IN Jn 28/10/2007
"O vereador José Sá Fernandes vai propor na próxima sessão pública da Câmara Municipal de Lisboa, quarta-feira, a criação em Lisboa de um memorial às vítimas da intolerância, evocativo do massacre judaico ocorrido na cidade, em 1506 e de todas as vítimas que sofreram a discriminação e o aviltamento pessoal pelas suas origens, convicções ou ideias.
A 19, 20 e 21 de Abril de 1506, Lisboa foi palco do mais dramático e sanguinário episódio antijudaico de todos os que são conhecidos no nosso território, quando, por mera suspeita de professarem o judaísmo, foram barbaramente assassinados e queimados cerca de dois mil judeus. Os acontecimentos iniciaram-se junto ao Convento de São Domingos (actual Largo de São Domingos), e culminaram em duas enormes fogueiras, no Rossio e na Ribeira, onde os crimes foram perpetrados. Sá Fernandes propõe que a CML assinale estes acontecimentos, fazendo justiça póstuma a todas as vítimas da intolerância, naquilo que considera que constituirá uma afirmação inequívoca de Lisboa como cidade cosmopolita, multiétnica e multicultural, através da instalação de um memorial.
O memorial deverá ter, como elemento central, uma oliveira de grande porte, e contemplará ainda uma lápide evocativa do massacre de 1506. O arranjo urbanístico da área envolvente, a sua concepção, execução e instalação serão assegurados pelos serviços municipais."
Esta proposta partiu de uma iniciativa convergente entre várias pessoas e foi desde logo subscrita por Helena Roseta e também pelos vereadores do PS, sendo do meu ponto de vista que teria sido possível encontrar apoios em todos os grupos na vereação.
ResponderEliminarPenso que a referencia e o enquadramento não podiam ser mais actuais num momento em que fantasmas de intolerância e de racismo levantam a cabeça. Lisboa deve assumir o passado e lamentá-lo e no presente mostrar um caminhar de esperança no Homem.
António Eloy
que estranho os jornais não terem conhecimento de que se tratava de uma proposta conjunta...
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