É uma vergonha, nacional, ver as duas principais praças históricas da capital transformadas em feiras de publicidade.
Com a desculpa, mal disfarçada, do Natal, uma empresa de telemóveis instalou-se na Praça do Comércio com 24 grandes balões.
E no Rossio, uma instituição que pela sua história centenária devia dar o exemplo de boas práticas e de respeito pelo património, ergueu uma enorme estrutura kitsch, evocação pueril da terra do Pai Natal, que tapa o monumento a D. Pedro IV [para além de tapar a fachada do Teatro Nacional].
Os impactos negativos são óbvios e não precisam de mais argumentação para além de uma breve e simples visita aos sítios (ver fotografias). Não se pode aceitar que a Praça do Comércio e o Rossio, com pretensões de serem classificadas pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, possam estar durante mais de dois meses desfiguradas por estruturas de publicidade desta dimensão. Mas antes de se falar na hipotética classificação por um organismo internacional, os cidadãos questionam o silêncio do IGESPAR. Sendo evidente que a plena fruição destes imóveis classificados está comprometida pelas estruturas de publicidade agressiva – e tendo em consideração que a fruição dos bens culturais é um direito que está consagrado na Lei do Património - porque razão o Ministério da Cultura / IGESPAR não salvaguardam a integridade patrimonial da Praça do Comércio e do Rossio? Foram consultados?
Os impactos negativos são óbvios e não precisam de mais argumentação para além de uma breve e simples visita aos sítios (ver fotografias). Não se pode aceitar que a Praça do Comércio e o Rossio, com pretensões de serem classificadas pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, possam estar durante mais de dois meses desfiguradas por estruturas de publicidade desta dimensão. Mas antes de se falar na hipotética classificação por um organismo internacional, os cidadãos questionam o silêncio do IGESPAR. Sendo evidente que a plena fruição destes imóveis classificados está comprometida pelas estruturas de publicidade agressiva – e tendo em consideração que a fruição dos bens culturais é um direito que está consagrado na Lei do Património - porque razão o Ministério da Cultura / IGESPAR não salvaguardam a integridade patrimonial da Praça do Comércio e do Rossio? Foram consultados?
Seria impossível um cenário destes em Londres, na Trafalgar Square ou em Paris, na Place de la Concorde. Será que a CML já se esqueceu que a Praça do Comércio é a única do país classificada como «Monumento Nacional»? E que a classificação da Baixa está em vias de ser alterada de Imóvel de Interesse Público para Monumento Nacional? As ocupações do espaço público que prejudiquem a visualização integral dos monumentos devem ser proibidas.
É lamentável ver todos os anos a Baixa explorada desta maneira pelas grandes marcas e empresas. E tudo com a aprovação da CML - a mesma que organiza uma exposição que celebra os 250 anos do Plano da Baixa. É frustrante ver o novo executivo da CML a repetir erros de executivos anteriores, num ciclo vicioso que só projecta Lisboa como cidade provinciana, onde a história e o património estão sempre disponíveis, por um preço, em euros.
É lamentável ver todos os anos a Baixa explorada desta maneira pelas grandes marcas e empresas. E tudo com a aprovação da CML - a mesma que organiza uma exposição que celebra os 250 anos do Plano da Baixa. É frustrante ver o novo executivo da CML a repetir erros de executivos anteriores, num ciclo vicioso que só projecta Lisboa como cidade provinciana, onde a história e o património estão sempre disponíveis, por um preço, em euros.
Fotos: «Conto do Natal»?! Conto da Santa Casa? Conto da TMN? Conto do Vigário!
Só uma pequena precisão: o monumento do Rossio é a D. Pedro IV.
ResponderEliminarDe resto , estou completamente de acordo e contra este abuso.
É realmente uma vergonha. Passei pela praça do comercio na semana passada à noite, para ir ver as iluminações na Rua do Ouro e Avenida da Liberdade. Deparei-me com este espectáculo deplorável, dei meia volta e fui-me embora.
ResponderEliminarÉ triste a forma como pessoas eleitas por nós, tratam Lisboa e os Lisboetas...
O mau gosto impera
ResponderEliminarComo já noutro lugar comentei: imaginem só se isto era no tempo do Santana Lopes...
ResponderEliminar.......não, não vale a pena comentar.
ResponderEliminarÉ de facto vergonhoso; ao invés de se tentar enaltecer o que de bom a cidade ainda tem, tapam-se os monumentos com exercícios de mau gosto.
ResponderEliminarAs iluminações de natal devem ser encaradas com um investimento para dinamizar a cidade nesta época do ano. Têm importância vital para o Turismo, para o comércio e até para dar algum conforto e alegria aos cidadãos.
ResponderEliminarEstas iluminações não são nada disto. Pelo contrário, são um prejuízo. Duvido que qualquer turista goste, envia os que querem comprar para os centros comerciais e os mamarrachos do rossio, praça do comercio ou as luzes azul gélido da Av. Da Liberdade não encantam ninguém.
Era mais digno não ter nada.
o que é aquele T gigante na Praça do Comércio? A tenda é para o proteger da chuva?
ResponderEliminarSegundo ouvi dizer, aquele T gigante dentro da tenda é «animado» durante a noite com vento & neve artificial!!!
ResponderEliminarEstamos no Planeta do KITSCH total!
Já agora informo que a TMN teve a «gentileza» de nos instalar uma tenda igual no Marquês do Pombal!
Segundo ouvi dizer, aquele T gigante dentro da tenda é «animado» durante a noite com vento & neve artificial!!!
ResponderEliminarEstamos no Planeta do KITSCH total!
Já agora informo que a TMN teve a «gentileza» de nos instalar uma tenda igual no Marquês do Pombal!
prostituir os nossos monumentos - é isso que estão a fazer os políticos da cidade
ResponderEliminarNem mais! PROSTITUIÇÃO de Monumentos Nacionais! Quem defende o património classificado?
ResponderEliminarDurante a noite, a estátua equestre do rei D. José está iluminada pelo «azul TMN»!
ResponderEliminarsejam lisboetas e não partidários. Nas eleições não votem só por ser do vosso partido, depois da nisto. Uma miséria, adoro Lisboa , jamais trocaria esta cidade por outra qualquer do mundo, no entanto cada ano que passa tenho mais vergonha dela. Devia haver 1 tribunal para julgar estes atentados.
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