1 - O Movimento de Utentes dos Transportes (MUT) da Área Metropolitana do Porto (AMP) aplaudiu hoje o regresso dos eléctricos à baixa da cidade, considerando que estes veículos contribuem para «uma mobilidade adequada às necessidades reais dos utentes».
André Dias, do MUT/Porto, considerou que o funcionamento de uma linha de eléctricos ligando duas zonas altas da cidade - a Cordoaria e a Praça da Batalha - permite superar os «inconvenientes e o desconforto de desníveis geográficos acentuados».
No entanto, alerta André Dias, «a reintroduzição de uma linha de carros eléctricos que supera estes inconvenientes deve visar, em primeiro lugar, os interesses dos cidadãos», sublinhou o porta-voz do MUT.
Considerou que «a ênfase na vocação turística dos carros eléctricos não deve prevalecer sobre o seu carácter instrumental como meio de transportes público ao serviço dos utentes».
Por isso - acrescentou - «o MUT-AMP vai estar particularmente atento à frequência e aos preços praticados .
2 - "O Metro Sul do Tejo (MST) custa em média 15 mil euros por dia", adiantou ao DN o encarregado de missão do MST. Marco Aurélio lembra que, para já, quem paga a factura é a concessionária, a Metro Transportes do Sul, mas esta será depois indemnizada pelo Estado, uma vez que o número de passageiros está muito aquém do previsto e não permite suportar tais custos - com cada carruagem a transportar uma média de quatro pessoas.Ainda assim o encarregado de missão garante que os custos diários com funcionários e energia são menores do que se se tivesse optado por manter o metro parado até toda a linha estar concluída (no final de 2008). O MST entrou em funcionamento a 1 de Maio, apenas entre Corroios e a Cova da Piedade - um percurso com quatro dos 20 quilómetros que compõem todo o traçado.A Metro Transportes do Sul não faz comentários, afirmando apenas que não existem ainda quaisquer números, nem no que toca à procura nem a compensações do Estado. O DN contactou também o Ministério das Finanças, mas não obteve resposta até ao fecho desta edição.Estes primeiros quatro meses de funcionamento, que já custaram cerca de 1,8 milhões de euros, acabaram sobretudo por servir para a população se habituar e conhecer o novo meio de transporte que circula nos concelhos de Almada e Seixal, uma vez que desde o início as entidades envolvidas confessaram não esperar grandes enchentes nesta primeira fase do metro. Uma maior adesão da população espera-se a partir de 15 de Dezembro, quando entrar em funcionamento a ligação Corroios/Universidade do Monte de Caparica. Para finalizar este segundo troço "falta concluir uma pequena parte da Av. Bento Gonçalves, outra junto à universidade e colocar os carris da Rua de Alvalade até à estação da Ramalha", frisa Marco Aurélio. "No final de Outubro o metro já estará a circular, em testes, nesta linha", adianta. Paralelamente as obras decorrem também no centro de Almada. Embora em fases diferentes, da rotunda de Cacilhas à Praça S. João Baptista, toda esta zona central de Almada se encontra em obras. Já a Avenida D. Afonso Henriques e a D. Nuno Álvares Pereira entrarão em 2008 ainda em obras.
Quanto ao Porto, quando é que Lisboa decide seguir este excelente exemplo?
Quanto à Margem Sul, quando é que os Portugueses encaixam, de vez, que este é o transporte do futuro nas grandes cidades? E porque razão o Metro do Sul do tejo não está convenientemente ligado ao sistema de transportes da área metropolitana? Com investimentos avultados desta ordem e não pensar nesse "pequeno" pormenor....
Quando é que Lisboa decide implementar este tipo de transporte dentro da cidade e na ligação aos suburbios, evitando os grandes investimentos da linha férrea normal (e os seus constrangimentos espaciais) e do Metro convencional.
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