"Lisboa, 03 Mar (Lusa) - O estudo sobre a Terceira Travessia do Tejo, elaborado pela empresa de consultadoria TIS, demonstra que a opção Beato-Montijo é superior à Chelas-Barreiro em 14 dos 15 critérios analisados, revelou hoje à Lusa José Manuel Viegas.
O estudo, desenvolvido pela empresa de consultadoria presidida por José Manuel Viegas, é uma "versão aprofundada" do estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e será entregue ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) na terça-feira, de modo a integrar a análise comparativa entre as opções Chelas-Barreiro e Beato-Montijo que o LNEC está a elaborar.
O estudo, desenvolvido pela empresa de consultadoria presidida por José Manuel Viegas, é uma "versão aprofundada" do estudo da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) e será entregue ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) na terça-feira, de modo a integrar a análise comparativa entre as opções Chelas-Barreiro e Beato-Montijo que o LNEC está a elaborar.
Em declarações à Lusa, José Manuel Viegas explicou que o estudo consiste numa análise comparativa entre as duas soluções para a nova travessia do Tejo [Beato-Montijo e Chelas-Barreiro] tendo por base, além dos custos e do prazo de conclusão, um conjunto de 15 "critérios qualitativos", como ordenamento do território, desempenho rodoviário, desempenho ferroviário, operacionalidade do Porto de Lisboa, entre outros.
"A análise comparativa dos 15 critérios demonstra a superioridade da solução Beato-Montijo em 14", sublinhou José Manuel Viegas precisando que o único critério em que a solução avançada no estudo da CIP "perde" para a solução da RAVE é o tempo de ligação dos comboios suburbanos a Lisboa.
De acordo com o especialista em Transportes, na solução Beato-Montijo o tempo de ligação do serviço suburbano a Lisboa demora mais 1 minuto e 44 segundos que na solução Chelas-Barreiro.
O estudo demonstra que, no conjunto dos viajantes, a opç��o Beato-Montijo representa "grandes ganhos de valor de tempo e apresenta um melhor enquadramento na rede viária e no transporte de mercadorias".
"O desenvolvimento extenso da solução resolve de forma definitiva todas as dúvidas que havia sobre a viabilidade física da solução Beato-Montijo", destacou Viegas, adiantando que o estudo elaborado pelos técnicos da TIS inclui também uma análise de impacto paisagístico.
O estudo, que "demonstra que a solução Beato-Montijo é mesmo a melhor", será disponibilizado na terça-feira à noite no site da TIS.
A construção da terceira travessia do Tejo no eixo Beato-Montijo, exclusivamente ferroviária, está orçada em 1.150 milhões de euros.
Dotada de quatro vias, duas em bitola ibérica para os comboios suburbanos e duas em bitola europeia para servir a alta velocidade, esta travessia no eixo Beato-Montijo seria complementada por outra mais pequena, com 1,8 quilómetros, destinada a assegurar a ligação do serviço suburbano à linha do Barreiro, assegurando a ligação à linha de bitola ibérica em direcção ao Pinhal Novo.
Esta travessia rodo-ferroviária entre o Montijo e o Barreiro está orçada em 100 milhões de euros.
Por seu turno, construção da terceira travessia do Tejo no eixo Chelas-Barreiro está orçada em 1.700 milhões de euros, dos quais 600 milhões serão para a alta velocidade e 500 milhões para o tabuleiro rodoviário.
A ponte terá duas vias para a alta velocidade, duas para a rede convencional e duas vias laterais com três faixas cada uma para o tráfego rodoviário.
CSJ.
Lusa/Fim"
foto: daniel costa-lourenço www.olhares.com
LARGO DO RATO: PETIÇÃO
ResponderEliminarwww.PetitionOnline.com/lgrato/petition.html
Tenho muita consideração pelo Prof José Viegas mas interrogo-me e porque estudei a situação, a chegada da ponte é entre a cota 46 a 54, estando prevista na cota 50em todo o caso a que estava prevista para Chelas.
ResponderEliminarCaso seja a solução Beato a ponte não irá passar por cima do conjunto monumental dos Marqueses de Niza, actual museu do azulejo?
O tabuleiro ficará somente a cerca de 10 metros do ponto mais alto da cobertura?
A amarração da ponte em Chelas poderá viabilizar ma Estação Central em Olaias, num vale complicado e sem solução aparente devido ao terreno muito inclinado, com a possibilidade de juntar Linha de Cintura Interna e Metro.
e a vantagem de separar estaleiros diferenciados Refer+Metro e Rave (com fronteira).
Os terrenos são da autarquia e não têm grande utilidade actualmente (escola com barracões que já tem terreno atribuido e campo de treinos do raguebi do técnico) e podem ser valorizados por esta situação, para além da vantagem de promover a coesão social de uma zona extraordinariamente carenciada.
Estou muito curioso com esta solução e percurso.
Então, ao que parece, eu sempre tinha razão quando defendia a travessia ferroviária para o TGV e outros comboios entre Montijo e Chelas.
ResponderEliminarPorém, insisto que deveria ser apenas ferroviária. Uma outra travessia rodoviária seria feita entre a Trafaria e Algés, fechando a CRIL que termina subitamente numa rotunda em Algés.
Com a deslocação de parte do trânsito da ponte 25 de Abril para a Trafaria-Algés, a ponte 25 de Abril ficaria disponível para receber o trânsito que utiliza hoje a ponte do Montijo dada a saturação da 25 de Abril. A ponte do Montijo ficaria assim disponível para receber o trânsito do do novo aeroporto. Até porque uma parte do actual trânsito deixará existir porque os seus utentes passarão a utilizar o comboio e a nova linha suburbana a construir.
A travessia em Algés deverá sair mais económica por túnel e porporciona uma travessia diferente em Lisboa, o que tem interesse até por razões estratégicas e militares. A ser por ponte teria que ser tão ou mais alta que a 25 de Abril: os barcos que lhe passam hoje por baixo terão que continuar a passar.
Zé da Burra o Alentejano