Segundo as conclusões do relatório da comissão, a que a Lusa teve acesso, são propostas alterações em nove troços com radares na capital.
Para a Segunda Circular, é proposto instalar "em ambos os sentidos mais quatro radares sequenciais (dois junto ao novo terminal do aeroporto e dois junto ao Colombo)".
No sentido nascente-poente está instalado um radar à entrada da A1, que a comissão recomenda "deslocar ligeiramente" para jusante, "protegendo o nó de acesso ao aeroporto".
A comissão recomenda na Avenida Infante D. Henrique a instalação "a curto-prazo de mais um radar em cada sentido na secção Santa Apolónia-Fábrica Nacional".
"Tendo em conta o comprimento da avenida deverá equacionar-se a instalação de mais radares noutras secções de forma a funcionarem como controladores sequenciais para moderar e uniformizar a velocidade ao longo do seu troço mais urbano", o que deverá ser acompanhado de "alteração de semaforização e melhoria do pavimento", sustentam.
A comissão sublinhou que a Avenida Infante D. Henrique "sendo uma artéria de penetração com grande volume de tráfego, com troços específicos com paragens de transportes públicos e de travessia pedonal, é imperativa a introdução de medidas de acalmia de tráfego".
A comissão propõe também a instalação de novos radares na Avenida Dr. Alfredo Bensaúde e na Avenida Gulbenkian.
Em relação à Avenida Alfredo Bensáude a colocação de um novo radar no sentido descendente e de painéis de alerta é justificada pela "frequente utilização desta artéria para demonstrações de `tunnig`".
A Avenida Gulbenkian possui características que "induzem ao excesso de velocidade e que a torna uma das mais perigosas da cidade", argumenta a comissão, que recomenda a instalação de um novo radar no sentido descendente e painéis de alerta.
Na Avenida de Ceuta, a comissão admite a "hipótese" de ser retirado o radar dada a "remodelação viária prevista para esta avenida, que inclui medidas de redução de velocidade, como a construção de uma rotunda".
A Avenida Marechal Spínola "é um eixo radial com volumes de tráfego bem longe da sua capacidade de projecto, pelo que se admite a retirada do equipamento para ser colocado noutros locais da cidade mais de acordo com os critérios estabelecidos".
Face a um previsível aumento da urbanização da área coberta por esta via, a comissão recomenda o "reperfilamento como avenida e a redução da largura das faixas de rodagem em conjugação com outras medidas de acalmia de tráfego, como forma de reduzir a velocidade e compatibilização com a presença de modos suaves de transporte".
A comissão propõe também a mudança do local do radar nos troços da Avenida da Índia e Radial de Benfica.
Na Avenida da Índia, "propõe-se a rotação do radar para controlo do tráfego que circula no sentido do centro da cidade e introdução de medidas de acalmia do tráfego ao nível do traçado e sinalização (semaforização)".
Na Radial de Benfica "são observadas, com grande frequência, velocidades excessivas e, por isso, justificam-se medidas de acalmia de tráfego e propõe-se a retirada do equipamento instalado junto à passagem superior de peões da Cruz da Pedra de modo a que seja transferido para outros troços que se determinem serem mais necessários".
Em relação ao Túnel do Marquês, que concentra 23 por cento das infracções de excesso de velocidade detectadas pelos radares, a comissão propõe a instalação de "bandas sonoras e a melhoria de sinalização informativa alertando para a velocidade excessiva".
A localização do radar do Túnel do Marquês, associado ao declive do troço e condições de visibilidade, são motivos adiantados pela comissão para a concentração de infracções naquele local.
Coordenada pelo vereador da Mobilidade, Marcos Perestrello (PS), a comissão de acompanhamento dos radares integra o director municipal de Segurança e Tráfego, Fernando Moutinho, o comandante da Polícia Municipal, André Gomes, subcomissário Gancho da Divisão de Trânsito da PSP, o presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, Paulo Marques Augusto, presidente do Automóvel Clube de Portugal (ACP), Carlos Barbosa, Maranha das Neves em representação do Centro Rodoviário Português e Fernando Penim Redondo, promotor de uma petição exigindo a reformulação do sistema de radares.
