O arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles (in Boletim Lisboa Urbanismo, nº 1 – Ano 1998) chama-lhe PARQUE PERIFERICO, designando-o na sua constituição como “... uma estrutura continua reticulada em relação à cidade que vai desde o Parque de Monsanto até à Ameixoeira, abrangendo quintas e os conjuntos históricos de Carnide e Paço do Lumiar.”
Este conceituado arquitecto defende que no parque deveriam ser integradas as seguintes preocupações/funções ecológicas e ambientais:
Regulação do regime hídrico e cintura verde através de uma boa gestão do curso de água que corre no vale da Ameixoeira o que permitiria a presença permanente de uma rede de vegetação sempre verdejante cujo contributo para uma melhoria de clima e ambiente seriam inquestionáveis;
Recreio, desporto e turismo seriam promovidos através de criação de circuitos de manutenção, passeios pedestres e ciclo-pedestres e, porque não, criação e desenvolvimento de actividades equestres. Aproveitar-se-ia a existência de um conjunto diversificado de museus na zona promovendo-se diversas actividades nos seus próprios espaços verdes;
Espaço de cultura e educação que deverá ser promovido quer através da revisitação a locais históricos, recuperação de tradições (apanha de azeitona, culturas hortícolas, pastorícia, lagares, etc.) num perfeito reencontro com a natureza e os saberes antigos. As escolas devem ser envolvidas;
Promover a produção de bens de primeira necessidade. As populações que vivem na área abrangida pelo parque são constituídas, em grande numero, por agregados familiares de baixos recursos muitas delas a necessitarem de subsídios estatais. Haveria que canalizar muitas das energias desaproveitadas para actividades silvícolas;
A humanização de todo o parque terá de ser feita através de uma verdadeira e completa integração das populações residentes, reconstruindo e repovoando os bairros antigos, criação de postos de trabalho e proporcionando boas condições de segurança e aprazíveis, aos veraneantes e usufrutuários dos espaços verdes e eco-silvicolas.
Data de Dezembro de 2005 a proposta aprovada por unanimidade no executivo camarário de elaboração do Plano de Reabilitação Urbanística da Zona Histórica da Ameixoeira.
Em Fevereiro de 2006 foi apresentado e aprovado o Programa de Acção Territorial, no qual se referem estudos já anteriormente elaborados sobre o tema, nomeadamente:
Classificação de área critica, datada de 1992. Com esta data existe placa alusiva no descampado do lado direito de quem sobe a Calçada da Carriche;
Revisão do Plano Director Municipal de 1994;
Deliberação da Câmara nº 457/CM/97;
Despacho do vice-presidente da Câmara de 15 de Julho 2002;
Deliberação da Câmara de 30 de Junho 2005 (nº 379/CM/2005);
A elaboração do PAT deveria ter contado com os apoios consagrados na Resolução do Conselho de Ministros nº 143/2005 e concumitantemente com o plano tecnológico relativo às cidades criativas para a implementação das boas-práticas de participação e sustentabilidade, recomendadas pela União Europeia na Agenda XXI.
Já em 2003, havia surgido, o projecto europeu “Large Urban Distressed Áreas” entre nós conhecido por projecto LUDA, tendo sido escolhida Lisboa, em concreto a Ameixoeira, como uma das seis cidades europeias a intervencionar. Coordenado pela Câmara e entregue à Universidade Lusofuna, para o desenvolver no terreno, a sua implementação haveria de ser desenvolvida durante três anos.
