“Se o País vive um dos piores períodos de insegurança da sua história, com toda a incapacidade do actual e anterior ministro da Administração Interna em enfrentar a onda de violência (...) o Bairro alto é o pior exemplo em Lisboa”, afirmam os deputados municipais do PSD, que exigem da autarquia a “tomada de medidas urgentes”, que deveriam passam por “um plano de salvaguarda a aprovar pela Assembleia Municipal”.
“A Câmara Municipal de Lisboa, ao contrário de qualquer outro município responsável, tem desprezado olimpicamente um dos seus bairros mais emblemáticos”, afirmam, lembrando que “nas ruas é visível o lixo por recolher” e “as paredes ao longo de todo o bairro cobertas de cartazes”.
“O Bairro Alto representa para Lisboa um dos seus principais patrimónios turísticos, com uma grande actividade económica”, sublinha o PSD, lembrando que a insegurança tem obrigado os comerciantes a contratar “vigilância privada para defender a integridade física e património deles e seus clientes”.
Esta situação – sublinham os deputados municipais social-democratas – “representa um claro retrocesso no esforço que anteriores executivos vinham desenvolvendo no sentido da valorização do Bairro Alto e da total erradicação da publicidade selvagem e grafittis das paredes”.
Câmara prepara programa especial
Contactada pela Lusa, fonte da presidência da autarquia afirmou que os níveis de insegurança no Bairro Alto “têm vindo a melhorar” e sublinhou que o Executivo está a preparar um programa especial para aquele bairro que será lançado em Outubro.
“O plano vai envolver a limpeza de grafittis, a readaptação da limpeza e recolha de resíduos sólidos e inclusive engloba um pedido de instalação de videovigilância ao Ministério da Administração Interna”, acrescentou.
No início do mês, num balanço feito à Lusa, os comerciantes do Bairro Alto que pagam o reforço policial em vigor desde Agosto afirmavam que a medida teve resultados positivos, mas continuavam a defender que o pagamento por restes serviços deveria ser da responsabilidade do Governo.
O reforço policial entrou em funcionamento a 1 de Agosto, com um dispositivo de nove elementos – oito agentes e um oficial superior – e cada estabelecimento comercial (mais de 70 proprietários de restaurantes e bares) paga 120 euros mensais.
in publico
Então mas só agora é que começaram a preocupar-se com o bairro alto ? nos anteriores mandatos estava melhor ?
ResponderEliminarAcredito mesmo que gastar dinheiro a apagar os graffiti do Bairro Alto é gastá-lo bem gasto.
ResponderEliminarO PSD está no seu melhor... Em Novembro de 2006 e Fevereiro de 2008, o CDS-PP apresentou na Assembleia Municipal apresentou moções com propostas concretas para melhorar o Bairro Alto e tirá-lo da imensa confusão urbana em que se encontra.
ResponderEliminarA proposta foi rejeitada pelo PSD, quando as outras forças políticas, da esquerda à direita, sempre aprovaram.
O PSD invocou que apresentaria mais tarde um plano concreto. E o plano é esta moção: VAZIA DE CONTEÙDO. Apenas solicita à Câmara que intervenha no Bairro, sem mencionar medidas.
É por estas e outras atitudes que a política não é levada a sérios pelos cidadãos.
Não será pelo PSD ter votado contra uma moção que agora se desvalorizará uma sua atitude de contrição que só os enobrece. Espero consenso entre todos e verdadeiramente só uma força politica ganharia e essa chama-se Lisboa.
ResponderEliminarCaro Jorge (lesma morta):
ResponderEliminarEstá a ir ao encontro daquilo que disse. O PSS apenas votou contra porque na 1ª vez era executivo na CML; e na 2ª vez porque queria ser ele a apresentar medidas concretas.
Chumbou com a promessa de que as apresentaria. E o que constatamos (e digo porque li o texto na íntegra) é que, em vez de ápresentar medidas, recomenda à CML que intervenha com urgência.
Ora, isso já o podia ter feito com as outras moções que, embora tenham dito na altura que concordavam, votaram contra.
Para além de não ser coerente, demonstra que o interesse não é a cidade.
Mas a sessão de hoje da AML foi diferente. Vimos moções e recomendações de esquerda serem aprovadas pela direita e vice-versa.
Isso sim, é trabalhar de forma construtiva pela cidade.
Deixe-me acrescentar que, na altura da apresentação, o PS prometeu, embora tenha sido chumbada, a criação de um Grupo de Trabalho sobre o Bairro. E a verdade é que chegámos a Setembro e o grupo está a trabalhar no terreno.
ResponderEliminarOlá Diogo
ResponderEliminarDe facto surpreende-me ou talvez não a pequenez que graça na politica portuguesa e é desde sempre (com excepçoes). Há que chumbar, atrasar, desdizer, maltratar, tudo o que seja uma ideia, um conceito, uma proposta, contando que não seja a da maioria. Tanto faz que o seja na Assembleia Municipal como na Camara, na AR seja onde for. Institucionalizou-se que as propostas da oposição são para chumbar e vai daí não se faz outra coisa. Sabes de onde vem o termo Lesma Morta que assino no meu blog? tem tudo a ver com esta situação. Vem duma frase do Eça que diz a respeito do país o seguinte: "A capital é, no fim de tudo, o único ponto vivo desta fétida lesma morta que se espapa à beira do velho Atlântico, sob o nome desacreditado de Portugal". Não mudou nada.