14/11/2007

Um erro a estação do TGV na Gare do Oriente ou Parque das Nações vai custar cara a vaidade de alguns iluminados

Um erro a estação do TGV na Gare do Oriente ou Parque das Nações vai-nos custar caro a vaidade, a incompetência e provincianismo de alguns iluminados.

Colocar a Estação do TGV no Parque das Nações será um grave erro. Entregar a estação a Santiago Calatrava é um insulto a todos os Lisboetas.
Não aproveitar estes recursos para recuperar zonas da cidade que se encontram num total abandono é criminoso. É revoltante!
Não é assim que se faz urbanismo, e não haverá muitas outras oportunidades, não se admirem se os 65.000 habitantes desta zona da cidade se revoltarem e entrarem pelo Parque das Nações a dentro, tal como aconteceu em Paris em Novembro de 2005.
Esta estação é uma infraestrutura que deveria funcionar como catalizador e desenvolver determinadas áreas segregadas socialmente e carenciadas de equipamentos.
Foram realizados diversos estudos para construir esta infraestrutura em “Chelas”, mais precisamente no interface da estação de Metro das Olaias que tem actualmente Metro/Refer e Linha de Cintura Interna. Com a possibilidade de ser construída de forma faseada e permitindo, caso se revele mais interessante ligar Lisboa ao Barreiro não atraves de um TGV mas de um metro rapido que poderia facilmente ligar a Alcochete, a melhor opção.
Este projecto seria um catalizador juntamente com o Hospital de Todos os Santos, recuperando toda uma zona deixada ao abandono, segregada socialmente pelos derigentes demagogos, que a transforma numa oportunista bolsa de eleitores.
Esta seria a obra que interessa a Cidade de Lisboa e a sua área metropolitana, é versátil e está disponível. Tem a virtude de cozer a malha urbana e de levar a cidade a todos Lisboetas mas sobretudo aos mais carenciados a toda a zona de Marvila.

A zona do Parque das Nações não serve porque:
1º- A zona do parque das nações encontra-se totalmente congestionada e com acessos limitados.
2º- O aumento de mais três linhas irá constitur um espaço urbano desolador e irremediavelmente sombrio e desumano.
3º- As linhas estarão completamente congestionadas num espaço de tempo extraordináriamente curto, com custos elevadíssimos hoje e no futuro, comprometendo a evolução harmoniosa da cidade, quando afinal esta infraestrutura é considerada o transporte de futuro.
4º- Santiago Calatrava realizou um projecto caríssimo, dificil de manter (basta só perguntar a REFER pelos prejuízos), ao fim de 10 anos está sujo e dificilmente se poderá limpar. Mais, quando lhe perguntaram porque chovia em cima das pessoas e porque era inóspita declarou que “todas as estações são inóspitas...partir é triste”, filho de uma granda a p...pago com o nosso dinheiro! E ainda, relembro aos mais destraídos de que as Empresas e Caves de Rioja realizadas por Frank Ghery (processado pelo MIT por causa do seu edifício no Campus Universitario!!!) e Santiago Calatrava faliram! Estranho não é, porque será!
5º- A tão falada 3ª travessia do Tejo a ponte Chelas-Barreiro, ao ser construída para o comboio ir ao Parque das Nações terá que realizar uma curva monumental, implicando possívelmente com o conjunto monumental da Madre de Deus, e uma vez que entra em Lisboa mais ou menos entre as cotas 48,00 e 54,00 significa que ficará muito provavelmente a uns 10 metros dos edíficios e habitações.
6º- A velocidade da travessia da ponte do comboio de alta velocidade e nas zonas populacionais e em Lisboa, deverá ser a uma velocidade de cerca de 80km, e portanto bastante devagar resultando em tempo perdido, e não justificando os elevados investimentos.

CHI FA NON SA
CHI SA NON FA
CHI PUO NON VUO
CHI VUO NON PUO
E COSI VA IL MONDO MOLTO MALE

O desbaratar e destruir recursos comprometendo o futuro das próximas gerações é criminoso.

7 comentários:

  1. Boa intervenção. São raros os posts, como este, que abordam problemas de fundo, de uma perspectiva global da cidade. Infelizmente, as opiniões que tenho lido aqui são um pouco quanto levianas. Quem comenta e publica neste blog não tem muito bem a noção do que pode ser gerir um município. Palavras como recursos, gestão, financiamento, impostos camarários estão ausentes do vocabulário dos intervenientes. Como se qualquer pedido pudesse ser acedido. Como se os contribuintes estivessem dispostos a aumentar continuamente o seu esforço de impostos. Como se qualquer aspecto menor fosse realmente de interesse público.

    É de lamentar esta visão etnocentrica da cidade. Calculo que quem procura uma discussão séria passa um pouco ao lado deste fórum. E se passar por aqui, as opiniões apenas farão sorrir uma pessoa mais esclarecida devido à retórica um pouco trapalhona aqui empregue. E seguirá adiante sem sequer comentar e perder tempo aqui.

    Afinal, as opiniões aqui expressas estão de tal modo ancoradas em crenças rígidas, que a discussão nunca poderia dar em nada. É um pouco como falar com um jeová. A visão predominante neste blog é a da cidade como sendo apenas um parque público. Toda a actividade digna de tornar a cidade viva é vista como um malefício. Este blog é profundamente anti-carros, anti-construção moderna, anti-individualista, anti-comércio. Em suma contra tudo o que uma cidade é. Como seria de esperar, qualquer visão em sentido contrário não tem aqui lugar. Atrevi-me a colocar alguns destes valores em causa e deparei-me com uma enxurrada de insultos. Seguidos pela desonestidade intelectual de os apagar, para dizer que na verdade se estava a ignorar os argumentos e a ser "moralmente superiores" nesse pretenso silêncio após a berraria.

