In Público 22/8/2007 Ana Henriques
A Câmara de Lisboa vai oferecer ao Instituto Português de Oncologia (IPO) 12,5 hectares de terreno de forma a que a unidade de saúde possa instalar-se em Chelas, em vez de se mudar para o concelho de Oeiras. O terreno que o presidente da autarquia, António Costa, quer entregar ao IPO fica nas imediações do Parque da Belavista, na freguesia de Marvila. A ideia é que grande parte destes 12,5 hectares constituam uma zona ajardinada onde os lisboetas possam também passear. António Costa tem tido conversações com o Governo sobre a questão e leva à próxima reunião de câmara, que se realiza quarta-feira, uma proposta no sentido de a autarquia o mandatar para entrar em negociações com o Ministério da Saúde.
Embora a tutela nunca se tenha comprometido definitivamente com a mudança para Oeiras, essa parecia ser a hipótese mais plausível até aqui, até porque o presidente da câmara, Isaltino Morais, havia oferecido um terreno para o efeito. Há três meses, o autarca disse que a câmara já estava a a concluir as negociações para a compra de um terreno em Barcarena por 12,5 milhões de euros, que cederia depois gratuitamente ao IPO. Foi também por essa altura que o ministro da Saúde garantiu no Parlamento que tinha tentado manter o equipamento hospitalar em Lisboa, mas que a câmara lhe garantira não haver terreno disponível para o efeito. O IPO encontra-se na Praça de Espanha, em instalações obsoletas e em terrenos que o ministério pretende vender para financiar a construção dos novos edifícios. Além das actuais valências hospitalares, o novo IPO contará com um hotel residencial para doentes.
Contactado pelo PÚBLICO, o vice-presidente da Câmara de Oeiras foi lacónico: "O ministro solicitou-nos uma proposta para resolver o problema do IPO, e a câmara apresentou-lha com celeridade. Cabe-lhe agora decidir, e penso que escolherá a melhor proposta." Também o Cartaxo se oferecera para acolher o IPO. Se for construído em Chelas, o IPO ficará a uma distância relativamente curta do futuro Hospital de Todos os Santos, que deverá substituir as unidades hospitalares do centro da cidade: pelo menos São José, Capuchos, Desterro e Santa Marta. Já no anterior mandato, a CML e o Ministério da Saúde tinham encetado conversações sobre a ida do IPO para Marvila, sem terem chegado a acordo.
mete nojo como o estado está ao serviço dos interesses partidários.... é bom pró PS ganhar eleições em Lisboa então agora já pode ficr em Lisboa
ResponderEliminarParece-me que a questão nunca foi a de não poder ficar em Lisboa. Foi uma questão entre governa e Câmara, não foi? E se fosse para Oeiras não seria para o Isaltino ganhar? E não parece mais razoável que se mantenham em Lisboa serviços como o que está em causa? A menos que se feche Lisboa de vez... O que é preciso é trazer de novo a Lisboa tanto os habitantes como os serviços que deixou de ter. Não sejamos facciosos. Sejamos razoáveis no que devemos ser.
ResponderEliminarA política é um nojo! Não a política por si mas este inqualificável método muito próprio da nova casta socialista muito bem representada por António Costa. O local definido agora como uma oferta “generosa” e “brilhante” para o Ministério da Saúde, foi apresentada em plena campanha eleitoral pelo Candidato do PSD seguindo – julgo que até noticiado neste mesmo blogue e na imprensa escrita – estudos efectuados pela vereação de presidida por Carmona Rodrigues.
ResponderEliminarClaro que é fundamental e positivo que o IPO fique em Lisboa, como o aeroporto, como os quartéis, edifícios públicos e a Penitenciária de Lisboa ao serem desactivados devem passar a estar dependentes de uma posição vinculativa da CML no que respeita ao seu novo uso.
Não é importante quem toma a decisão. O que é lamentável é o desrespeito, por parte do governo, para com a CML quando o seu executivo não era socialista. E agora tudo é possível, tudo é realizável. Só mais 2 exemplos: 30 milhões de Euros devidos pelo governo respeitante ao IRS de 2006 – 8 meses de pedidos por parte da CML e AML – entregues no dia de tomada de posse de António Costa …mas 40 milhões por o governo ainda encontrou umas “verbas remanescentes”.
Novos elementos para a Polícia Municipal – António Costa, o ministro, prometeu que seriam provenientes de um curso a finalizar em Torres Novas, depois quis enviar os que estavam em pré-reforma, depois deixaram de vir . Agora, António Costa , o presidente da Câmara, já vai receber dos seus ex- Secretários de Estado 150 novos policias em Outubro.
Assim se faz a política em Portugal.
Não sei se a política é um nojo, mas há coisas que o são, na verdade. Quem foi que deu cabo das Avenidas Novas aurorizando a venda e transformação de casas de habitação em escritórios? De um ano para o outro milhares de lisboetas deixaram a cidade. Quem deixou chegar Lisboa ao estado mais miserável de que há memória? Nunca se viu Lisboa tão suja, tão decadente, tão abandonada, tão destruída, como nos últimos anos se tem visto. Mas, curiosamente, se são os políticos que fazem essas "politiquices" há uma parte razoável dos cidadãos que gostam de ser vigarizados e premeiam quem (n)os rouba. Senão vejamos os autarcas que são arguidos, ou mesmo réus, por questões ligadas à sua actividade de autarcas e saem vítimas e vitoriosos. Não temos que condenar só os políticos profissionais.
ResponderEliminarPorque é que temos que ser todos nós cidadãos de Lisboa a pagar as asneiras do senhor Santana ou de outros!? Não deveria ser quem as faz que as deveria pagar?
Convém também saber que a proposta de António Costa, que ainda NÂO foi votada pelo executivo, dá, de borla, 12,5 hectares de zona verde no Parque da Bela Vista. Dentro da Zona Verde, e não "perto" como refere o DN. Na plante do DN a zona surge a encarnado, mas deveria estar a verde... é zona verde.
ResponderEliminarA paródia contínua!
ResponderEliminarComo é q uma Câmara espera sair do buraco financeiro em que está metida, se anda a dar terrenos!?
Como é possível um dito "Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propôr e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas.", afirmar q tal medida irá trazer mais gente à cidade?! Olhem que nem tudo o luz é ouro... Quais os q estudos provam isso?
E já ag, desde quando q a destruição de zonas verdes, num espaço urbano, é benéfico?...
Tenham atenção q o mundo é redondo!
P.S.: esse sentimento de "se aqla Câmara tem eu tb tenho q ter" é mentalidade da Idade Média e de cidades.estado.
O Sr_Fim que me perdoe, mas não entendeu nada do comunicado. Cumps.
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