10/02/2009

António Costa exige transferência de policiamento do trânsito para autarquia

O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), defendeu hoje a transição das competências de policiamento de trânsito para as autarquias, conforme previsto na reforma das forças de segurança.

"Não é possível gerir o trânsito sem a ferramenta essencial que é o policiamento do trânsito", afirmou António Costa durante a conferência sobre a nova Carta Estratégica da cidade.

O autarca ilustrou a necessidade de a Polícia Municipal ter poderes ao nível do trânsito com operações de combate ao estacionamento em segunda fila ou em cima dos passeios que, considera, estão comprometidas se a Câmara não puder exercer repressão sobre essas infracções.

"Não tenho motivos para não acreditar que o Governo cumprirá o que o próprio Governo decidiu", afirmou, recordando a resolução do Conselho de Ministros que determina a reforma das forças de segurança e determinou a transferência daquelas competências para as Câmaras de Lisboa e Porto.

O autarca reiterou igualmente a necessidade de uma reforma administrativa das freguesias, uma ideia que já defendeu enquanto ministro da Administração Interna.

"Não podemos querer ter uma cidade de bairros, em que há bairros divididos em quatro freguesias", afirmou.

O autarca alertou ainda para a desproporcionalidade de representação na Assembleia Municipal, em que a maior freguesia, Santa Maria dos Olivais, com cerca de 50 mil habitantes, tem a mesma representação da mais pequena, Mártires, com cinco mil eleitores.

In RTP.pt

4 comentários:

  1. Não serão 500, os mártires?

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  2. é capaz sim.

    finalmente se coloca a questão da reforma administrativa da cidade (na europa foi assunto que já se resolveu há anos)

    não há é força para vencer o clientelismo partidário e muitas vozes se ouvirão a defender a sustentabilidade de freguesias de pequenos metros quadrados ou que defendam a baixa dividida em 5 freguesias, ao mesmo tempo que existem freguesias com mais população que cidades médias portuguesas....

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  3. Não se governa com as competências que tem e ainda quer mais umas poucas para ficar à toa sem saber o que fazer? Faça-se uma divisão administrativa da cidade ao exemplo do que acontece em Paris e aí concordarei.

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  4. reorganização das freguesias? só acredito que esta intenção é mesmo verdadeira quando eu vir as concelhias do PS e do PCP a darem a cara para a defender, contra os interesses mesquinhos dos seus incontáveis militantecos que ajeitam o ordenado com as senhas de presença na assembleia de freguesia, acredito...

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