Freguesia(s) - Encarnação
Início do Arruamento em: Rua das Flores
Fim do Arruamento em: Rua das Chagas
Data de Deliberação Camarária: 31/05/1926
Data de Edital: 20/08/1926
Designações Anteriores: Travessa do Sequeiro das Chagas
Historial: A Travessa de Guilherme Cossoul, na Freguesia da Encarnação, foi atríbuida por deliberação camarária de 31/05/1926 e respectivo Edital de 14/06/1926, na artéria até aí denominada Travessa do Sequeiro das Chagas.
O edital de atribuição foi rectificado por outro de 20/08/1926 que esclareceu que o nome de Guilherme Cossoul foi dado à Travessa do Sequeira das Chagas que começa na Rua das Flores e finda na Rua das Chagas.
Com a legenda «1º Bombeiro Voluntário/1828-1880» esta artéria homenageia o lisboeta António Guilherme Cossoul (Lisboa/22.04.1828 - 26.11.1880/Lisboa) por ter sido o fundador da Associação dos Bombeiros Voluntários.
Todavia, na sua reunião de 21-11-1944, a Comissão Consultiva Municipal de Toponímia foi de parecer que antes se designasse como Travessa Maestro Guilherme Cossoul, dada a vida profissional de compositor e instrumentista do homenageado, tendo exercido na real câmara e na orquestra de S. Carlos, para além de ter composto 37 obras musicais das quais se destacam as óperas cómicas «A Cisterna do Diabo» (1850), «O Arrieiro» (1852) e «O Visionário do Alentejo».
Direcção Municipal dos Serviços Centrais
Departamento de Serviços Gerais
Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia
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Guilherme Cossoul nasceu, de facto, em 1828 e morreu aos 52 anos em 1880. Para além de ter sido um dos fundadores dos Bombeiros Voluntários, foi um notável violoncelista, professor e director do Conservatório Nacional, músico na Orquestra do Real Teatro de São Carlos, maestro, compositor e empresário do mesmo teatro.
Quis a Câmara distingui-lo, apenas, pelas suas acções filantrópicas (as nossas autarquias sempre foram muito pouco dadas a coisas de cultura, o que é pena).
Mas é inadmissível a falta de cuidado com que é dada informação aos cidadãos. Quem são os responsáveis pela informação errada na placa da travessa com o seu nome (1868-1889 em vez de 1828-1880)? Haverá, certamente, vários. E esses deveriam pagar, serem responsabilizados. Porquê termos que ser todos a pagar os erros do desleixo e incompetência de alguns?
Há que exigir o reparo imediato destes erros. Uma má informação é pior que falta de informação.
SANTA IGNORÂNCIA!!!
ResponderEliminarPior do que a ignorância é o desleixo, a falta de respeito com os cidadãos, a quem são prestadas informações falsas e deficientes, e para com a memória daqueles que, por razões várias, nos honraram merecendo por isso ser recordados.
ResponderEliminarA ignorância é um defeito quando se teima em mantê-la e se cultiva. Ninguém sabe tudo. Mas neste caso a CML até sabe as datas correctas. É mesmo um "deixa andar", "para quem é, bacalhau basta".
Enviei reclamação aos serviços de toponímia da CML. AQui deixo a resposta, recebida hoje:
ResponderEliminarEm resposta ao seu email de 4 de Maio último que nos mereceu a melhor atenção, informamos o seguinte:
- Como lhe foi possível ler on-line no site da CML, na ficha do topónimo "Travessa de Guilherme Cossoul", a atribuição do mesmo em 1926, independentemente de outros predicados do homenageado, pretendeu perpetuar Guilherme Cossoul na toponímia da cidade enquanto o primeiro bombeiro voluntário português e consequentemente, da cidade de Lisboa bem como, a personalidade fundadora da Associação dos Bombeiros Voluntários pelo que se incluiu como legenda a sua função enquanto tal - 1º Bombeiro Voluntário - e as datas em que dirigiu os destinos da corporação, que são 1868-1880, pese embora a gralha presente na placa toponímica;
- Após a criação da Comissão Consultiva Municipal de Toponímia em 1943, esta decide proceder a um levantamento toponímico da cidade de Lisboa para manter ou corrigir os topónimos existentes e daí decorre que na sua reunião de 21 de Novembro de 1944 tenha dado o parecer que a artéria se passasse a designar Travessa Maestro Guilherme Cossoul, embora nunca uma deliberação de câmara e respectivo edital tenha determinado a intenção.
Assim, a sua sugestão de alteração da legenda do topónimo ficará a aguardar a nomeação da Comissão Municipal de Toponímia para ser submetida ao seu parecer, após o que o informaremos da decisão tomada.
Com os melhores cumprimentos
Divisão de Alvarás, Escrivania e Toponímia
do Departamento de Serviços Gerais
A questão toponímica aqui levantada ,suscita outra mais profunda que é a da preservação dos topónimos falantes originais,tais como este que era do Sequeiro das Chagas,que falava do sítio,e que foi substituído por um NOME PRÓPRIO que nada diz do sítio.A Toponímia é uma ciência auxiliar da História,devendo os topónimos antigos manter-se,em abono da cultura da cidade.
ResponderEliminarA moda jacobina de dar NOMES de pessoas ás ruas é um erro,hoje um exclusivo,um absurdo da ignorante classe política reinante.Até as rotundas têm nomes de pessoas,ignorando os sítios.
A Praça do Areeiro chama-se agora Praça Sá Carneiro...
10-5-08 Lobo Villa