"Metade dos turistas prefere caminhar a utilizar um transporte para conhecer a capital - Sintra e Parque das Nações à frente de bairros históricos" in Jornal de Notícias
"Inquéritos a turistas estrangeiros de visita à capital, do Observatório do Turismo de Lisboa, revelam que a maioria prefere deslocar-se a pé. Os passeios são, aliás, as actividades mais praticadas. Muitos nem entram nos museus.
"Inquéritos a turistas estrangeiros de visita à capital, do Observatório do Turismo de Lisboa, revelam que a maioria prefere deslocar-se a pé. Os passeios são, aliás, as actividades mais praticadas. Muitos nem entram nos museus.
Pode vir o mais emblemático eléctrico amarelo ou o autocarro de dois andares, descapotável, com o guia mais animado e informado da região que os turistas não se deixarão seduzir num estalar de dedos. Eles gostam mesmo é de andar a pé (51%), de entrar pelas ruas e ruelas dos bairros históricos, desvendando os segredos de cada recanto de Lisboa e andar livremente pela região.
A zona da Baixa e de Belém foram os locais de interesse mais visitados na cidade, tendo sido apontados por 74,2% e 70,3% dos inquiridos, respectivamente. Segue-se Alfama, Bairro Alto e Chiado, bairros "obrigatórios" de elevado peso histórico, onde a traça é frequentemente elogiada.
No inquérito à região, o Parque das Nações "intromete-se" no grupo de bairros históricos e alcança o terceiro lugar, à frente de Alfama e do Bairro Alto, com uma percentagem de 66,8%. Sintra, Cascais e Estoril assumem um peso importante nos locais de interesse da região mais visitados. Sintra, por exemplo, aparece à frente do Chiado.
Os passeios a pé, as visitas a atracções, monumentos e museus, assim como as saídas para jantar e as compras foram as actividades mais praticadas pelos turistas durante o tempo que passaram pela cidade e pela região.
Ainda segundo a primeira vaga de inquéritos de 2008 ao grau de satisfação dos turistas na cidade e na região, os estrangeiros levam para casa uma boa imagem de Lisboa e arredores. A capital é bela e bonita (40,4%), antiga e histórica (35%) e amigável (34,4%), percentagens semelhantes às conquistadas pela região.
Chamados a avaliar a visita, os turistas são generosos. Cidade e região quase alcançam os oito valores numa escala até 10. Uma nota justificada pelos monumentos, museus e atracções, clima e população local. Para 42,3% dos inquiridos, Lisboa revelou-se acima das expectativas criadas e para 24,6% foi mesmo uma "magnífica surpresa". As desilusões foram residuais, tanto na cidade (0,5%) como na região (0,4%).
Cerca de 70% dos turistas entrevistados já tinha visitado Lisboa e a região. Ainda assim, questionados sobre a possibilidade de um novo regresso, mais de metade (59,6%) admite que muito provavelmente voltará. Mais: 99,7% tenciona recomendar a cidade para visitar e 98,7% recomendará também a região.
Para 73,7%, Lisboa foi o único destino de viagem, onde a estadia média foi de 5,1 noites. Cerca de 87% escolheu ficar alojado num hotel ou unidade similar. A família e amigos foram os que mais influenciaram os turistas na escolha do destino Lisboa ((35,7%), seguido do factor preço. O avião foi o principal meio de transporte para alcançar a região (70%). "
retirado de: http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Lisboa&Concelho=Lisboa&Option=Interior&content_id=978959
O pior é que é a pé que se aprecia melhor a degradação e desleixo que reinam na capital.
ResponderEliminarMas a referência ao eléctrico é para mim misteriosa. Se há sítios onde abundam turistas, é nos eléctricos, a começar pelo 28 e incluíndo até aquele com ar de metro de superfície.
Que bom. Afinal não são necessários transportes. Aposto que até posso manter o mesmo nível de vida fazendo apenas passeios turísticos em vez de me deslocar os enfadonhos km diários para ir trabalhar.
ResponderEliminarAguardo que estas mentes iluminadas que para aqui escrevem me facultem o contacto de tal vaga de emprego.
O post trata-se de uma transcrição de um artigo publicado no Jornal de notícias, reflectindo os resultados de um inquérito feito a turistas.
ResponderEliminarPara quem sabe ler português, percebe-se que o artigo não advoga o fim dos transportes em Lisboa, mas apenas referencia que os turistas preferem visitar a cidade, percorrendo os seus bairros a pé.
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ResponderEliminarEntendo ser dever dos gestores públicos o pensarem em tornarem os percursos de eleição turistíca, mais facilitados e agradáveis ao passeio a pé. A requalificação urbana permite que tal seja possível; veja-se casos de cidade médias onde essas medidas estão a ser implementadas, no âmbito de programas diversos e pergunte-se porque é que Lisboa não aproveita tais ideias e exemplos.
ResponderEliminarOra aqui está, tal como eu suspeitava as "conclusões" que o autor do post pretende que se tirem: os estrangeiros do primeiro mundo devem vir ensinar os Lisboetas como não se deslocar de carro, e por isso deve-se cortar a circulação o quanto antes. Porque 100m a pé fazem-se tão facilmente como 15, 30 ou 50km.
ResponderEliminarTendo todas estas informações em primeira mão ao lidar com turistas directamente todos os dias e vivendo nesta cidade não posso deixar de ser critica em relação ao muito que falta fazer. No entanto o turista também critica. Critica os grafittis, critica as calçadas, que apesar de lhes admirar a beleza não gosta da falta de conforto que as suas irregularidades e buracos dão ao caminhar, critica os tantos edificios antigos em degradação, alguma insegurança no metro, no eléctrico 28 e 15 e enfim... por aí fora.
ResponderEliminarEu limito-me a lamentar que com tanto potêncial que tem esta cidade se faça tão pouco e se aproveite pouco o clima, o rio, os monumentos... e infelizmente dá-me ganas de dizer: Ah! se fosse em Espanha...
Claro. O estudo vale o que vale, até porque não foram 100% dos turistas a dizer que preferem deslocar-se a pé, nem disseram que entre a Baixa e o parque das Nações e Sintra também vão a pé.
ResponderEliminarE mesmo a taxa de aprovação não é de 100%. Obviamente que todos eles encontraram pontos negativos.
Mas é um estudo sobre certos aspectos. vale por isso.
Quando se fala em requalificação urbana claro está que não se fala em cortar completamente o trânsito... é mesmo e só, requalificação urbana!
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