25/10/2007

Um bom exemplo.

É hoje noticiado no jornal Público que a Junta de Freguesia de São José pretende reabilitar a praça da Alegria enquanto pólo cultural da cidade. O Hot Club, o Ritz Club e o Maxime serão os três pólos de animação cultural que necessitam de obras para as quais a Junta de Freguesia já tem planos.

O presidente da Junta de Freguesia – João Mesquita, fez uma aposta clara na requalificação da Praça da Alegria. E já começou. A requalificação do jardim é já uma realidade desde este verão com o forte empenho (e investimento) da junta de freguesia, tendo necessitado apenas de que a câmara não fosse um obstáculo… E conseguiu!

O jardim Alfredo Keil, que até há pouco mais de um ano se tinha transformado num ponto de paragem de delinquentes, num espaço com canteiros, iluminação e um lago degradados, voltou a ser hoje um espaço agradável, bem cuidado e até com animação. Esta intervenção deve-se à persistência de João Mesquita que eu tive o gosto de acompanhar de perto.

Mas a notícia de hoje dá conta de maior ambição por parte da junta de freguesia. Quer concretizar uma intervenção de requalificação integrada, incluindo no processo a reabilitação do edificado e o potencial cultural existente, dotando o que é apelidado de “triângulo cultural” de espaço para exposições, café concerto, centro de documentação, auditório, etc. É este o caminho!

Lisboa, além da reabilitação do espaço, necessita da requalificação da envolvente física mas também cultural e social. É essa a abordagem correcta na requalificação que se pretende sustentável da cidade.

Mas este é também um bom exemplo da possibilidade de intervenção das juntas de freguesia, que pode (e deve) ir muito além daquelas que são as diminutas competências legais das juntas de freguesia. Assim se permita desenvolver esse potencial de intervenção e serão os munícipes (neste caso os fregueses) e a cidade a ganhar.



António Prôa

6 comentários:

  1. Nunca esquecerei o que vi em algumas cidades alemãs: quem limpava as casas tinha também de limpar os passeios adjacentes...

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  2. então senhor antónio proa, não se alargue, controle a sua veia de ex-vereador. o seu texto transpira um pendor claramente de propaganda! isto aqui não é uma tribuna para propaganda política. tente ser objectivo.

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  3. É mais fácil falar do jardim do que das calçadas destruidas. Parece que para este assunto o Sr. Mesquita faz orelhas moucas.Mas gosta de publicitar aquilo que não depende tanto dele mas de outros.

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  4. Objectivamente, subscrevo o texto de AP e felicito quem, neste país, ainda tem criatividade, o qe parece que acontece ali para S. José.

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  5. Pessoalmente, tive alguns choques com João Mesquita, mas prezo-lhe a iniciativa, por oposição aos presidentes de junta totalmente anquilosados. Choquei com ele por causa do Palacete Ribeiro da Cunha, em que teve uma posição completamente inaceitável, mas que depois mudou de opinião, ainda bem para ele e para Lisboa. Choquei com ele, novamente, com as casas-de-banho do São Jorge, em que pretendeu defender o indefensável. Choquei contra ele, ainda, por causa do PUALZE, uma anedota de plano para a Avenida, que só servirá para destruir logradouros, construção de estacionamentos por todo o lado e privilegiar ainda mais a destruição do que resta na Avenida, com aumento de cérceas, fortificação ainda mais dos serviços, etc.

    Aplaudi a sua iniciativa pelo jardim da Placa Central, mas não posso deixar de referir que a zona só se salva com um plano de pormenor. Os prédios estão a cair e não é com limpeza de canteiros e limpeza de marginais que aquilo se revitaliza.

    Aplaudi o seu interesse pelo Hot Club, Ritz e Maxime's. Bem engendrado, trata-se de uma mais valia, mas devia ser tudo incluído em um plano de pormenor, abrangendo as ruas e travessas adjacentes. A ver vamos.

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  6. António Prôa foi quem tornou possível a intervenção no jardim da Praça da Alegria. Sei do empenho que teve e que partilhou com o Mesquita. Aos dois parabéns. Ao segundo força para concretizar o desafio a que se propõe. Hoje o jardim da Praça da Alegria é um jardim aprazível. É um facto. Objectivo!

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