O que temos visto de todo este processo seja ele chamado, PARQUE PERIFERICO, COROA NORTE, PLANO DE ACÇÃO TERRITORIAL, LUDA, PROTAML, PROQUAL, PRAUD, etc., etc., não tem sido mais do que projectos, estudos e mais projectos. in http://branquinho.blogs.sapo.pt/2006/11/
Este conceituado arquitecto defende que no parque deveriam ser integradas as seguintes preocupações/funções ecológicas e ambientais:
Regulação do regime hídrico e cintura verde através de uma boa gestão do curso de água que corre no vale da Ameixoeira o que permitiria a presença permanente de uma rede de vegetação sempre verdejante cujo contributo para uma melhoria de clima e ambiente seriam inquestionáveis;
Recreio, desporto e turismo seriam promovidos através de criação de circuitos de manutenção, passeios pedestres e ciclo-pedestres e, porque não, criação e desenvolvimento de actividades equestres. Aproveitar-se-ia a existência de um conjunto diversificado de museus na zona promovendo-se diversas actividades nos seus próprios espaços verdes;
Espaço de cultura e educação que deverá ser promovido quer através da revisitação a locais históricos, recuperação de tradições (apanha de azeitona, culturas hortícolas, pastorícia, lagares, etc.) num perfeito reencontro com a natureza e os saberes antigos. As escolas devem ser envolvidas;
Promover a produção de bens de primeira necessidade. As populações que vivem na área abrangida pelo parque são constituídas, em grande numero, por agregados familiares de baixos recursos muitas delas a necessitarem de subsídios estatais. Haveria que canalizar muitas das energias desaproveitadas para actividades silvícolas;
A humanização de todo o parque terá de ser feita através de uma verdadeira e completa integração das populações residentes, reconstruindo e repovoando os bairros antigos, criação de postos de trabalho e proporcionando boas condições de segurança e aprazíveis, aos veraneantes e usufrutuários dos espaços verdes e eco-silvicolas.
Data de Dezembro de 2005 a proposta aprovada por unanimidade no executivo camarário de elaboração do Plano de Reabilitação Urbanística da Zona Histórica da Ameixoeira.
Em Fevereiro de 2006 foi apresentado e aprovado o Programa de Acção Territorial, no qual se referem estudos já anteriormente elaborados sobre o tema, nomeadamente:
Classificação de área critica, datada de 1992. Com esta data existe placa alusiva no descampado do lado direito de quem sobe a Calçada da Carriche;
Revisão do Plano Director Municipal de 1994;
Deliberação da Câmara nº 457/CM/97;
Despacho do vice-presidente da Câmara de 15 de Julho 2002;
Deliberação da Câmara de 30 de Junho 2005 (nº 379/CM/2005);
A elaboração do PAT deveria ter contado com os apoios consagrados na Resolução do Conselho de Ministros nº 143/2005 e concumitantemente com o plano tecnológico relativo às cidades criativas para a implementação das boas-práticas de participação e sustentabilidade, recomendadas pela União Europeia na Agenda XXI.
Já em 2003, havia surgido, o projecto europeu “Large Urban Distressed Áreas” entre nós conhecido por projecto LUDA, tendo sido escolhida Lisboa, em concreto a Ameixoeira, como uma das seis cidades europeias a intervencionar. Coordenado pela Câmara e entregue à Universidade Lusofuna, para o desenvolver no terreno, a sua implementação haveria de ser desenvolvida durante três anos.
O que temos visto de todo este processo seja ele chamado, PARQUE PERIFERICO, COROA NORTE, PLANO DE ACÇÃO TERRITORIAL, LUDA, PROTAML, PROQUAL, PRAUD, etc., etc., não tem sido mais do que projectos, estudos e mais projectos. in http://branquinho.blogs.sapo.pt/2006/11/
O que é que se passa na prática?
A CML anda a esquartejar o espaço verde com condomínios, a vender as quintas históricas para construção ou a deixá-las ao abandono, permitindo a sua venda, quando não é proprietária e deixa cair o conjunto histórico e constroi vias rápidas.
Palavras para quê?
Deduzo que o link do texto não está correcto.
ResponderEliminarDeve ser:
http://branquinho.blogs.sapo.pt/2006/11/
Este texto foi publicado inicialmente no "PS LUMIAR"
http://pslumiar.blogs.sapo.pt/347220.html
Cumprimentos