02/09/2007

Cidadão e dirigente associativo manifesta-se indignado e com razão

Fundação D. Pedro IV
Este grito de revolta foi-me deixado nos comentários do LisboaLisboa e julgo que é meu dever dá-lo a conhecer: «Como cidadão sinto-me indignado com facto desta famigerada Fundação D. Pedro IV ainda estar “viva” e, pelos vistos, a “mexer-se” no sentido de, ainda por cima, vingar-se daqueles que, através da sua luta, conseguiram que, na Assembleia da República, no dia 21 de Junho passado, fosse votada, por unanimidade, a Resolução que recomendou ao Governo a reversão para o Estado do património habitacional dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras. Na altura, a Direcção da Associação Tempo de Mudar para Desenvolvimento do Bairro dos Lóios – ATM / IPSS emitiu um comunicado de imprensa com o título “INQUILINOS DO IGAPHE DOS LÓIOS E DAS AMENDOEIRAS CONQUISTARAM MEIA VITÓRIA!” no qual se pôde ler “ […] os locatários do IGAPHE dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras assistiram hoje à aprovação, por unanimidade, na Assembleia da República o ponto n.º 2 do Projecto de Resolução n.º 210/X, apresentado pelo Grupo Parlamentar do Partido Comunista Português – PCP, ou seja, “A reversão para o Estado do património do IGAPHE transferido para a Fundação D. Pedro IV com salvaguarda dos direitos legítimos dos respectivos moradores.” A ATM lamenta que o Grupo Parlamentar Partido Socialista tenha votado contra outros pontos da mesma Resolução que reputamos da maior importância e justiça como, por exemplo, o n.º 1 “A extinção da Fundação Dom Pedro IV e a destituição dos seus Corpos Gerentes, de acordo com as recomendações do Relatório apresentado em 21 de Junho de 2000 pela Inspecção-Geral do Ministério do Trabalho e da Solidariedade”; o n.º 3 “A integração dos demais bens pertencentes à Fundação noutra instituição ou serviço, a designar pelo Governo, que esteja em condições de garantir a prestação dos serviços de acção social a seu cargo”; o n.º 4 “A realização das diligências necessárias para o apuramento de todas as responsabilidades civis e criminais relacionadas com ilegalidades cometidas em nome da Fundação D. Pedro IV e com o respectivo encobrimento.” […] / […]Houve quem não só não tenha apreciado o comunicado acima citado, como o tenha classificado de infeliz e até (pasme-se!) chegado ao ponto de insinuar (agitando o “papão” de outros tempos) que ATM estava manobrada por uma certa e determinada força política.
Os factos, ora conhecidos, estão aí a provar, à saciedade, que, afinal de contas, todos aqueles que criticaram o aludido sentido de voto do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na A.R., no dia 21 de Junho passado, tinham toda a razão em tais observações. Seria interessante, agora, saber-se o que pensam certos dirigentes do PS sobre esta atitude persecutória e revanchista do Sr. Canto Moniz e da sua famigerada Fundação D. Pedro IV (?!...).
Os moradores dos bairros dos Lóios e das Amendoeiras, tal como outros cidadão atentos e informados, esses, não deixarão, estamos certos disso, de saber tirar destes factos as devidas e necessárias ilações políticas, bem como, irão estar unidos e dispostos a continuar a sua luta na defesa dos seus legítimos representantes, pela aplicação da justiça (em conformidade com os princípios e valores duma sociedade democrática e de um Estado de direito em que vivemos e queremos continuar a viver) e pelo seu direito habitação.
LÓIOS E AMENDOEIRAS, JUNTOS, VENCERÃO! A LUTA CONTINUA! ABAIXO A CORRUPÇÃO! VIVA A CIDADANIA!
Como cidadão de um Estado de Direito, interrogo-me (interrogamo-nos todos!?) sobre o motivo que impede o Governo do Partido Socialista de mandar prosseguir com as investigações / conclusões do Relatório-Processo 75/96- "Averiguações à Fundação D. Pedro IV” - O Relatório que propunha a extinção da Fundação e que foi ignorado pelo juiz Simões de Almeida?!...Aproveito para expressar a minha solidariedade a todos os elementos da Comissão de Moradores do Bairros das Amendoeiras.»
Eduardo Gaspar (Dirigente Associativo)
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É de toda a justiça que se reflicta e se denuncie esta situação que se arrasta, segundo me dizem, há anos.

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