23/04/2008

Projecto de luxo do Príncipe Real toma 20 edifícios com 50 milhões

Público de hoje

Empresa norte-americana já tem metade dos 80 mil m2 que pretende adquirir. Palacete Ribeiro da Cunha deverá mesmo ser um hotel.
Enquanto se discute o futuro da Politécnica, Jardim Botânico e Parque Mayer, o investimento da empresa norte-americana Eastbanc no Príncipe Real, em Lisboa, soma e segue: entre negócios fechados e contratos-promessa já arrecadou cerca de 20 edifícios e está a negociar a compra de outros cinco, um investimento que apenas nesta fase já ascende a 50 milhões de euros. Ao todo, estão garantidos 40 mil m2, metade do objectivo que pretende atingir. Entre os imóveis negociados pela Eastbanc contam-se vários palacetes: o Ribeiro da Cunha, o edifício do Banco de Portugal (ambos já adquiridos) e o que acolhe a Liga dos Amigos dos Hospitais (em contrato-promessa).
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O plano prevê comércio nos pisos térreos e cerca de 20 apartamentos de luxo com uma média de 200 m2 de área, de tipologias T1 e T2.
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Dentro de dois anos e meio deverão começar também as obras no Palacete Faria, que alberga a Liga de Amigos dos Hospitais. Mas para isso a Eastbanc comprometeu-se a procurar e construir um novo lar, e só depois poderá intervir no edifício.
Mais atrasados estão os planos para o Ribeiro da Cunha (a Casa de Macau não está sob a mira da empresa por ser "muito cara"). A Eastbanc congratula-se com o facto de o plano de pormenor para aquele imóvel ter sido chumbado pela assembleia municipal. "Era um projecto muito volumoso e isso não fazia sentido", admite Catarina Lopes.
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"Não somos nenhuns monstros. Não queremos apoderar-nos de tudo, mas fazer render aquilo que temos, e nada melhor do que uma zona científica e uma zona cultural de referência para valorizar o Príncipe Real".

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