In Diário de Notícias (2/3/2008)
LUÍSA BOTINAS
«Lisboa. António Costa mostrou-se disponível para ouvir moradores
BE pede intervenção da assembleia municipal no processo
Os moradores da zona envolvente à Quinta do Mineiro (área das Amoreiras e Rua Artilharia 1), em Lisboa, defendem que a única solução possível para evitar as "consequências negativas e o impacte urbanístico" do futuro empreendimento imobiliário aprovado para os antigos terrenos do Colégio Marista de Lisboa é a câmara municipal desencadear a elaboração de um Plano de Ordenamento (plano de pormenor) para aquele local. Leonor Coutinho, deputada socialista e coordenadora da Pró-Associação de Moradores da Quinta do Mineiro, disse ao DN que espera ainda uma resposta sobre o problema por parte do presidente da autarquia da capital, António Costa, que se disponibilizou para os receber. "Sabemos que será difícil mudar o curso dos acontecimentos, uma vez que o promotor (Gef - Gestão de Fundos Imobiliários) invoca a existência de direitos adquiridos e de lhe terem sido criadas expectativas", disse ainda a ex-secretária de Estado da Habitação.
Os moradores dizem que se "desrespeitou o PDM" ao aprovar-se um loteamento "com base em legislação caducada e as posteriores alterações ao documento, depois de terem sido alterados dois artigos do PDM, vieram carregar uma zona densamente povoada, carente de espaços verdes". »
A Quinta do Mineiro é a 'cereja em cima do bolo' de um pacote de empreendimentos e negócios desde sempre duvidosos que inclui coisas como os Inglesinhos, o Palácio Sottomayor, o Corte Inglês, o Hospital de Arroios, os Maristas, Alcântara XXI, Torre Compave/Boffil, o quarteirão do Cinema Mundial, etc. e coisinhas mais pequeninas como um prédio do Saldanha, a antiga residência do Governador do Forte do Bom Sucesso (Belém), o Cinema Paris, a casa de Almeida Garrett, e parques de estacionamento vários, desde há vários anos, entre muitas, muitas outras coisas. Tudo isto, espremido, irá dar em nada, acho, mas enquanto há vida há esperança.
O mais engraçado é que já desde o caso do Túnel do Rossio que ouço falar nos negócios duvidosos da Quinta do Mineiro. Dizia-se que as tão necessárias obras do tunel só apareceram porque este reforço permitiria executar o "tal" projecto imobiliário... Diz-se também que o custo monetário e temporal exageramente elevado do tunel só o era assim pelo nível de reforço que era necessário. De outra forma teriam de ser os promotores imobiliários a pagar o reforço.., e nós não queremos que ganhem menos do que já conseguem encaixar.
ResponderEliminarIronicamente não só Lisboa carece de espaços verdes e para a população como existem imensas casas vazias e prédios abandonados. Não sei.. diria que haveria melhores soluções...