A crise do subprime está intimamente ligada ao urbanismo, e ao colapso do suburbio. Em Portugal estas praticas continuam a ser desenvolvidas com a, destruição sistematica dos centros historicos (na alienação do edificado, populações e comercio), nos diversos programas polis, na construção de mais centros comerciais, em office park, mega infraestruras que desertificam as cidades, e que tornam o uso do automovel indispensável.
O movimento Novo Urbanismo (New Urbanism) que emergiu nos anos 90 tem demonstrado que estas praticas urbanas (Nova e Velha Carta de Atenas) encontram desajustadas com a realidade devido ao aumento do consumo de energias e à degradação do ambiente das cidades e da paisagem.
Conhecem James Howard Kunstler? I believe a lot of people share my feelings about the tragic landscape of highway strips, parking lots, housing tracts, mega-malls, junked cities, and ravaged countryside that makes up the everyday environment where most Americans live and work.- James Howard Kunstler, from The Geography of Nowhere
Excelente leitura e também para ouvir. http://kunstlercast.com/
Neste blog continua-se a ter a visão redutora de Lisboa, como se os seus limites ainda fossem os mesmos que aqueles que foram definidos no século XIX.
ResponderEliminarLisboa cresceu para fora desses limites, e para sul do Tejo. É um complexo de mais de 2,5 milhões de pessoas que vivem, trabalham e deslocam-se num raio de 40Km à sua volta.
Por aqui enterra-se a cabeça na areia. Quer-se congelar a historia, as pessoas nas suas casas, a economia da capital, e congelar a mente humana. Queixam-se dos modos de vida contemporâneos, chamam tudo de mau gosto. Pobres reaccionários que ficam para trás.
Estás desfazado no tempo... Pobres reacionários, são aqueles que vivem agarrados a um efémera modernidade progressista, actualmente já sem sentido, comezinha e rasca, que só leva á destruição dos valores civilizacionais que provocam frustrações aos invejosos; são aqueles que ainda vivem num antigamente que já foi moderno mas que, como tudo, está ultrapassado.
ResponderEliminarA história repete-se e estamos num novo tempo, em que começa a ser necessário ser progressista de outra forma: Recuperar os valores que uma elite pseudo-intelectual, não porque o seja de facto, mas porque se auto-intitula, destruiu. É preciso que esta "nata" da intelectualidade, que democráticamente, chama reacionário a tudo e a todos os que não partilham das suas ideias progressistas, seja definitivamente desmascarada e destruído o mito.
Eu sei que para isso ainda serão necessários vários anos de uma boa educação, feita sem facilitismos estatiísticos e com base naquilo que são os valores da tolerância, do respeito e de uma verdadeira democracia dos cidadãos, mas entendo que vale a pena, mais não seja para dar a opurtunidade aos vindouros de viverem dignamente nas suas cidades e não suburbanisticamente como hoje acontece.
Também sei que para os FMS, é muito melhor haver suburbanismo e mesmo analfabetismo porque é aí que conseguem lançar sementes e colhê-las; Como na Igreja Universal do Reino de Deus, quanto maior o desespero maior a crença na seita...
O presente comentário substitui o anterior:
ResponderEliminarEstás desfazado no tempo... Pobres reacionários, são aqueles que vivem agarrados a um efémera modernidade progressista, actualmente já sem sentido, comezinha e rasca, que só leva á destruição dos valores civilizacionais que provocam frustrações aos invejosos; são aqueles que ainda vivem num antigamente que já foi moderno mas que, como tudo, está ultrapassado.
A história repete-se e estamos num novo tempo, em que começa a ser necessário ser progressista de outra forma: Recuperar os valores que uma elite pseudo-intelectual, não porque o seja de facto, mas porque se auto-intitula, destruiu e recolocá-los no nosso tempo, adaptados a uma forma mais humanista e social e sobretudo fundamentados num pensamento de sustentabilidade, até como forma de preservação da nossa espécie Humana.
É preciso que esta "nata" da intelectualidade, que democráticamente, chama reacionário a tudo e a todos os que não partilham das suas ideias progressistas, seja definitivamente desmascarada e destruído o mito.
Eu sei que para isso ainda serão necessários vários anos de uma boa educação, feita sem facilitismos estatiísticos e com base naquilo que são os valores da tolerância, do respeito e de uma verdadeira democracia dos cidadãos, mas entendo que vale a pena, mais não seja para dar a opurtunidade aos vindouros de viverem dignamente nas suas cidades e não suburbanisticamente como hoje acontece.
