In Público (30/1/2008)
«O Grémio Lisbonense vai ser distinguido com o estatuto de "Instituição de Utilidade Pública" pela Câmara Municipal de Lisboa, disse à Lusa uma fonte da direcção daquela associação centenária. A Câmara de Lisboa emitiu um parecer positivo, em Novembro, para decretar a utilidade pública do Grémio Lisbonense.
A direcção do Grémio Lisbonense solicitou entretanto uma reunião com carácter de urgência ao presidente da autarquia, António Costa, na tentativa de resolver o problema da ordem de despejo da organização, decretada por um tribunal no ano passado, disse a advogada da instituição, Paula Alves de Sousa.
A representante da colectividade adiantou que "a direcção do Grémio será recebida pela vereadora da Cultura", Rosália Vargas, em quem António Costa delegou o acompanhamento deste caso. O Grémio depara-se agora com outro problema, em caso de despejo: a falta de instalações onde colocar "os 166 anos de espólio histórico", como documentos, livros, móveis e até a cadeira de barbeiro que ainda hoje é utilizada na centenária associação, explicou a advogada.
O Grémio Lisbonense tem apelado a entidades públicas e a diversas personalidades para "salvar" a associação da ordem de despejo, alegando que se perderá o seu património cultural e histórico, bem como o apoio a idosos e desfavorecidos a quem presta apoio.
Os vereadores do PCP Rita Magrinho, do PSD Fernando Negrão e do Movimento de Cidadãos por Lisboa Helena Roseta manifestaram publicamente preocupação com a situação do Grémio Lisbonense.
Fundado a 26 de Outubro de 1842, o Grémio Lisbonense foi distinguido com o grau de comendador da Ordem de Benemerência pelo então Presidente da República Óscar Carmona, no ano em que comemorou o primeiro centenário (1942), e com a medalha de mérito "Grau Prata" da cidade de Lisboa pelos serviços prestados à comunidade. Da história da instituição fazem parte nomes como o de Agostinho da Silva, Sam Levi, Mestre Lagoa Henriques, mestre Lima de Freitas, maestro José Atalaia, Ferreira da Silva e do pedagogo João Lopes Soares, que tem uma placa comemorativa da sua passagem pelo Grémio em 1970.
O edifício onde está instalado o Grémio Lisbonense destaca-se pela "varanda da Santa Inquisição", por cima do Arco do Bandeira, virada para a Praça do Rossio, que foi mandada construir pelo Marquês de Pombal, após o terramoto de 1755.
Colectividade centenária corre o risco de ser depejada das instalações que ocupa no Rossio, por cima do Arco do Bandeira »
O despejo parece inevitável, e a reconversão daquele lado do quarteirão como hotel de «charme», antiga Loja das Meias incluída, também parece. Já agora, nesta fúria hoteleira que assalta Lisboa (acho que antes de hotéis há que ter o que mostrar e oferecer a quem se espera se instale nesses hotéis), que ao menos tomem também conta do antigo Hotel Francforte, um hotel histórico, a que ninguém parece ligar nenhuma, nem os hoteleiros que por aí há.
"tomem também conta do antigo Hotel Francforte, um hotel histórico, a que ninguém parece ligar nenhuma"
ResponderEliminarSe o Paulo Ferrero acha esta actividade tão lucrativa, pergunto-me porque não toma ele a iniciativa de assumir o negócio.
Oh Pipinho és mesmo um anormal de todo o tamanho!
ResponderEliminarSafa!
Além do aluguer do salão para festas privadas, qual é a utilidade do Grémio?
ResponderEliminarQue actividades realiza?
Quantos sócios (vivos) tem?
E como é que consegue o que mais nenhuma colectividade de Lisboa consegue: ser recebido pela varredora, perdão, vereadora da cultura?
Como morador da Baixa
ResponderEliminar-Não conheço ninguém que utilize as instalações
-Antigamente sei que era um local de jogo clandestino.
- Agora é utilizado por empresa que nada tem de associação.
-Não conheço nenhum morador que vejo com bons olhos a forma como é e foi utilizada as instalações.
Não sou contra a manutenção do Grémio, mas por favor, bem longe da Baixa.
http://www.tvnet.pt/noticias/video_detalhes.php?id=19638
ResponderEliminaresses arruaceiros bem que se põem a jeito para levar porrada a ver se pega, e adoram armar-se em vitimas.
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