In Jornal de Notícias (31/10/2007)
Inês Cardoso
«É um pacote com um embrulho bonito, mas de conteúdo pouco interessante. Os números aparentemente generosos do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) para o concelho de Lisboa, que ganha verbas em ano de "aperto de cinto" no distrito, são iludidos pelo peso de projectos de modernização da Administração Pública. Retirando largas dezenas de investimentos relacionados com a reforma do Estado, actualização tecnológica de serviços e ministérios e afins, o plano de intenções do Governo para investimentos na capital é igual ao dos restantes 15 concelhos do distrito vazio de novidades.
Nas contas do perde e ganha por municípios, não há dúvidas sobre quem mais razões tem para se lamentar da sorte a Lourinhã tem zero euros a título individual. Cinco concelhos ganham verbas - e Lisboa mais que qualquer outro, subindo de 323 milhões de euros para 346, num ano em que o total do distrito cai de 510 milhões para 480. Em termos globais, a sua fatia equivale a 72% do bolo. De resto, seis concelhos perdem verbas e quatro em pouco vêem os valores alterados. (...)»
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