Aproveitei uma ida à Baixa para dar uma espreitadela ao estado da Praça do Comércio e (re)matar saudades do Cais das Colunas.
Ao contrário do habitual, apenas circulava um ou outro autocarro no lado poente da Praça. Ao contrário do habitual, não tive que contornar vários obstáculos e (des)esperar em sucessivos semáforos para me aproximar do rio, bastou atravessar a rua. Não havia uma muralha de 6 faixas de trânsito a separar a cidade do rio. Ao contrário do habitual ruído insuportável do caos do trânsito, era o piar das gaivotas que se ouvia (bom, lá estavam as obras mas incomparavelmente mais calmas que o trânsito). Cheirava a rio, não a tubo de escape.
Havia algumas dezenas de pessoas a demorarem-se pelo Cais das Colunas, a olhar o rio, a apreciar este privilégio único na Europa que é o sol forte de Fevereiro, a voltarem-se para o Terreiro do Paço e as colinas. Dificilmente conseguiria imaginar um local mais agradável para uma esplanada, um banco para ler um livro, um namoro, um passeio.
Bem sei que o corte de trânsito atrapalhou a vida a muita gente no imediato, mas se há tantas cidades que conseguiram fazer estes cortes para todo o sempre, por que não poderá Lisboa fazer o mesmo? E poucas merecerão tanto como Lisboa.
Ao contrário do habitual, apenas circulava um ou outro autocarro no lado poente da Praça. Ao contrário do habitual, não tive que contornar vários obstáculos e (des)esperar em sucessivos semáforos para me aproximar do rio, bastou atravessar a rua. Não havia uma muralha de 6 faixas de trânsito a separar a cidade do rio. Ao contrário do habitual ruído insuportável do caos do trânsito, era o piar das gaivotas que se ouvia (bom, lá estavam as obras mas incomparavelmente mais calmas que o trânsito). Cheirava a rio, não a tubo de escape.
Havia algumas dezenas de pessoas a demorarem-se pelo Cais das Colunas, a olhar o rio, a apreciar este privilégio único na Europa que é o sol forte de Fevereiro, a voltarem-se para o Terreiro do Paço e as colinas. Dificilmente conseguiria imaginar um local mais agradável para uma esplanada, um banco para ler um livro, um namoro, um passeio.
Bem sei que o corte de trânsito atrapalhou a vida a muita gente no imediato, mas se há tantas cidades que conseguiram fazer estes cortes para todo o sempre, por que não poderá Lisboa fazer o mesmo? E poucas merecerão tanto como Lisboa.
é verdade.
ResponderEliminarO transito flui e a Baixa está mais agradável.
pena que depois destas obras, ainda virão as obras da frente Tejo e da estação fluvial.
Sim. Não sei se reparam, mas o Cais das Colunas estás incompleto.
Faltam as alas e os muretes laterais, enterrados em aterros.
sou um adetto incondicional de um centro historico sem carros.mas...
ResponderEliminarem Londres fecharam o transito e cobram portagens,tudo bem, mas em Londres as pessoas não têm que esperar meia hora ou mais por um autocarro, nem correm para o apanhar pois sabem que rápidamente chega outro.Em lisboa isto não acontece e não é apenas por causa do transito é porque existem autocarros insuficientes.Em Lisboa tenta-se acabar com os electricos,a cidade está despovoada( o que tambem não acontece em Londres),não existe uma politica de repovoamento,basta ver as casas da cml nos centros históricos,não existe uma politica demotivação ao uso de bicicleta e os incentivos anunciados são sempre na vertente do lazer e nunca de alternativa credivel de mobilidade e até responsaveis como o vereador manuel salgado confessam que vão da praça do municipio para o campo grande sempre no automovel da CML.Estou de acordo com o encerramento ao transito de parte da baixa, acho mesmo que é fudamental, mas primeiro criem-se condições concretas para que isso aconteça e não se torne numa fantochada tipo terreiro do paço ao domingo.
recordo que a baixa de lisboa, onde estão a ser impostas as limitações é uma zona servida por duas linhas de metro, dezenas de autocarros e electricos.
ResponderEliminaré a zona de lisboa melhor servida de transportes
Caro anónimo das 5:05
ResponderEliminarconcordamos em quase tudo, mas eu estou convencido que o trânsito automóvel é o principal problema do mau serviço da Carris. Os autocarros da Carris têm velocidades médias baixíssimas relativas a outras cidades. Se esta velocidade fosse duplicada, tanto o tempo de viagem como também o tempo de espera passariam a metade, tudo com o mesmo número de autocarros.
Parece-me uma pescadinha de rabo na boca, que tem que ser quebrada com restrições ao trânsito automóvel.
Cumps
Corolário ao post:
ResponderEliminarRECOMENDO FORTEMENTE a todos os lisboetas a darem um saltinho ao Cais das Colunas nestes meses.
Será certamente diferente de visitas anteriores.
isso mesmo.
ResponderEliminarAproveitem enquanto se pode andar naquele bocado de paraiso sem carros.
ResponderEliminarNo meu ultimo dia em Lisboa tive a sorte de dar la um passeio, sem duvida a melhor memoria que levo daquele local. Espero que da proxima vez que voltar possa desfrutar daquela area sem carros outra vez
caro Miguel, em relação aos transportes da carris não sei se o problema será apenas o trânsito( importantissimo,claro) e não passará sobretudo por um mau planeamento e falta de visão da carris.O que se passa com os electricos é devastador.recordo ainda ao anónimo das 5.51 que lisboa não é apenas o centro e que por exemplo a sua parte ocidental, á exepção do eixo praça do comércio-belém, está extremamente mal servida de transportes públicos.Ao sabado e domingo então é terrivel.
ResponderEliminarcumprimentos e boas passeatas. irei visitar o cais das colunas o mais rapidamente possivel.