E pronto, já temos mais uma auto-estrada em plena cidade. Os meios de comunicação, e o sr . ministro, são hoje unânimes quanto ao último troço de 4km do eixo Norte-Sul: temos uma importante obra para "facilitar" e "desanuviar" o trânsito, que vai retirar trânsito do centro da cidade, que vai até despoluir a cidade.
Como a memória é curta.
Alguém se lembra do que foi dito aquando da abertura do primeiro troço da auto-estrada de Cascais há quase 20 anos? Que era uma importante via para facilitar o trânsito em Lisboa.
Alguém se lembra do que foi dito da transformação da estrada de Sintra em IC19?
Do troço Oeste da Cril ?
Dos viadutos entre a Av. da Índia , a Infante Santo e a Avenida Brasília?
Dos túneis do Campo Pequeno?
Da CREL?
Dos primeiros troços do Eixo Norte-Sul?
Do túnel do Areeiro?
Da ponte Vasco da Gama?
Do troço norte da CRIL?
Dos túneis da Infante Dom Henrique e Marechal Gomes da Costa?
Da triplicação do IC19?
Da radial da Pontinha?
Da radial de Odivelas?
Da triplicação da A1?
Da IC2 , alternativa à A1 em Sacavém?
Dos viadutos de ligação da Avenida Brasília e a Marginal à CRIL?
Da A10 , alternativa à A1 em Vila Franca de Xira?
Do túnel do Marquês?
Todos iam aliviar o trânsito em Lisboa.
Claro que houve melhorias pontuais, se bem que muitas com tendência para se esbater no tempo, quando o trânsito se adapta às novas condições. Mas com tanta "via fundamental para aliviar o trânsito", o trânsito não deveria já estar aliviado de vez?
Estas precipitadas conclusões são sempre tomadas partindo do princípio errado, de que o padrão de trânsito se mantêm quando se abre uma nova via. Mas isso nunca acontece. O trânsito temporariamente mais fluido num local (e por consequência nos locais à volta) é um convite óbvio a um aumento do número global de automóveis
Entretanto foram gastos 25 milhões (algo como 62000 salários mínimos), foram esventrados mais alguns bairros da cidade, tornando cada vez mais a cidade em aglomerados de prédios rodeados por auto-estradas. Assim desumanizamos e matamos as nossas cidades e a nossa qualidade de vida.
Cá, a excesso de automóveis respondemos com mais facilidades de circulação. Nos países europeus que já padeceram deste mal há mais tempo, responde-se com mais dificuldades.
Alguém se lembra do que foi dito aquando da abertura do primeiro troço da auto-estrada de Cascais há quase 20 anos? Que era uma importante via para facilitar o trânsito em Lisboa.
Alguém se lembra do que foi dito da transformação da estrada de Sintra em IC19?
Do troço Oeste da Cril ?
Dos viadutos entre a Av. da Índia , a Infante Santo e a Avenida Brasília?
Dos túneis do Campo Pequeno?
Da CREL?
Dos primeiros troços do Eixo Norte-Sul?
Do túnel do Areeiro?
Da ponte Vasco da Gama?
Do troço norte da CRIL?
Dos túneis da Infante Dom Henrique e Marechal Gomes da Costa?
Da triplicação do IC19?
Da radial da Pontinha?
Da radial de Odivelas?
Da triplicação da A1?
Da IC2 , alternativa à A1 em Sacavém?
Dos viadutos de ligação da Avenida Brasília e a Marginal à CRIL?
Da A10 , alternativa à A1 em Vila Franca de Xira?
Do túnel do Marquês?
Todos iam aliviar o trânsito em Lisboa.
Claro que houve melhorias pontuais, se bem que muitas com tendência para se esbater no tempo, quando o trânsito se adapta às novas condições. Mas com tanta "via fundamental para aliviar o trânsito", o trânsito não deveria já estar aliviado de vez?
Estas precipitadas conclusões são sempre tomadas partindo do princípio errado, de que o padrão de trânsito se mantêm quando se abre uma nova via. Mas isso nunca acontece. O trânsito temporariamente mais fluido num local (e por consequência nos locais à volta) é um convite óbvio a um aumento do número global de automóveis
Entretanto foram gastos 25 milhões (algo como 62000 salários mínimos), foram esventrados mais alguns bairros da cidade, tornando cada vez mais a cidade em aglomerados de prédios rodeados por auto-estradas. Assim desumanizamos e matamos as nossas cidades e a nossa qualidade de vida.
Cá, a excesso de automóveis respondemos com mais facilidades de circulação. Nos países europeus que já padeceram deste mal há mais tempo, responde-se com mais dificuldades.
