O protocolo foi assinado a 18 e Dezembro e a primeira apresentação dos contornos práticos do projecto ao executivo camarário tem lugar no dia 27, apesar de o plano ter sido formulado em conjunto pela Experimenta e pela CML. Em causa está uma intervenção no jardim, sustentável a nível ambiental, com o objectivo de “abrir caminho a novas dinâmicas de utilização e vivência do jardim” de 390 m2, criando um espaço verde, de arquitectura e design, mas que não obrigará ao encerramento do mesmo durante os trabalhos.
Foram convidados para intervir no jardim o designer Fernando Brízio, o atelier de design Pedrita, o arquitecto paisagista João Gomes da Silva, o músico e designer de som Rui Gato, o designer de luz José Álvaro Correia e o designer gráfico António Gomes. A ideia é criar novo mobiliário urbano, equipamentos lúdicos, nova sinalética e um quiosque de restauração e divulgação cultural, tudo para manter o jardim, que fica junto à zona de bares de Santos muito frequentada por jovens, no activo durante dia e noite.
A intervenção no Jardim de Santos tem também como objectivo dinamizar o acesso ao Tejo através da ponte pedonal da zona, bem como favorecer as ligações à zona envolvente, da rua das Janelas Verdes aos Paços do Concelho, passando pela frente Tejo. A organização cultural sem fins lucrativos sublinha ainda que o projecto vai ao encontro de um dos objectivos da bienal: deixar "um legado para a cidade", diz a Experimenta em comunicado.
Este é o primeiro projecto conhecido para o regresso da bienal a Lisboa, depois do cancelamento da edição de 2007 por falta de apoio orçamental da autarquia, então liderada por Carmona Rodrigues. A 5ª ExperimentaDesign vai decorrer entre 9 de Setembro e 8 de Novembro em Lisboa, depois de ter tido uma pré-edição de aquecimento em Setembro de 2008 e uma passagem por Amesterdão no mesmo mês. O tema da 5ª bienal é "It’s About Time" e vai contar com um apoio orçamental de variadas fontes.
A ExperimentaDesign 2009 conta com um apoio de 250 mil euros da EDP e, graças ao protocolo tripartido que vigora até 2013 com os ministérios da Cultura e da Economia e com a Câmara de Lisboa, tem garantido apoio de 200 mil euros por edição da Cultura. Para as seis edições protocoladas, a Economia entra com 750 mil euros e a CML participa com 1,5 milhões de euros. O orçamento da 5ª edição está ainda a ser trabalhado, disse hoje Guta Moura Guedes ao PÚBLICO, e só será finalizado dentro de um mês, sobretudo devido à espera pela aprovação da nova lei que regulamenta os contratos de trabalho.
In Publico.pt
A utilização das expressões "mobiliário urbano" e "design" no mesmo paragrafo inspiram-me medo
Quem tem medo compra um cão! E quando lá o for passear, apanhe o cócó se faz favor! A cidade agradece a si e a quem tem este tipo de iniciativas de revitalização do espaço publico!
ResponderEliminarLisboa está a ser destruída a um ritmo nunca visto !
ResponderEliminarNo quarteirão fronteiro foram completamente demolidos 3 edifícios em 2008. Agora também o belo jardim de Santos, que se deixou de cuidar, será descaracterizado e "frankenstaniado" por alguns nomes sonantes e diletantes, que ficarão recordados em futura "História Recente do Vandalismo em Portugal".
Eu já arranjei uma matilha de cães mas até eles fugiram com medo.
ResponderEliminarRevitalização do espaço publico? hahaha... quero ver o que vai sair dali... e já agora, "dinamizar o acesso ao Tejo através da ponte pedonal da zona"? onde onde? não tenho conhecimento de uma ponte pedonal, muito menos que dê acesso ao tejo...
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