Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
07/05/2008
Escolha você mesmo....
Av. 5 de Outubro nº 38(foto roubada no Bic Laranja)
Recuoerou-se o palácio? Não me parece que se tenha recuperado. Eu sou, à partida, contra este tipo de misturas. A fachada faz parte de um todo. E se o conjunto tem interesse deve ser recupado e mantido. Se não tem interesse pois que se substitua. Há que preservar na arquitecura, como em tudo o resto, o que é de preservar. Há que fazer de novo sem medos nem preconceitos. Retalhos não me agradam. Odeio ver por essa Lisboa fora essas misturas de fachadas. Nem entendo como é possível arquitectos estarem metidos nisto.
O Palácio foi todo recuperado sim. Na verdade a recuperação interior foi exemplar, no que toca a frescos, madeiras, lustres, chão, pedras, entre outros.
Na verdade, o prédio lateral (empreendimento ao qual o palácio se encontra no qual se enontra integrado) encontra-se praticamente suspenso sobre o palácio).
No entanto, a obra é de um verdadeiro mau gosto e caba por não se parecer com nada...
O novo edifícío é de uma banalidade extrema, daqueles que infestam Lisboa, que se encontram em qualquer parte do mundo, que vão tornando Lisboa uma cidade igual ás outras, e vão destruindo os últimos exemplares de arquitectura do sex XIX das Avenidas Novas.
E a banalidade acaba por estragar o pouco mérito da recuperação
Grave? A culpa não é o arquitecto, grave é quem aprovou. Há maus profissionais em todo o lado, e sobretudo muito mau gosto. E o gosto não se discute, educa-se. E o Estado, a pseudo elites intelectuais, os ditos opinion leader são os grandes responsaveis de se demitirem das seus deveres civicos. Mais um atentado, a nossa liberdade, a liberdade de vivermos "tranquilos" sem mamarrachos destes e de outros...
E anda Cavaco espantantado com a ignorância da juventude! A mim espanta-me a ignorância generalizada e aqui espelhada! De recuperar ou não o "Palácio",diz-se,mas qual palácio??Felizmente aqui não há palácio nenhum,para começar. Depois a "culpa" é do arquitecto para uns e de quem aprova para outros. Mas há um anónimo certeiro que pergunta "será que os arquitectos...se venderam todos...e aonde está a Ordem dos arquitectos?" A resposta é a ignorância e a ganância generalizadas,cujo exemplo vem de cima. Lembram-se daquele projecto do Sócrates(publicado no "Público") de um andar novo em cima de um velho curral de animais, sem esgotos,que foi chumbado mas está construído? É pior que isto? É a mesmíssima coisa!! As Ordens profissionais(Arquitectos,Engenheiros,Médicos etc...) hoje só "existem" para reclamar da penúria e nunca da abundância,independentemente da ética.Para um arquitecto pôr um prédio falso por cima de um existente é como um cirurgião plástico pôr uma mama falsa por cima de uma verdadeira,ou, como o projecto de Sócrates.Por agora a ética profissional está adiada. Até ver.
Falta de : - regulamentação adequada; - incapacidade técnica da CML e dos seus técnicos ligados ao urbanismo e preservação do património; - má formação transmitida nas faculdades de arquitectura; - liberalismo extremo; - falta de visão, cultura e cidadania dos promotores imobiliários; - alheamento dos cidadãos munícepes quanto á defesa do património arquitectónico; - falta de gosto;
Este é um daqueles casos de travesti que alguns continuam a achar que é de bom tom fazer-se na cidade, aos prédios bonitos que estão devolutos por essa cidade. Fizeram isso ao do gaveto da Rua Castilho com a Braancamp (é a famosa aberração que dá pelo nome de Heron Castilho), com outro ao lado da Cinemateca (que é de uma companhia de seguros), fizeram ao da Av. Liberdade (onde hoje é a CMVM), fizeram a dois magníficos prédios arte-nova na Dq. Ávila/Av.Mq. Tomar, e fizeram depois a este palacete onde esteve durante alguns anos a Provedoria de Justiça.
Neste caso, o travesti é ainda mais curioso, pois não de se demoliram interiores, recuperaram-se, mas colocou-se-lhe um 'capacete' de espelhos com mais do dobro da altura da casa, alargando pelo valioso logradouro adentro, até à esquina da Dq. Ávila, e prolongando pelas traseiras, cotovelo adentro, a desembocar na João Crisóstomo.
