01/11/2008

A indiferença da EMEL: os acessos do Parque das Portas do Sol





São assim, desde o dia da inauguração, os acessos do novo Parque da EMEL nas Portas do Sol / Alfama. Não é de admirar que a sua ocupação esteja longe da capacidade de 150 lugares. Custou 5 milhões de euros à cidade e tinha como missão (impossível?) acabar com o estacionamento selvagem na zona, libertando os passeios e largos para os peões. Mas afinal, "criou" mais lugares disponíveis para estacionamento selvagem! Se a empresa municipal criada para gestir o estacionamento tolera este comportamento à porta de um dos seus parques, então que esperança pode Lisboa ter? Como sabemos, esta situação anómala não constitui um caso inédito na capital. A ex-presidente da EMEL, Mariana Ferreira, não foi capaz, ou não teve interesse, de resolver esta questão.
A grande maioria dos lugares disponibilizados para os residentes não foram tomados. Razão: habituadas a estacionar de graça e à porta de casa durante décadas, as pessoas já não compreendem porque motivo não podem estacionar o seu carro privado em cima daquele passeio à porta do seu prédio. Residentes com 2 e 3 carros recusam pagar algumas dezenas de euros por mês para terem um lugar de estacionamento num parque. O espaço público deixou de ser visto como "bem comum". Agora é apenas, e simplisticamente, um "lá fora" onde "EU estaciono", "EU ponho o lixo" e "EU levo o cão à casa de banho".

7 comentários:

  1. Tem toda a razão, Fernando Jorge. Estamos todos fartos disto e não se vê que a coisa melhore.
    Anos e anos a batalhar contra o mesmo, é uma canseira. Somos mesmo resistentes !:)

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  2. E se houver a infelicidade de ocorrer um incêndio? Como circulam as viaturas? Esta malta não pensa nisso?

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  3. E durante a noite, quantas vezes fica o electrico à espera que venha o reboque da polícia para tirar da linha os pópós dos meninos que não querem andar de transportes públicos! Já vi muitas vezes os coitados turistas fechados no electrico durante + de 1 hora à espera do reboque! Com sorte às vezes lá aparece o dono do pópó, quae sempre um "jovem", a correr de algum bar da zona.

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  4. esta gente não quer saber do que se passa nestes equipamentos. só pensam nos números, nos almoços e nas viagens. depois de acabada a empreitada, depois de cortada a fita, aí vão eles para outra ainda maior, ainda mais lucrativa!

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  5. estamos entregues aos bichos!

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  6. O principal problema dos terraços do Parque das Portas do sol é o de não ser actualmente um espaço multifuncional. Não existe comércio, ou uma cafetaria, por exemplo. Resume-se a um parque de estacionamento com um terraço gigantesco, sobre o qual não se passa nada... lembrem-se que a vista não é tudo..

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  7. Quando passei pelo estacionamento das Portas do Sol, havia muitos jovens skaters a aproveitar aquele pequeno oásis de piso liso dentro de uma cidade coberta geralmente por calçada. Era bom que aquele espaço comercial fosse aproveitado de forma a ser compatível com as actividades destes jovens.

    Um café radical?

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