    Creio que maior parte dos intervenientes deste blog não têm prática de intervir em discussões da blogoesfera. Exemplo disso: alguns comentários infantis, colocados repetidamente, (e em caps, lol) de intervenientes que prometem nunca mais ler o blog após ver alguns comentários meus. Impagável.

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  2. Conhece verdadeiramente a zona das Olaias?
    É frequentador assíduo da estação de metro das Olaias?

    Sabe então concerteza dos problemas de insegurança de toda a zona envolvente, onde em fora de horas ninguém se atreve a utilizar as estações e respectiva linha de metropolitano.

    Parece-me também que constrir uma estação num buraco, em nada vai ajudar urbanisticamente aquela zona.
    Julgo que a construção da estação naquele local não vá melhorar as condições sociais da zona, além de que não me parece o melhor local de destino, de todos os turistas que chegam a Lisboa.

    E há o argumento "mais barato", que é preciso ter em conta.

    Estação do oriente, pode não ser uma obra tão funcional como alguns criticam, mas as paragens da carris também não o são e ninguém o refere.

    É indiscutível o valor arquitectónico da gare do oriente, é das poucas obras que vejo nos livros de arquitectura por esse mundo, e na minha opinião, (meus senhores respeitem opiniões) é a melhor escolha para receber a rede de alta velocidade.prkigavj

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  3. Caro Marcio
    Justamente pelos motivos invocados
    por ser inseguro e por ser um buraco. Mas faço-lhe a pergunta ao contrario. Conhece algum equipamente que permita ligar diferentes cotas, entre a 71 e a 43? Eu não!

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  4. O caro FMS mais uma vez vem aqui contaminar a conversa…mesmo para elogiar o post. Você, perante uma ideia, um argumento usa sempre o mesmo malabarismo, muleta da sua impotência argumentativa: assobiar para o lado, caricaturar, mandar umas bocas. É um comportamento típico de quem “se acha”!

    Mais uma vez lanço o repto: em função do post, comente o seu conteúdo, ao invés de fazer generalizações abusivas e absurdas. Presumo que essas generalizações são fruto de alguma incapacidade, ou uma mera provocação.

    Sou leitor deste blog há muito, e existem diversos pontos de vista, inclusive com discussão. Pelo que percebo existem pessoas de várias sítios (pcp’s monárquicos, psd’s, sem partido, "malucos" das bicicletas, do património) etc.

    Foram feitos ,no passado, várias iniciativas (propostas durante as eleições, artigos sobre a venda de património, a petição sobre o conservatório etc), pelo que me parece (discordando do que por vezes se escreve) que é um bom local para saber o que se passa em Lisboa, e para discutir vários temas.

    Se consultar o arquivo do blog verifica o absurdo destas suas afirmações “Afinal, as opiniões aqui expressas estão de tal modo ancoradas em crenças rígidas, que a discussão nunca poderia dar em nada. É um pouco como falar com um jeová. A visão predominante neste blog é a da cidade como sendo apenas um parque público. Toda a actividade digna de tornar a cidade viva é vista como um malefício. Este blog é profundamente anti-carros, anti-construção moderna, anti-individualista, anti-comércio” não correpondem à verdade. Porventura até sabe, mas sempre imbuído do seu comportamento pueril, foi mais uma provocação

    Já agora, se este blog é tão fraco, porque perde tempo em vir para aqui, não digo a comentar, mas a denegrir o que aqui se escreve, e quem o escreve
    Já agora gostaria que nos desse o seu contributo já que você tem as noções de “ , financiamento, impostos camarários estão ausentes do vocabulário dos intervenientes”! Partilhe connosco os seus vastos conhecimentos…dei uma espreitadela no seu blog e não há sinal dessa sua clarividência e preparação por lá, pelo era “giro” que a trouxesse até aqui.

    Já agora: se “alguns”colocaram comentários menos próprios (a começar por si com a palermice do xular sangue) não diga que a “maioria” não está habituada, ou não gosta de discutir…partir de “alguns” para a “maioria” pelo menos revela uma generalização que é desonesta intelectualmente.

    João Dias

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  5. Por qué no te callas Filipe?

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  6. Este post contém uma excelente análise da questão, mas há que recordar que se a Gare do Oriente se tornar um mera apeadeiro então o investimento inicial é que se transforma em completo lixo.

    Uma nova estação em Chelas/Olaias também não ficará barata e ocupará imenso espaço, quando um acrescento à Gare do Oriente será menor.

    Além disso será mais espaço construído em Lisboa e inviabilizará que aquela zona se transforme em espaço verde...

    Enfim...


    Não tenho qualificações técnicas para contrapor argumentos, mas parece-me que a opção Gare do Oriente será melhor.

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  7. E argumentos que certa zona é (in)segura não podem pesar na escolha de sítios, até porque as grandes obras servem precisamente para transformar locais.

    E obviamente, qualquer que seja a localização da estação, tendo um ponte a atravessar o Tejo e a amarrar em Lisboa irá, só por si, ocupaimenso espaço não deixando grande margem de manobra.

    Nesse sentido, entendo que o Tejo nem Lisboa poderão suportar mais pontes, devido ao seu custo e espaço que necessitam, pelo que o túnel será sempre mais barato e talvez a melhor solução, permitindo talvez, combinar 3 hipóteses (rodo viário, ferroviário (tgv-CP) e metro ligeiro ou rápido).

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