19/10/2007

MENU ALFACINHA - 1





É ESTE O MENU QUE NÓS OFERECEMOS AOS TURISTAS.

É ASSIM QUE SE ENCONTRA O NOSSO LARGO DE SÃO DOMINGOS.

É ASSIM O CENTRO HISTÓRICO DA CAPITAL DE UM PAÍS MEMBRO DA UNIÃO EUROPEIA DESDE 1986. O QUE É QUE FALHOU?

COMO SERÁ A BAIXA DENTRO DE 20 ANOS?

12 comentários:

  1. Talvez tudo tenha começado a falhar em Novembro (cinzento mês...) de 1975.
    Daí para cá apenas temos arrastado os pés no caminho que nos traçaram os políticos corruptos, os empresários gananciosos e bem-relacionados, os senhores doutores, os senhores engenheiros, toda a panóplia de modernidades que a televisão nos vende, os telemóveis, os recibos verdes, os reality shows e a Sport TV.
    A Baixa é, como sempre foi, o espelho do país.
    E todos nós deixámos (deixamos) chegar as coisas a este ponto!

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  2. e que tal uma olhadela ao martim moniz, fanqueiros, campo das cenolas, arsenal...bem pior...

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  3. A chefia no nosso país sempre foi um problema....vaidosa, feita por amigos...para amigos, vigilante da sua situação social, e o que se faz, é primeiro que tudo para proveito próprio. Junta-se a isto uma mentalidade que adora os caminhos da complicação, águas turvas, e cambalachos.

    Do outro lado.....um povo que adora as liberdades e a fuga aos deveres, e que trata de se desenrascar, segundo os exemplos que vão chegando de cima

    Com ingredientes destes, quem se surpreende do menu final ?

    JA

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  4. QUE VERGONHA...

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  5. Penso que tudo isto começou quando um dia se decidiu que a educação nas não é assim tão importante. E que um povo com menos instrução é mais fácil de comandar, manobrar, manipular e satisfazer.

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  6. Até parece que já houve tempos em que se ligou à instrução, neste país. É ter a memória curta ou querer atirar poeira para os olhos das pessoas. Claro que somos dos países da Europa com menos instrucção, mas sempre fomos. E apesar de tudo, com todas as críticas que se possam e devam fazer, hoje estamos muito melhor do que estávamos noutros tempos. Não chega atirar bocas para o ar.

    O nosso problema continua a ser, em grande parte, um problema de formação. Mas passa por muitas outras coisas. E uma coisa que se aprende de pequenino, em casa, é a ser educado, civilizado, a respeitar os valores. E decerto que não se aprende.

    Somos um povo que perdemos horas a lutar pela conquista do guiness no que há de pior e ficamos todos contentes: temos uma feijoada de 15km, o maior "SHOPPING" da Europa, o maior nº de caixas multibanco por habitante (e não temos dinheiro para comer), o maior nº de telemóveis por habitante, a maior frota automóvel do estado. Depois temos uma cidade monumental, como é Lisboa, e deixamo-la cair, não se reconstrói e vamos encher de cimento os arrabaldes. E perdemos metade do tempo a falar nas bichas dos transportes, nos viadutos que cortam a cidade, nos automóveis em cima dos passeios, mas fugimos sempre do essencial.

    Este "menu alfacinha" é sintomático. Lisboa está há muitos anos sem "rei nem roque".
    daqui a 20 anos por ete andar não teremos baixa pombalina e quiçá possamos finalmente ter no mesmo sítio um novo aeroporto e deixemos as Otas e alcochetes para encher de cimento.

    A culpa é dos governantes e autarcas mas também de quem os põe lá. É preciso não fugirmos com o rabo à seringa.

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  7. podemos encontrar este menu em quase todas as esquinas de Portugal...

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  8. Penso que falta vontade política de transformaar e capacidade de romper com os quadros de funcionamento onde esta se pode expressar.
    Conheço, já trabalhei, em cidades onde foi possível romper com espartilhos a partir de vontades e com base em ideias e lógicas de participação, por exemplo Curitiba, no Brasil.
    Uma orientação política que se socorra da dinamica e capacidade de cidadania, rompa com burocracias e anquilosamentos dando espaço à participação tem um efeito multiplicador inacreditável.
    Dir-me-ão mas na Europa? Pois Curitiba é das cidades mais europeias do Brasil mas é possível encontrar aqui ao lado em Espanha e em Itália cidades com participação cidadão no desenvolovimento e buscando bem em Lisboa há muitos engaches para sair desta situação.
    Falta vontade política de romper com o status e participação,hoje por aqui parece estar a consolidar-se alguma cidadania.
    Talvez no país seja por aqui que se pode começar a fazer malha...
    António Eloy

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  9. Discordo do que "VM" disse. Ainda recentemente fiquei indignado pelo facto de a nova basilica em Fátima ser apenas a quarta maior do mundo. Onde já se viu isto de não termos a maior do mundo ????
    Um pouco mais a sério, a realidade não deixa de ser culpa de todos nós que elegemos os politicos e não somos exigentes com eles. Se chamar Menu Alfacinha a umas salsichas pode ser algo de inevitável, pelo menos era evitável a situação de degradação no Largo de São Domingos; o alcatrão degradado na Rua do Ouro; os vendedores de cartões na Rua Augusta; as paredes cheias de cartazes a anunciar cocnertos e peças de teatro e novos CD's , muitos deles patrocionados quer pela própria Câmara Municipal, quer pelo Ministério da Cultura.

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  10. Concordo com Aeloy.
    Só com mecanismos de participação que pressionem, fiscalizem, chateiem os titulares eleitos é que conseguiremos criar uma cultura de exigência no cidadão.
    Só com as ideias, energia e vontade dos lisboetas é que se poderá dar uma volta a esta cidade.
    Haja quem os queira ouvir fora do período eleitoral...

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  11. Acho que vou vomitar...

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  12. A Rua Barros Queirós era, em finais dos anos 20-30 uma rua com bons restaurantes, esplanadas com música ao vivo, fotógrafos à la minute, etc., etc. Hoje é um pardieiro, com lojas decrépitas, restaurantes beras, e tráficos de tudo, um pouco, consoante a hora do dia. Nem dá para acreditar que ali existem belezas como a Ig.São Domingos (ardeu e remendou-se em jeito de algo que ainda não percebi bem o quê...), Palácio Independência (com arcadas-urinol que tiveram que ser engaioladas por causa disso, e agora são um mini-c.c.), edi.Ordem dos Arquitectos (com alumínios bem lindos). Podia ser tudo tão diferente, não podia? Baixa-Chiado???

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