Trata-se de um empreendimento que devia fazer parte do manual do que não deve ser feito, do livro negro do mais negro que foi feito em Lisboa. Devia fazer parte de toda e qualquer sindicância, investigação, julgamento e prisão, somente, até, pelo simples facto de ser um atentado à inteligência. Mas isso sou eu, claro, a falar.
Realmente a ideia que fica é a de que o edifício antigo vai, mais cedo ou mais tarde, desaparecer pelo chão abaixo, sob o peso do bloco que lhe puseram em cima... Realmente não há aqui qualquer tipo de integração estética entre a pré-existência e o construído de novo. O próprio edifício é de uma vulgaridade atroz; deitam-se prédios românticos, arte-nova e deco abaixo, para serem substituídos por esta medíocridade patética de coisa que não é, nem deixa ser.
Chamei-lhes em tempos "edifícios zombie", uma espécie de mortos-vivos que deambulam por aí. Surgem como uma vingança para com a cidade que não os deixou morrer de vez. Ao contrário do que alguns mais ingénuos possam pensar todos os intervenientes sabem muito bem o que estão a fazer. É pena a demissão da Ordem dos Arquitectos nestas situações. Era importante conhecermos a opinião dos seus responsáveis.
os responsáveis da ordem dos arquitetos querem é mamar subsidios da camara e sacar trabalhos por conta do "prestigio" da ordem e da trienal de arquitectura (que a camara sustenta)
“Worx e CBRE procuram comprador para edifício reabilitado em Lisboa As consultoras imobiliárias Worx e CB Richard Ellis iniciaram a comercialização de um novo edifício de escritórios em Lisboa, cuja promoção, a cargo da Imobiliária Duque d’Ávila, parte da reabilitação de um antigo edifício no centro da capital. -------------------------------------------------------------------------------- As consultoras imobiliárias Worx e CB Richard Ellis iniciaram a comercialização de um novo edifício de escritórios em Lisboa, cuja promoção, a cargo da Imobiliária Duque d’Ávila, parte da reabilitação de um antigo edifício no centro da capital. O Palacete Duque d’Ávila apresenta uma oferta de 900 metros quadrados (em dois pisos e uma cave) que será colocada exclusivamente para venda e como um todo, em vez da comercialização para arrendar fracções. A Worx não revelou quanto o promotor pretende encaixar com a transacção. A Imobiliária Duque d’Ávila é uma empresa controlada pela Anida, braço imobiliário do banco BBVA, e pela também espanhola Metrovacesa. "Acreditamos que este edifício é indicado para entidades do ramo financeiro, sociedades de advogados, seguros (sede) ou para o conselho de administração de uma empresa, uma vez que se apresenta como um espaço que proporciona uma imagem de prestígio e classe ao seu proprietário", comenta Pedro Salema Garção, da direcção da Worx. "Após um estudo profundo sobre a comercialização do Palacete Duque d’Ávila, concluiu-se que a venda era a solução óbvia. A empresa que adquirir este palacete estará identificada por um longo período com um local ímpar, respeitado e histórico no centro de Lisboa", acrescenta o mesmo responsável. Por seu lado, o director do departamento de escritórios da CB Richard Ellis, André Almada, considera que as características do projecto tornam o prazo da sua comercialização imprevisível. "Estamos perfeitamente conscientes de que estamos a falar de um leque muito restrito de potenciais compradores", comentou André Almada, em declarações ao Jornal de Negócios. A CB Richard Ellis tem outras reabilitações para escritórios igualmente em comercialização em Lisboa, mas o Palacete Duque d’Ávila é o único destinado exclusivamente a venda da sua área total a um único comprador. O imóvel em causa, na Avenida Duque d’Ávila, foi construído em 1912. Em 2005, foi feita uma intervenção de reabilitação, que visou dotar o edifício de condições para que pudesse voltar a ser utilizado, nomeadamente criando um sistema técnico e de segurança com ar condicionado e detecção de incêndios. A reabilitação passou também pela conservação e restauro do traço arquitectónico original.”
Exemplo das más práticas urbanísticas de recuperação de imóveis nesta cidade.
ResponderEliminarRecuperou-se o palácio. muito bem! Mas a que preço?
É um produto de "gosto requintado".
ResponderEliminarRecuoerou-se o palácio?
