O IGESPAR deu parecer positivo à Câmara Municipal de Lisboa para a demolição de um tanque ornamental do século XVIII no Jardim do Torel, de modo a que as obras de requalificação do espaço possam estar concluídas até ao mês de Junho.
A intervenção insere-se no conjunto de obras de requalificação que o município iniciou não só no Jardim do Torel, junto ao Campo Mártires da Pátria, como nos jardins do Boto Machado e Monte Agudo, financiadas com as verbas do Casino de Lisboa. Situado no alto de uma das sete colinas da cidade e logo à entrada do Torel, o tanque será demolido porque o projecto inclui para aquela área a instalação de bancos, espreguiçadeiras e árvores. Apesar da destruição do tanque centenário de forma oval, as obras no miradouro e jardim - estimadas em 364 mil euros - incluem a recuperação de um outro tanque barroco [maior, mas com a mesma forma], rodeado por dois lanços de escadas. Já em 2000 o espaço foi requalificado mas a estruturas mantiveram-se.
Segundo a arquitecta paisagista Patrícia Brito Vale, responsável pelo projecto, os dois chafarizes com reservatório pertenciam a uma quinta do século XVIII, propriedade do desembargador Cunha Thorel, cujo jardim foi doado à Câmara já no início do século passado. Mas um parece ter mais importância arquitectónica. "O IGESPAR [Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico] achou que o valor patrimonial não é significativo", adiantou a técnica municipal, ontem, durante uma visita do presidente António Costa às obras que decorrem nos três jardins.
Os centenários ciprestes também serão arrancados para darem lugar - como garantiu a arquitecta - "a árvores de copa larga e com folhas". Tendo um horário de abertura ao público, o Jardim do Torel contará ainda com o apoio de uma cafetaria.
Para Costa as obras correspondem ao objectivo de não se canalizar as verbas do casino somente para uma obra. "Não quisemos esgotar todo o potencial de investimento numa grande obra e usar o investimento para dotar a cidade com melhores condições para reforçar as oferta turística", disse.
In JN
Os centenários ciprestes também serão arrancados para darem lugar - como garantiu a arquitecta - "a árvores de copa larga e com folhas".
ResponderEliminarFalta de senso, os cipreste dão ritmo à paisagem. Para além da idade têm dimensão, o que arvores jovens não terão. Portanto a copa larga só daqui a 10 ou 20 anos.
Tristeza esta gente não merece esta terra, esta cidade, este país.
Por todo o lado se destroi o património é insuportavel tamanha estupidez.
centenários? não serão antes milenares? foram lá postos em 2001!!!!!
ResponderEliminara estupidez desta gente deixa uma pessoa engasgada.
ResponderEliminare chamam a isto obras de requalificação. imagino as aberrações que vão ser os bancos e as espreguiçadeiras que vão requalificar o local à custa do tanque. essa arquitecta patricia e quem lhe dá emprego deviam ir requalificar o iraque e depressa
ah! e o parecer positivo do IGESPAR! inacreditável.
ResponderEliminaro raciocinio é claramente, como tenho dois tanques um deles é para a troca, venham as "espreguiçadeiras". só a tiro
uma correcção ao anónimo do primeiro comentário:
ResponderEliminaros ciprestes não SERÃO arrancados. Já o foram, bem como os bancos, havia que arranjar lugar para os contentores.
No gradeamento do jardim, cujo portão já está fechado com uma corrente, estão pendurados uns cartazes manhosos com os dizeres "lisboa verde". se estes gajos fossem brincar com a mãe?