27/12/2007

Novo Aeroporto: Decisão derrapou para novo ano, depois de se ter tornado tema político incontornável em 2007

In Sol Online (27/12/2007)

«A decisão sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa deverá ser tomada, finalmente, em 2008, depois de um ano em que o tema se tornou politicamente incontornável e o Governo foi obrigado a recuar, pela chamada sociedade civil

A escolha da Ota para a localização do novo aeroporto internacional de Lisboa foi confirmada em conselho de ministros a 22 de Julho de 1999, mas o relançamento do projecto, orçado em 3.100 milhões de euros, foi feito pelo actual Governo, que fixou 2017 como prazo para a entrada em funcionamento da nova infra-estrutura.

No entanto, em Março deste ano, quando a construção do novo aeroporto na Ota já era tida como certa, a polémica em torno da localização instalou-se, com os partidos da direita a questionar se a Ota seria a melhor solução técnica e económica e a esquerda preocupada com o financiamento.

O abate de cerca de 5.000 sobreiros, a movimentação de 50 milhões de metros cúbicos de terra, o desvio da Ribeira do Alvarinho e a necessidade de expropriar 1.270 hectares, foram algumas falhas apontadas à Ota.

Confrontado com estas críticas, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino, manteve-se firme em defesa da construção do novo aeroporto na Ota, afirmando tratar-se de uma «opção viável», de «um projecto sustentável tecnicamente».

«Não tenho nenhuma obsessão senão resolver um problema», afirmou o ministro das Obras Públicas, em resposta às críticas da oposição, que o acusavam de ter uma «obsessão» pela localização do novo aeroporto na Ota.

A polémica em torno da localização subiu de tom quando, em Maio, durante um almoço promovido pela Ordem dos Economistas, Mário Lino afirmou que a margem Sul do Tejo era «um deserto».

«O que eu acho que é faraónico é construir um aeroporto na margem Sul, onde não há gente, não há escolas, não há hospitais, não há indústria, não há comércio, não há hotéis», afirmou Mário Lino, acrescentando que todos os especialistas que ouviu sobre esta localização lhe disseram «na margem Sul 'jamais'». (...)

A decisão final sobre a localização deverá agora ser conhecida no início do próximo ano.

Lusa / SOL»

O que eu acho é que se o aeroporto for a sul do Tejo o mínimo que o MOPTC tem a fazer é pedir a demissão.

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