In Público (11/10/2007)
«Apoio a vítimas de acidentes, armadilhas, caçadores ou cativeiro ilegal
Milhares de animais feridos ou debilitados foram salvos nos últimos dez anos no Centro de Recuperação de Animais Silvestres do Parque Florestal de Monsanto, em Lisboa, que comemora segunda-feira o décimo aniversário. Segundo dados da Câmara de Lisboa, que financia o centro, só nos últimos quatro anos foram salvos cerca de três mil animais.
Os dados referidos pela Lusa especificam que em 2004 deram entrada no centro de recuperação 472 animais. No ano seguinte, o espaço só acolheu 383, mas em 2006 aumentou para 675 e, durante este ano, já foram acolhidos cerca de 700 animais. Desde que iniciou a sua actividade, a 15 de Outubro de 2007, em pleno "coração" de Monsanto, o centro dedicou-
-se à recuperação de animais silvestres feridos ou debilitados com vista à sua libertação.
Os animais mais recolhidos são águias-de-asa-redonda, corujas, gaivotas, falcões, cegonhas, gralhas, melros e mochos, muitos deles vítimas de electrocussão, tiros, intoxicação, derrames petrolíferos ou queda de ninhos. Aparecem ainda algumas raposas, cobras, texugos e ouriços vítimas de caçadores, de armadilhas, de envenenamento ou por estarem a "morar" em casa de particulares ilegalmente.
O centro tem uma clínica, onde é possível fazer tratamentos, intervenções cirúrgicas, radiografias e análises. O "parque dos irrecuperáveis", a funcionar desde Outubro de 2001, recebe os animais que, por estarem debilitados fisicamente ou por terem sido domesticados, não podem voltar a viver em liberdade.
Para assinalar o décimo aniversário do centro de recuperação, Lisboa irá acolher, entre hoje e domingo, no Espaço Monsanto, o III encontro nacional dos centros que se dedicam à recuperação de animais, que contará com a presença de cerca de 30 especialistas.»
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