16/01/2009

«LISBOA, CAPITAL do CHARME» - 2

Banco de jardim na Rua D. Pedro V, no passeio da Freguesia de S. José. Cerca de cinco exemplares estão assim há vários anos. Não são objecto nem de manutenção nem de limpeza. Parecem estar esquecidos pela CML, pela Junta de Freguesia. Neste estado de degradação, constituem objectos completamente inutéis para a cidade, para os cidadãos.

1 comentário:

  1. Não percebo bem a colectiva convicção de que as pessoas que comentam anonimamente nos blogues são cobardes. Concordo que é muito mais engraçado poder associar uma entrada na caixa de comentários a um nome ou alcunha, melhor ainda se isso se fizer acompanhar de uma fotografia. Mas tenho dificuldade em compreender porque é que os bloggers out there se queixam tanto das bocas sem nome que aos seus textos são dirigidas. Claro que a tampa salta com mais facilidade quando os comentários anónimos são desagradáveis ou insultuosos, coisa que não tem acontecido por aqui. Nesses casos, o autor do blogue ofendido costuma escrever um post ou dois a discorrer sobre a inveja, a maldade e - lá está - a cobardia desses malfeitores. Acrescentam que são pessoas mesquinhas e sem nada para fazer. Presumimos, assim, que os comentários simpáticos vêm todos de gente que, apesar de muitíssimo atarefada, lá arranja um minuto ou dois do seu tempo para dar largas ao acto de aconchegar o ego de quem escreve. Palmadinhas nas costas equivalem a uma agenda cheia de coisas importantes e enriquecedoras, bota-abaixo só provém de desempregados e universitários regressados à terra, em tempo de férias, sem nada para fazer. Certo.

    Imaginemos, então, que eu recebo um comentário a chamar-me as piores coisas deste mundo e do outro. Verdades escondidas ou vis calúnias, segundo esse hipotético leitor anónimo eu seria de cão para baixo. A parte que me escapa é esta: que diferença faz que tais linhas sejam anónimas ou precedidas de um Pedro? Ou de uma Joana? Ou mesmo de um completíssimo Ramiro Miguel dos Santos Constantino? Mesmo que mandassem a morada e o número de contribuínte, eu ia fazer o quê? Bater-lhes? Chamar a polícia? Processaria, eu, o Ramiro, se ele viesse dizer que eu meto nojo aos vermes e que tudo o que escrevo lhe dá vontade de meter a mão à boca e provocar o vómito? O teu pai é jacaré e pronto, comia e calava. Quando apelidamos alguém de cobarde, no contexto que atrás descrevo, é porque acreditamos que com o anonimato a pessoa não se presta às consequências que um insulto identificado no nosso blogue certamente despoletaria. Tem medo, foge delas e, por isso, é cobarde. Só que eu acho que isso é falar de cor e que não há consequências absolutamente nenhumas. Há curiosidade e, provavelmente, indignação. Poderá até haver algum ressabiamento, dependendo esse estado de espírito do grau de validade que o ofendido, só para si mesmo, reconhece às tiradas do mascarilha. Mais que isso é fazer filmes.

    in http://ossios.blogspot.com/

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