Também sei que para os FMS, é muito melhor haver suburbanismo e mesmo analfabetismo porque é aí que conseguem lançar sementes e colhê-las; Como na Igreja Universal do Reino de Deus, quanto maior o desespero maior a crença na seita...
O FMS acredita em crescimento constante - sem crescimento demográfico e económico o modelo económico da globalização e redução de barreiras ao comércio internacional não vale um caracol...
ResponderEliminarNo entanto esse modelo encontra várias barreiras que estão cada vez mais à vista de todos - o aumento dos custos energéticos e de transporte, a poluição e degradação crescente do meio ambiente e da qualidade de vida "real", a falta de espaço para alojar pessoas, indústrias e os resíduos e sub-produtos da actividade humana.
Se calhar todos gostaríamos de viver num mundo de abundância para todo o sempre, em que pudessemos alojar triliões de seres humanos, em que pudessemos consumir desmesuradamente, em que não houvesse escassez.´
Mas dou uma novidade aos discípulos de Friedman como o FMS - esse mundo não existe, a escassez é real e a tecnologia e o mercago globalizado têm limites - desde logo quando não houver mais mercados para descobrir nem meios energéticos que permitam aumentar a produção e consumo.
A tecnologia não dá resposta para tudo e em alturas de escassez temos que equecer o crescimento constante e contentarmo-nos com a procura de equilíbrios sustentáveis... O regresso a economias mais locais e com menor consumo de recursos energéticos só é uma má escolha para mentes imbecis e sem visão do que é verdadeira qualidade de vida....
triliões de seres humanos? deveriam olhar mais para as estatísticas de natalidade. Eu bem digo que esta gente vive no século XIX
ResponderEliminar"O regresso a economias mais locais e com menor consumo"
ResponderEliminarQue bacorada, eh eh, é que o aumento da energia é consequência de uma maior mobilidade. isto é que é ver o mundo ao contrário. Mas você vive em Marte? O que é grave é que o homem acredita mesmo nisto.
Esta notícia, ("noticiação"),parte de um pré-conceito totalmente errado (americano,sub-prime),que nada tem a ver conosco,com as nossas cidades e periferias.
ResponderEliminarDiz-se que tem a ver com o "urbanismo e com o colapso do suburbio" e depois com a "destruição sistemática dos centros históricos, com os shopping-centres etc". Um contra-senso pegado.
Dá a idéia do colapso das periferias(com shoppings) em simultâneo com os centros históricos(sem shoppings...).
Para nós,a única cidade abrangida por este contra-senso é Lisboa,mas felizmente q Lisboa não é o país.
Porque Lisboa está falida,não só no centro( e porque tb tem shoppings no centro),e a sua periferia está irreversívelmente mais viva do que centro.Portanto Lisboa já não tem centro há muito,e ainda não tem periferia há muito.Pretender reduzir esta anormalidade Lisboeta á questão energética ou a "New Urbanism" é puro intelectualismo.
7-708 Lobo villa
Caro Lobo Villa
ResponderEliminarPasso a explicar:
Os bancos avalizaram o "american dream", moradia isolada no suburbio das cidades, mas como as novas gerações querem voltar para a cidade o suburbio é abandonado, preferem as cidades pois gastam menos energia, e preferem "ir a pé para os seus empregos", as ditas, "walkable cities". Por um lado quando chegam as cidades elas estao desertas, porque os shoppings desertificaram, e assim por diante.
Temos um exemplo bem perto. Em Oeiras virou dormitorio e uma malha urbana desconexa que torna dificil o transporte publico, os parques comercias, quintas da fonte e Tagus Park, integrados na cidade, tornavam Oeiras o concelho mais importante na regiao de Lisboa. Mas quer outro exemplo: Em Lisboa,o novo Campus de Justica, irá esvaziar a cidade e desertificar o centro tornando-o mais inseguro e mais abandonado, só beneficia a parque expo de forma a pagar as dividas.
Outro exemplo, quando a 3ª Travessia for contruiada, o centro historico do Barreiro fica definitivamente destruído, pois uma ponte a 47 metros de altura com 4 faixas ferroviarias e outras tantas rodoviarias ira tornar este centro insuportavel emn termos de ruido, e senão acreditar vá às docas verificar e imagine que vive ali, e aquela ponte esta a 100 metros.