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In RTP.pt
Acho as medidas correctas de uma maneira geral. O facto é que os radares permitiram reduzir a velocidade em alguns sectores, bem como o número de acidentes.
ResponderEliminarNo entanto, para se acabar com o excesso de velocidade nas auto estradas havia uma medida simples. Colocar uma série de caixas semelhantes às que têm os radares em lisboa, separadas a cada 4 ou 5 km. Nem todas teriam radares, e os radares que houvesse iam rodando dentro das caixas. Assim o automobilista nunca saberia em que local estariam de facto radares e a velocidade mantinha-se dentro dos limites. Simples não? Em lisboa podia ser algo semelhante...
O problema não é nem nunca foi a velocidade, o problema é mesmo a inconsciência, o não se saber conduzir.
ResponderEliminarUm mau condutor tanto comete asneiras a 30,50 ou 200.
Existem muitos acidentes por excesso de velocidade ? Noutros países em que o limite de velocidade e' bem mais alto e as condições meteorológicas e das estradas são bem piores estão errados?
Os carros actualmente estão preparados para viajar a "altas velocidades" em segurança.
Os limites actuais são ridículos e demonstram uma clara caça ah multa, isto para não dizer que é mais fácil proibir e multar do que ensinar.
Quantos e quantos acidentes são provocados por condutores que não chegam a ser envolvidos no dito, ou quando são, aparentemente nem culpados são, devido as tais manobras inconscientes.
Um exemplo simples, Auto-Estrada, chuva, alguém resolve enfiar-se a 70 km/h numa faixa onde se circula a 120 sem olhar pelo espelho.
Engarrafamentos e os comuns acidentes em cidade? As pessoas travam de mais, tudo serve para travar, cai um pingo de agua trava-se, vê-se um acidente na berma, trava-se, uma miuda gira trava-se, usar a caixa? Reduzir a distancia para o veiculo da frente? Naaaaaa
Este simples exemplo revela a desatenção e curiosidade desnecessária que surge como elemento provocador de tantos acidentes. São os radares que vão mudar isto?
O que vai provocar são múltiplas travagens atrás e ao lado, pânico e outras consequências.
São coisas tão simples que todos os dias complicam o transito nas grandes cidades.
É preciso é ganhar consciência e não fingir que a solução está no limitar de tudo.
t-soff, tem razão no que diz, a velocidade por si só não é factor, mas contribui. Se por acaso ninguém passasse dos 120, de certeza que o número de acidentes diminuía. Além disso, diga lá que países é que têm limites superiores ao nosso? Eu só conheço um, a Alemanha, e não é em qualquer estrada, mas em estadas muito específicas. Ah e a frança, que acho que é 130...
ResponderEliminarNão sou contra a velocidade, acho que se calhar o limite podia ser 140, e o inferior 100, tal como acho que há zonas de Lisboa que podiam ter limites bem superiores, a título de exemplo, a avenida dos combatentes.
Os radares, desde que sinalizados, servem como dissuasão e não como caça à multa, actividade essa que repudio veementemente e acho execrável e nojenta num estado de direito, mas que infelizmente muito se vê por cá.
O facto é que os radares reduziram a sinistralidade, e se se puderem poupar uma vida que seja, com isso, não me importo nada que encham a cidade de radares.
Só mais uma coisa t-soff, mais uma vez tem toda a razão quando diz que não resolvem todos os problemas, os problemas são muito mais fundos e graves, são culturais.
ResponderEliminarGostava muito que as pessoas não precisassem de regras duras para cumprir, mas infelizmente isso não é exequível com este povo, que aproveita tudo para fugir e fazer as coisas nem que seja um bocadinho ao lado da lei.
Estou consigo no que diz, sofro todos os dias na estrada com essas faltas de educação e de decência, mas o que se pode fazer...