26/10/2008

Maior rua de Copenhaga vai ser fechada ao trânsito

in Diário de Notícias, 24 de Outubro de 2008

Maior rua de Copenhaga vai ser fechada ao trânsito

Inovação. Viaturas privadas deixam de circular na avenida, que tem 14,3 Km de extensão

A maior artéria de Copenhaga vai ser fechada ao trânsito de automóveis particulares, passando a ser exclusiva a bicicletas e transportes públicos, uma iniciativa da câmara da capital dinamarquesa. O projecto, que na fase experimental vai durar três meses, pretende «facilitar o tráfego de autocarros e bicicletas» em Nrrebrogade, a maior avenida da capital dinamarquesa, com 14,3 Km de extensão. Segundo o vereador do Ambiente e Tecnologia da Câmara de Copenhaga, Klaus Bondamesta, «esta iniciativa ajuda a resolver os crescentes problemas de trânsito em Copenhaga. Ao mesmo tempo vai tornar as coisas mais fácies para os ciclistas». A via é percorrida diariamente por 33 mil ciclistas, 65 mil passageiros de transportes públicos e 17 mil carros pessoais. Actualmente, 36% dos 500 mil habitantes de Copenhaga desloca-se para o trabalho de bicicleta por ser um meio de transporte fácil e barato.

(Sem comentários... alguém consegue imaginar a CML a aplicar uma medida destas na Avenida da Liberdade? Difícil imaginar em que século isso vai acontecer, pois por enquanto tudo o que podemos ver são viaturas de F1 acelerando avenida abaixo, avenida acima...)

11 comentários:

  1. 36%...de 500 000 habitantes....de bicicleta!?
    Bem...isto já não é para acontecer "em século", talvez em milénio. Também à que recordar que, a maioria das crianças na Escandinávia se desloca para as suas escolas de bicicleta. Claro está, graças a redes de ciclovias onde o ciclista nunca se mistura com o outro tráfego. Depois, quando adultos, a bicicleta continua a ser o meio de transporte mais natural .

    JA

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  2. Maravilhoso.
    AL

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  3. "à que recordar",não. "Há que recordar"

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  4. Há ..."existe" tem razão Sr. corrector !!!! são coisas que acontecem às 6.50 de um domingo.

    JA

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  5. Temos que mandar para lá o Arq. Siza Vieira, que defende a reabertura da Rua do Carmo ao transito automóvel, para lhes ensinar como se faz!

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  6. Cortem todas. As grandes e as pequenas. Então não está provado que as ruas não servem para nada? Quanto mais ruas cortadas, mais felizes as pessoas...

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  7. O que o comentador anterior disse mas sem o sarcasmo e com a adenda de que as ruas servem para mais do que circular de automóvel, F1 ou não. ;)

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  8. Repito o que já tenho expresso antes. A solução bicicleta é uma ideia romântica, mas não funciona em Lisboa.
    Para o dia a dia só há uma solução com várias vertentes simultâneas:
    - Transportes públicos baratos, frequentes e generalizados;
    - Um pouco menos de autoritarismo e um pouco mais de autoridade. Penalizações maiores para os automobilistas individuais transgressores.
    - Mais motorizadas baratas, bicicletas eléctricas e respectivos corredores.
    - Pavimentos regularizados e sem ratoeiras.
    - E então sim, bicicletas normais para passear ou para os que tiverem pernas para o sobe e desce diário.

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  9. Caro GAC concordo absolutamente com tudo o que disse mas lembrava o estudo científico que já foi referido aqui quanto á questão do uso da bicicleta enquanto "ferramenta" quotidiana em Lisboa:

    http://100diasdebicicletaemlisboa.blogspot.com/

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  10. Já estive uma semana em trabalho em Copenhaga. É tão bom que para um Lisboeta chega a ser "estranho". Parece que estamos numa vila e a um domingo!
    Pouco trânsito, 50% dos automóveis são TAXIs, ruas largas e vazias, peões super cumpridores (aquelas ruas em Portugal seriam atravessadas em qualquer sítio).

    Falei com quadros superiores Dinamarqueses sobre o assunto e o carro é encarado como um bem de luxo e desncessário.
    Anda-se muito de transportes, a pé (uma comitiva de 30 "altos dirigentes" chegou a andar a pé uns 15/20 minutos para ir a um restaurante) e de bicicleta (utilizei muito bicicletas de um sistema público gratuito).

    Estacionar no centro era proibitivo!!

    Em Lisboa o principal problema para quem anda de bicicleta serão as vias e a forma como os condutores "combatem" na mesmas.

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  11. Existem milhares de vilas, e 52 domingos por ano em Portugal. Não percebo o que a dinamarca tem que Portugal não tem...

    Se calhar é problema de alguns lisboetas reaccionários da velha guarda...

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