É o preço a pagar pelas ilusões do progresso que nos fora vendendo.
James Howard Kunstler não é arquitecto mas tem se apercebido da grave crise que esta afectar as praticas de um urbanismo decadente na alienacão das cidades, dos mais pobres e mais desfavorecidos.
"Mas você vive em Marte?"
ResponderEliminarEu não eu vivo em Lisboa e quando saio do centro histórico encontro um panorama de lataria ambulante, edifícios horrorosos (melhor dizendo caixotes), arruamentos ziguezaguentes por todo o lado, pessoas com ar de não lerem um bom livro desde que deixaram a escola mas com ar de verem umas 5 horas de tv diárias e lerem a tv-guia todas as semanas....
Se isto é progresso eu quero regressar ao passado.
Se a linha de Sintra e Cascais são progresso e os subúrbios nojentos que cercam Lisboa eu prefiro atraso...
Porque é que países como a Suécia e a Suíça são desenvolvidos e não têm tantos automóveis nem centros comerciais nem o urbanismo abjecto promovido por arquitectos incompetentes e técnicos camarários corruptos e promotores imbecis ávidos de dinheiro fácil??
Se calhar eles é que são os atrasados e nós os desenvolvidos??
O automóvel e a energia barata promoveram uma degradação da qualidade de vida, pelo menos avaliada por padrões de bom gosto e intelectualmente elevados.
Para quem gosta da Tv-Guia, do Colombo e da Floribella talvez não mas podes ficar com os teus gostos para ti mesmo, sentado no teu sofá com uma cerveja na mão, o telecomando da tv na outra e as chaves da lata na mesa da entrada....
"Lisboa cresceu para fora desses limites, e para sul do Tejo. " diz FMS. Ainda bem para sí. Aliás penso que deve manter-se nessa sua Lisboa a sul do Tejo. Parabéns pela escolha.
ResponderEliminaro mal disto tudo é terem inventado o americano para as pessoas poderem sair do seu bairro. depois disso, lisboa nunca mais foi a mesma.
ResponderEliminarParece-me que o problema fulcral de Lisboa foi mesmo, terem-te inventado a ti!
ResponderEliminarNão foi preciso o americano para sair do bairro. Há um livro que estuda as mobilidades setencistas, oitocentistas. Além de sege, tipóia, carruagem,carroça, e claro a cavalo, burro, mula, etc. andava-se imenso a pé.
ResponderEliminar"andava-se imenso a pé"
ResponderEliminarandar a pé produz um maior número de emissões de efeito de estufa, por km
no meu caso, impedir-me-ia também de ir trabalhar
anonimo, com os teus problemas posso eu bem
ResponderEliminar"no meu caso, impedir-me-ia também de ir trabalhar"
ResponderEliminarAh ah ah essa é boa. És como uma maioria dos tugas - para andar a pé não senhor que é uma maçada, mas depois pagam para ir andar em cima de uma passadeira ao estilo hamster...E parece-me que a tua parecença com um hamster não é só neste aspecto...
desafio o sr anonimo a fazer um percurso de 30km a pe, incluindo 3km a nado
ResponderEliminarObjectivo do Melro: tentar destruir as conversas deste blog.
ResponderEliminarPor isso não lhe dêm mais trela.
Esse é o melhor argumento quando não se tem resposta? Qual o meio de transporte maravilha que preconiza afinal?
ResponderEliminar"desafio o sr anonimo a fazer um percurso de 30km a pe, incluindo 3km a nado"
ResponderEliminarVais a pé até ao transporte público mais próximo e desse até ao teu trabalho.
Ah e sais cedinho que não faz mal nehum e perdes mais algum tempo ao fim do dia a ir para casa. Mesmo que demores 3 horas a mais é menos tempo que passas colado à tv que só te faz mal.
Assim já não precisas de ir ao ginásio, e se quiseres andar mais depressa com os recursos que Deus te deu compras uma bicicleta dobrável e poupas tempo.
Experimenta que vais ver que é óptimo...
ah sim? propoe-me portanto ficar com menos 4h de tempo livre por dia para andar a chuva e ao vento a espera de transportes que funcionam mal, basicamente porque um visionario qualquer acha que isso é que é vida?
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