ResponderEliminarNão me parece que se tenha recuperado. Eu sou, à partida, contra este tipo de misturas. A fachada faz parte de um todo. E se o conjunto tem interesse deve ser recupado e mantido. Se não tem interesse pois que se substitua. Há que preservar na arquitecura, como em tudo o resto, o que é de preservar. Há que fazer de novo sem medos nem preconceitos. Retalhos não me agradam. Odeio ver por essa Lisboa fora essas misturas de fachadas. Nem entendo como é possível arquitectos estarem metidos nisto.
Subscrevo por inteiro caro V.M. !
ResponderEliminarEspecialmente....a última frase.
JA
O Palácio foi todo recuperado sim. Na verdade a recuperação interior foi exemplar, no que toca a frescos, madeiras, lustres, chão, pedras, entre outros.
ResponderEliminarNa verdade, o prédio lateral (empreendimento ao qual o palácio se encontra no qual se enontra integrado) encontra-se praticamente suspenso sobre o palácio).
No entanto, a obra é de um verdadeiro mau gosto e caba por não se parecer com nada...
O novo edifícío é de uma banalidade extrema, daqueles que infestam Lisboa, que se encontram em qualquer parte do mundo, que vão tornando Lisboa uma cidade igual ás outras, e vão destruindo os últimos exemplares de arquitectura do sex XIX das Avenidas Novas.
E a banalidade acaba por estragar o pouco mérito da recuperação
Será que na ansia de ganhar dinheiro os arquitectos se venderam todos! Judas!!!
ResponderEliminarOnde pára a Ordem dos Arquitectos!!
Para que servem?
Grave? A culpa não é o arquitecto, grave é quem aprovou.
ResponderEliminarHá maus profissionais em todo o lado, e sobretudo muito mau gosto.
E o gosto não se discute, educa-se. E o Estado, a pseudo elites intelectuais, os ditos opinion leader são os grandes responsaveis de se demitirem das seus deveres civicos.
Mais um atentado, a nossa liberdade, a liberdade de vivermos "tranquilos" sem mamarrachos destes e de outros...
Talvez plantar uma sequóia ou duas diante, e dar-lhe hormona de crescimento.
ResponderEliminarE anda Cavaco espantantado com a ignorância da juventude!
ResponderEliminarA mim espanta-me a ignorância generalizada e aqui espelhada!
De recuperar ou não o "Palácio",diz-se,mas qual palácio??Felizmente aqui não há palácio nenhum,para começar.
Depois a "culpa" é do arquitecto para uns e de quem aprova para outros.
Mas há um anónimo certeiro que pergunta "será que os arquitectos...se venderam todos...e aonde está a Ordem dos arquitectos?"
A resposta é a ignorância e a ganância generalizadas,cujo exemplo vem de cima.
Lembram-se daquele projecto do Sócrates(publicado no "Público") de um andar novo em cima de um velho curral de animais, sem esgotos,que foi chumbado mas está construído?
É pior que isto? É a mesmíssima coisa!!
As Ordens profissionais(Arquitectos,Engenheiros,Médicos etc...) hoje só "existem" para reclamar da penúria e nunca da abundância,independentemente da ética.Para um arquitecto pôr um prédio falso por cima de um existente é como um cirurgião plástico pôr uma mama falsa por cima de uma verdadeira,ou, como o projecto de Sócrates.Por agora a ética profissional está adiada.
Até ver.
7-5-08 Lobo Villa
É na na verdade, um palácio. Pode ser pequeno, mas é.
ResponderEliminarFalta de :
ResponderEliminar- regulamentação adequada;
- incapacidade técnica da CML e dos seus técnicos ligados ao urbanismo e preservação do património;
- má formação transmitida nas faculdades de arquitectura;
- liberalismo extremo;
- falta de visão, cultura e cidadania dos promotores imobiliários;
- alheamento dos cidadãos munícepes quanto á defesa do património arquitectónico;
- falta de gosto;
Este é um daqueles casos de travesti que alguns continuam a achar que é de bom tom fazer-se na cidade, aos prédios bonitos que estão devolutos por essa cidade. Fizeram isso ao do gaveto da Rua Castilho com a Braancamp (é a famosa aberração que dá pelo nome de Heron Castilho), com outro ao lado da Cinemateca (que é de uma companhia de seguros), fizeram ao da Av. Liberdade (onde hoje é a CMVM), fizeram a dois magníficos prédios arte-nova na Dq. Ávila/Av.Mq. Tomar, e fizeram depois a este palacete onde esteve durante alguns anos a Provedoria de Justiça.
