In Lusa (24/09/2007)
«Os vereadores do movimento Cidadãos por Lisboa acusaram hoje a maioria PS/BE na autarquia lisboeta de plágio de propostas daquele grupo municipal, que não chegam a ser agendadas, numa atitude que, consideram, configura "abuso de autoridade".
"O que se coloca aqui é uma espécie de direitos de auto. Não queria usar a expressão porque em política não se aplica mas no fundo estamos a falar de plágio", acusou a vereadora Helena Roseta.
O vereador Manuel João Ramos referiu-se sobretudo ao anúncio por parte do vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello (PS), de obras de beneficiação da Segunda Circular, um problema levantado numa proposta do grupo Cidadãos por Lisboa que não chegou a ser agendada em reunião do executivo municipal por decisão do presidente António Costa.
"O poder discricionário do presidente é evidente", acusou o vereador que considera que a maioria PS e Bloco de Esquerda tem com a oposição uma "relação de grande insegurança".
Manuel João Ramos afirmou que "os vereadores da maioria proferiram decisões por despacho "sem discussão", em matérias como a semana das mobilidade, a avaliação do sistema de semáforos na cidade ou as obras de beneficiação da Segunda Circular.
Para o autarca, trata-se de "abuso de autoridade por parte da maioria PS/BE que acusa de "manipulações políticas".
"No momento em que este executivo entrou em funções entrou em campanha eleitoral", acusou Manuel João Ramos.
Os vereadores chamaram atenção para o facto do relatório que o presidente da Câmara de Lisboa enviou à Assembleia Municipal, que se reúne terça-feira, a informação errada que tinha sido aprovada a criação de uma comissão para avaliar os terrenos da Parque Mayer, proposta que foi adiada e não aprovada.
Em relação ao Parque Mayer , a vereadora Helena Roseta sublinhou que foi aprovada a 05 de Setembro uma proposta de recuperação do teatro Capitólio.
"O que nós queremos é que a recuperação arranque já", defendeu a vereadora.
"Seja qual for o destino dos terrenos e o desfecho do caso Bragaparques", o teatro Capitólio "é um edifício classificado e tem de ser recuperado", afirmou.
A autarca recordou que partes das verbas do Casino de Lisboa se destinam concretamente à recuperação de um teatro, no Parque Mayer.
A vereadora saudou o lançamento de um concurso de ideias para um plano de pormenor daquele espaço, sublinhando "que se está a fazer pela primeira vez o que se devia ter feito desde o início: um concurso".
ACL
Lusa/Fim»
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