Eu não quero, claro, extrapolar. Mas se para se fazer um edifício a derrapagem é de 230% (duzentos e trinta por cento!), para as obras em Alcântara será de quanto?
"Tribunal de Contas confirma derrapagem de dinheiros e prazos da Casa da Música "
"Tribunal de Contas confirma derrapagem de dinheiros e prazos da Casa da Música "
Realmente um excelente argumento.
ResponderEliminarDigo mais: não só quanto, mas QUEM o vai pagar?
ResponderEliminarÉ o sonho de qualquer empreiteiro!
Primeiro, ganhar uma obra sem concurso (pergunta: a Liscont, que paga a obra, vai fazer concurso ou vai adjudicar à Mota Engil?).
Segundo, fazer uma obra que tem 100% de hipóteses de ter complicações atrás de complicações, e que vai ser um maná mde trabalhos a mais (para quem não sabe: trabalhos a mais são os que não estão previstos no caderno de encargos, e que portanto são pagos a preços de ouro, definidos a posteriori).
Quem é que diz que esta obra será mais fácil que a do Terreiro do Paço? Vejamos: terreno de aterro, leito de cheia, atravessada ao caneiro de Alcântara, extensas obras no subsolo, etc. etc.
Saiu-lhes a taluda. Ou melhor: o Jorge tirou-se da cartola. Afinal, o Natal é mesmo quando um homem quiser (o Jorge, claro).
Onde está o PS Lisboa, que tanto vociferou contra o túnel do marquês?
Caríssimo, não se precocupe com isso. É a Liscont que vai pagar todas as obras.
ResponderEliminarSe a esta altura do campeonato ainda não percebeu isso é porque não percebe bem a situação. Como pode assim ser um tão grande arauto desta causa?
Quais? As privadas não costumam ter derrapagens acima de 10% - 15%. As públicas andarão entre os 70% e os 300%.
ResponderEliminarA coisa não é bem assim, a casa da música viu, depois de defenido o primeiro orçamento, uma triplicação ou até quadruplicação da sua area e isso ainda não vi referido em nenhum lado.
ResponderEliminarHenrique:
ResponderEliminarDiz que é a Liscont que vai pagar as obras.
Isso já sabia.
A questão não é essa.
Repare:
1) A Liscont vai pagar as obras, mas como contrapartida do usufruto de um bem público, ou seja, no fim de contas o custo das obras (que irá parar ao bolso da Mota Engil) é a contrapartida que a Liscont devia dar ao Estado. Por outras palavras, é verdade que as infraestruturas ficam lá, mas o dinheiro nunca chega a sair.
2) Se houver complicações na obra que se transformem em trabalhos a mais... tem a certeza que a Liscont paga tudo? Não há um limite para o investimento da Liscont, a partir do qual é o Estado a pagar...? Veja bem no contrato...