ResponderEliminarNeste caso, o travesti é ainda mais curioso, pois não de se demoliram interiores, recuperaram-se, mas colocou-se-lhe um 'capacete' de espelhos com mais do dobro da altura da casa, alargando pelo valioso logradouro adentro, até à esquina da Dq. Ávila, e prolongando pelas traseiras, cotovelo adentro, a desembocar na João Crisóstomo.
Trata-se de um empreendimento que devia fazer parte do manual do que não deve ser feito, do livro negro do mais negro que foi feito em Lisboa. Devia fazer parte de toda e qualquer sindicância, investigação, julgamento e prisão, somente, até, pelo simples facto de ser um atentado à inteligência. Mas isso sou eu, claro, a falar.
Realmente a ideia que fica é a de que o edifício antigo vai, mais cedo ou mais tarde, desaparecer pelo chão abaixo, sob o peso do bloco que lhe puseram em cima...
ResponderEliminarRealmente não há aqui qualquer tipo de integração estética entre a pré-existência e o construído de novo.
O próprio edifício é de uma vulgaridade atroz; deitam-se prédios românticos, arte-nova e deco abaixo, para serem substituídos por esta medíocridade patética de coisa que não é, nem deixa ser.
Chamei-lhes em tempos "edifícios zombie", uma espécie de mortos-vivos que deambulam por aí. Surgem como uma vingança para com a cidade que não os deixou morrer de vez.
ResponderEliminarAo contrário do que alguns mais ingénuos possam pensar todos os intervenientes sabem muito bem o que estão a fazer.
É pena a demissão da Ordem dos Arquitectos nestas situações. Era importante conhecermos a opinião dos seus responsáveis.
os responsáveis da ordem dos arquitetos querem é mamar subsidios da camara e sacar trabalhos por conta do "prestigio" da ordem e da trienal de arquitectura (que a camara sustenta)
ResponderEliminarA ordem não "mama" só subsídios mama e chupa muita coisa que não vale a pena mencionar aqui.
ResponderEliminar“Worx e CBRE procuram comprador para edifício reabilitado em Lisboa
ResponderEliminarAs consultoras imobiliárias Worx e CB Richard Ellis iniciaram a comercialização de um novo edifício de escritórios em Lisboa, cuja promoção, a cargo da Imobiliária Duque d’Ávila, parte da reabilitação de um antigo edifício no centro da capital.
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As consultoras imobiliárias Worx e CB Richard Ellis iniciaram a comercialização de um novo edifício de escritórios em Lisboa, cuja promoção, a cargo da Imobiliária Duque d’Ávila, parte da reabilitação de um antigo edifício no centro da capital.
O Palacete Duque d’Ávila apresenta uma oferta de 900 metros quadrados (em dois pisos e uma cave) que será colocada exclusivamente para venda e como um todo, em vez da comercialização para arrendar fracções. A Worx não revelou quanto o promotor pretende encaixar com a transacção. A Imobiliária Duque d’Ávila é uma empresa controlada pela Anida, braço imobiliário do banco BBVA, e pela também espanhola Metrovacesa.
"Acreditamos que este edifício é indicado para entidades do ramo financeiro, sociedades de advogados, seguros (sede) ou para o conselho de administração de uma empresa, uma vez que se apresenta como um espaço que proporciona uma imagem de prestígio e classe ao seu proprietário", comenta Pedro Salema Garção, da direcção da Worx. "Após um estudo profundo sobre a comercialização do Palacete Duque d’Ávila, concluiu-se que a venda era a solução óbvia. A empresa que adquirir este palacete estará identificada por um longo período com um local ímpar, respeitado e histórico no centro de Lisboa", acrescenta o mesmo responsável.
Por seu lado, o director do departamento de escritórios da CB Richard Ellis, André Almada, considera que as características do projecto tornam o prazo da sua comercialização imprevisível. "Estamos perfeitamente conscientes de que estamos a falar de um leque muito restrito de potenciais compradores", comentou André Almada, em declarações ao Jornal de Negócios. A CB Richard Ellis tem outras reabilitações para escritórios igualmente em comercialização em Lisboa, mas o Palacete Duque d’Ávila é o único destinado exclusivamente a venda da sua área total a um único comprador.
O imóvel em causa, na Avenida Duque d’Ávila, foi construído em 1912. Em 2005, foi feita uma intervenção de reabilitação, que visou dotar o edifício de condições para que pudesse voltar a ser utilizado, nomeadamente criando um sistema técnico e de segurança com ar condicionado e detecção de incêndios. A reabilitação passou também pela conservação e restauro do traço arquitectónico original.”
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarretirado do site skyscrapercities.com
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