Que é importante não há dúvidas.
ResponderEliminarSe vai solucionar, tenho bastantes dúvidas, até porque :
a) se a rede de metropolitano ão se transformar numa verdadeira rede, eficiente e abrangente;
b) se não se apostar nos electricos tradiocionais na parte antiga e os novos modelos na zona nova e suburbios;
c) se não se apostar na reformulação da rede de carris (não amputação) dentro da cidade e para os subúrbios
d) se não se compatibilizar e melhorar os transportes internos e os externos da cidade;
e) se não se criar uma rede de transportes suburbana, não apenas de ligação á cidade, mas entre os subúrbios entre si;
f) se não se criarem pares de estacionamento nos limites de lisboa e junto a todas (quando possível) estações de transportes fora da cidade.
g) se não se limitar o trânsito de mero atravessamento do centro da cidade.
O Eixo-Norte Sul e mais vias rápidas que se façam dentro da cidade, não irão resolver nada.
Já agora, que bonito ficou o Lumiar, com uma auto-estrada por cima das casas.....
Já agora, sempre quero ver o que se irá fazer, ao invés de aproveitar a parte de baixo do (longo) viaduto para ajardinar ou criar uma alameda urbana.
Durante anos tive de me deslocar para o Lumiar para estudar. Apesar do desenvolvimento que já registava na altura, ainda eram visiveis aspectos da zona da primeira metade do século XX, os quais mostravam edificios com preocupações estéticas já inexistentes. Recentemente, e sendo já raro passar na zona, verifiquei que estavam a construir "uma coisa" literalmente por cima do Lumiar. Uma auto-estrada em plena zona urbana, perto de edificios ou por cima deles. E para servir quem ? Os lisboetas ? Não é de certeza. Mais uma vez ao serviço de quem é de fora, de quem vem de fora e pretende continuar. Mais uma vez os nossos politicos arrasaram uma parte da cidade de forma lamentável, para serviço de todos menos dos lisboetas. Mas começo a concluir que a culpa é de todos nós. Aceitamos o que nos fazem sem "fazer barulho", sem protestar, sem lamentar. Felizmente não moro na zona, mas voltei a ter de me deslocar à mesma diariamente, pelo que me irei confrontar com mais um mamarracho obra dos politicos que temos. Na fanfarra que prepararam só temos de lhes agradecer a aberração.
ResponderEliminarDiário Económico: "José Sócrates acrescentou que esta obra, a conclusão dos IC (Itinerário Complementar) 16 e 30 e o alargamento do IC 19 são as "quatro prioridades" do Governo nas acessibilidades à Área Metropolitana." respondo:Viva!
ResponderEliminarQual promoção do transporte público, qual quê! ordenamento do território? que é lá isso? Ambiente e qualidade de vida? As prioridades eram, são e serão no pópózinho, pois dá muita receita em impostos na compra e nos combustíveis! oh, e o licenciamento de apartamentos junto aos nós dessas vias, o que não encaixa uma câmara municipal? Realmente não aprendemos nada com os erros do passado (bem) recente - Montijos, Alcochetes, AE de Cascais, ...
O primeiro ministro anunciou uma 4ª (ou 5ª?) circular de Lisboa há uns meses, de Cascais ao Carregado, salvo o erro.
ResponderEliminarAs décadas passam e enterramos o dinheiro do mesmo modo.
Pesquisem por alfornelos....
ResponderEliminarComecei recentemente a estudar em Lisboa e daí, passei a usar os transportes públicos para me deslocar todos os dias para a cidade. O Comboio da Ponte foi de certo uma das invenções do século lisboeta porque em 15 minutos passo o rio. Se o comboio tem tanta qualidade, segurança e comodidade, porquê apostar em carros se o que se quer é o público?
ResponderEliminarA rede de metro é uma autêntica anedota! Em Londres, as linhas são tantas que têm de andar às voltas para encontrar mais cores.
E o Bairro Alto? Uma das zonas mais visitadas de Lisboa e há dois elevadores turísticos que funcionam de hora em hora para inglês ver (literalmente). É que são a única forma de lá chegarmos sem termos uma taquicardia.
Nunca vi cidade mais hipócrita e limitada a níveis de transportes. Nunca vi governo mais idiota a níveis de planeamento urbanístico. Nunca vi câmara tão desordenada. Não há de haver tanto geógrafo no desemprego…
Para não ser inconveniente: que bela fotografia, aquela do viaduto sobre a casa! Será que tem algum valor arquitectonico especial e por isso teve que ser preservada?
ResponderEliminarZé da Burra o Alentejano