08/02/2008

Estudos sobre a nova ponte



"O presidente da Câmara do Barreiro diz não entender a decisão do Governo de solicitar um estudo ao LNEC sobre a Terceira Travessia do Tejo, uma vez que o estudo sobre o novo aeroporto já defendia a opção Barreiro-Chelas.Ouvido pela TSF, Carlos Humberto Carvalho considera que o Executivo revela insegurança e está a responder aos lobbies poderosos do país.«Não tenho preocupações com o estudo das coisas, não estou é de acordo que se promovam estudos para satisfazer lobies, grupos de pressão e enteresses que não correspondem aos da região ou país», defendeu.O autarca revelou ainda recear que este novo estudo provoque um atraso maior na construção da Terceira Travessia sobre o Tejo.Já o deputado do PSD, Jorge Costa, defende que esta decisão representa um «recuo» do Governo, que veio dar agora atenção a um ponto do relatório do LNEC que ignorou há um mês.

Actualmente estão em cima da mesa duas opções para a terceira travessia sobre o rio Tejo: a construção da nova ponte no eixo Chelas-Barreiro, confirmada pelo Governo, e construção no eixo Beato-Montijo, defendida por José Manuel Viegas no estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) sobre o novo aeroporto.
A última vez que a construção da terceira travessia do Tejo no eixo Chelas-Barreiro foi reafirmada foi através da Resolução do Conselho de Ministros de 10 de Janeiro, uma decisão que, sublinhou Mário Lino, foi apenas «preliminar», uma vez que «o relatório do LNEC não se debruçou sobre alternativas» ao eixo Chelas-Barreiro.
No entanto, e apesar da ponte rodo-ferroviária Chelas-Barreiro «ter sido sempre confirmada pelos sucessivos Governos», o ministro justificou o pedido de um estudo ao LNEC com o facto de, «em Novembro, terem começado a aparecer estudos».
Questionado sobre se a decisão do LNEC será soberana, o ministro afirmou que «não existem decisões soberanas».
Confrontado com as criticas dos partidos da oposição que consideram esta atitude como um recuo, Mário Lino responde dizendo que «a oposição fala em recuo qualquer que seja a posição do Governo».
Na quinta-feira, o ministro das Obras Pública mandatou o LNEC para avaliar qual a melhor solução para a nova ponte sobre o rio Tejo e se esta deve ser só ferroviária ou também rodoviária.
O prazo dado ao LNEC, que foi responsável pelo estudo comparativo que determinou a construção do novo aeroporto de Lisboa em Alcochete em detrimento da Ota, é de 45 dias.
O estudo do LNEC, que deverá estar concluído no final de Março, deve fazer uma «avaliação comparativa das alternativas existentes de travessia ferroviária do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa» e, também, «responder, de forma objectiva, sobre se existe viabilidade e justificação para associar uma componente rodoviária à travessia ferroviária do Tejo em Lisboa».
Para dar resposta a estas questões, o LNEC deve «analisar, nas perspectivas técnica, ambiental e funcional os estudos correspondentes às alternativas em presença sobre a terceira travessia do Tejo».
Deve, igualmente, «analisar as alternativas tendo em especial consideração os seguintes princípios: critérios de mobilidade no serviço ferroviário suburbano; no serviço ferroviário convencional de longo curso para passageiros; no serviço ferroviário convencional de mercadorias, tendo em conta as plataformas logísticas constantes do Portugal Logístico e a localização dos portos principais; no serviço ferroviário de alta velocidade, tendo em conta os objectivos fixados de tempo de percurso entre Lisboa e Madrid, bem como critérios de competitividade para a linha mista."




in diario digital/lusa


Digo eu que será antes uma prova de sensatez repensar uma grande estrutura rodo/ferroviávia que vai amarrar bem no centro de Lisboa (contra ntudo o que é prática corrente) e que vai implicar grandes investimentos na sua ligação aos eixos rodo/ferroviários da área metropolitana.

3 comentários:

  1. AVISO:
    A recepção da ponte opcção Beato-Montijo em Lisboa, fica a cerca de 10 a 15 metros do conjunto monumental do Convento do Beato.
    Enquanto que a ponte Chelas-Barreiro não irá colidir com o património para além de outros benefícios evidentes, talvez só prejudique os promotores dos terrenos da antiga Fabrica de Sabões, que beneficiada pelo Plano de Urbanização do Vale de Chelas, surpreendentemente o único aprovado e publicado em D.L.

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  2. Defendo uma travessia ferroviária para o TGV e outros comboios, entre Montijo e Chelas, por ser mais curta do que no Barreiro, e uma outra só rodoviária entre Algés e a Trafaria e Algés. Essa nova travessia rodoviária retiraria certamente bastantes veículos automóveis da ponte 25 de Abril, que ficaria assim disponível para receber o trânsito que já hoje utiliza a Vasco da Gama dada a saturação da 25 de Abril.

    O trânsito do novo aeroporto far-se-ia assim, sobretudo pela ponte Vasco da Gama, já existente no Montijo, e que ficaria aliviada porque uma parte do seu actual trânsito transitaria para a 25 de Abril ou deixaria simplesmente existir porque os actuais utentes passariam a utilizar o comboio suburbano que servirá também o novo aeroporto de Alcochete.

    A travessia em Algés poderá ser por ponte ou por túnel, mas a ser feita por ponte terá quer ser tão ou mais alta que a 25 de Abril. Por isso a melhor escolha deverá ser certamente o túnel, que daria seguimento à CRIL que termina de forma abrupta em Algés numa rotunda.

    Aguardamos os estudos.


    Zé da Burra o Alentejano

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