifestaram-se contra mais construções na frente ribeirinha para servir necessidades portuárias.
António Costa manifestou-se contra a construção de um centro comercial no futuro terminal de cruzeiros, planeado para Santa Apolónia, afirmando que «não faz sentido» quando o que se pretende é atrair os turistas à Baixa da cidade.
O candidato socialista, o mais solicitado pelos cidadãos, defendeu uma «delimitação das áreas de competência» atribuídas à administração portuária.
Também Garcia Pereira se manifestou contra o domínio da APL sobre a zona ribeirinha, afirmando que deve caber ao presidente da Câmara as decisões sobre o que se constrói na cidade.
«Discordo em absoluto que a Administração do Porto tenha poder de autorizar edifícios na frente ribeirinha», disse por seu turno a independente Helena Roseta, enquanto Manuel Monteiro, do Partido da Nova Democracia, foi mais longe e defendeu o fim das cargas e descargas marítimas em Lisboa, devendo a frente ribeirinha ficar reservada para fins turísticos.
Foi um dos pontos que mais uniu diferentes candidatos na sessão promovida pelo DN e que se arrastou por três horas e meia, com algumas queixas de falta de tempo por parte de alguns candidatos.
Assumido pelo moderador como experimental, o debate viu regras mudadas a meio do jogo e foi algumas vezes interrompido, principalmente por Manuel Monteiro, exigindo esclarecimentos a António Costa sobre a sua actuação enquanto ministro da Administração Interna e dando oportunidade ao socialista de justificar medidas do Governo a que pertenceu até há poucos meses.
Garcia Pereira pontuou o debate com alguns «apartes» críticos em relação às queixas dos adversários «mal-habituados» a ter que dividir o tempo com todos os candidatos e teve a ajuda de um apoiante seu, Rui Mateus, que, na qualidade de cidadão seleccionado pelo DN, se insurgiu contra o «simulacro de democracia».
O único ausente foi o independente Carmona Rodrigues, uma falta comentada, e cuja anterior presidência foi várias vezes criticada.
Além de perguntas mais genéricas sobre as soluções para os problemas financeiros da autarquia e caminhos para a Área Metropolitana de Lisboa, a maioria dos cidadãos concentrou-se em assuntos que têm estado ausentes da discussão na pré-campanha, desde o cinema Europa aos grafittis, falta de sanitários públicos ou dejectos de cães no passeio.
Nas alegações finais, o cabeça-de-lista do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira defendeu a cultura lisboeta «da sardinha assada e da febra», o do PNR, José Pinto Coelho, destacou a insegurança, enquanto Telmo Correia, do CDS-PP, lamentou que os temas sociais tenham estado ausentes do debate.
Diário Digital / Lusa »
Ena, todos de acordo. Óptimo. Vamos a ver é depois ...
E o que diz a APL? fica calada e pela calada da noite lá vai adjudicando as suas obras!
ResponderEliminarAcordem Lisboetas!
APL para RUA!