Medidas impostas pela declaração de impacte ambiental não estão a ser cumpridas na construção da CRIL -PUBLICO-20.02.2009, Inês Boaventura
No Bairro de Santa Cruz e na Damaia os camiões circulam sem cobertura, lançando detritos para os passeios e estradas e tornando o ar "irrespirável"
A construção do troço da CRIL entre a Buraca e a Pontinha não está a cumprir várias das medidas de minimização impostas pela declaração de impacte ambiental (DIA). No Bairro de Santa Cruz de Benfica e na Damaia os moradores queixam-se que circulam centenas de camiões por dia com a carga destapada caindo sobre a via e tornando praticamente invisível a passadeira junto à escola primária.
No cruzamento da Rua do Comandante Augusto Cardoso com a Rua do Dr. Cunha Seixas, onde fica a Escola Professor José Salvado Sampaio, tem-
-se assistido nas últimas semanas a um corrupio de camiões durante todo o dia e parte da madrugada. As co-
missões de moradores do Bairro de Santa Cruz e da Damaia, nos concelhos de Lisboa e Amadora, garantem que são "centenas" de veículos, "circulando em excesso de velocidade em ruas inadequadas para este tipo de tráfego, colocando em perigo os peões". Estas comissões queixam-se que os camiões transitam "sem a carga tapada, sem qualquer limpeza dos rodados", o que "tem provocado a acumulação de grandes quantidades de terra, lama e pó". Simultaneamente, acusam, "ocorre o afundamento e a destruição do pavimento, assim como vibrações e fissuras nas habitações e o lançamento destes detritos para cima de pessoas, carros e casas, chegando a tornar o ar irrespirável".
No local, o PÚBLICO verificou que muitos camiões circulam sem qualquer cobertura, atirando detritos pa-
ra o chão e enchendo o ar de poeira. Na Rua do Comandante Augusto Cardoso há vários carros cobertos de pó, a estrada e os passeios estão sujos com terra e pedras e os muros das vivendas estão salpicados de lama. Ao fundo desta artéria, junto à escola primária, a passadeira utilizada por muitas crianças e idosos que vêm da Damaia está praticamente invisível.
Estas situações violam algumas das medidas de minimização impostas pela DIA do último troço da CRIL, nomeadamente a que estabelece que as passagens pedonais afectadas pela obra "deverão ser adequadamente iluminadas e terão sistemas de segurança e de limpeza". Por cumprir está também a medida que estabelece que "o empreiteiro deverá assegurar que os veículos pesados efectuem o transporte de terras com a carga tapada".
Confrontada com as críticas dos moradores, a directora do gabinete de comunicação da Estradas de Portugal indicou ao PÚBLICO que "estão a ser tomadas medidas no sentido de minimizar a produção de pó" e que "todas as ruas contíguas à obra que estão a ser utilizadas por veículos da mesma estão a ser alvo de conservação corrente". Paula Ramos Chaves acrescentou que "foi feita pelo empreiteiro uma formação de sensibilização dos condutores dos camiões, no sentido de serem respeitadas as velocidades regulamentares".
No início de Fevereiro, a empresa tinha dito a um morador que se queixou da acumulação de lama que "as condições climatéricas e a necessidade de rápida concretização da obra têm dificultado um melhor acompanhamento destas situações".
No Bairro de Santa Cruz e na Damaia os camiões circulam sem cobertura, lançando detritos para os passeios e estradas e tornando o ar "irrespirável"
A construção do troço da CRIL entre a Buraca e a Pontinha não está a cumprir várias das medidas de minimização impostas pela declaração de impacte ambiental (DIA). No Bairro de Santa Cruz de Benfica e na Damaia os moradores queixam-se que circulam centenas de camiões por dia com a carga destapada caindo sobre a via e tornando praticamente invisível a passadeira junto à escola primária.
No cruzamento da Rua do Comandante Augusto Cardoso com a Rua do Dr. Cunha Seixas, onde fica a Escola Professor José Salvado Sampaio, tem-
-se assistido nas últimas semanas a um corrupio de camiões durante todo o dia e parte da madrugada. As co-
missões de moradores do Bairro de Santa Cruz e da Damaia, nos concelhos de Lisboa e Amadora, garantem que são "centenas" de veículos, "circulando em excesso de velocidade em ruas inadequadas para este tipo de tráfego, colocando em perigo os peões". Estas comissões queixam-se que os camiões transitam "sem a carga tapada, sem qualquer limpeza dos rodados", o que "tem provocado a acumulação de grandes quantidades de terra, lama e pó". Simultaneamente, acusam, "ocorre o afundamento e a destruição do pavimento, assim como vibrações e fissuras nas habitações e o lançamento destes detritos para cima de pessoas, carros e casas, chegando a tornar o ar irrespirável".
No local, o PÚBLICO verificou que muitos camiões circulam sem qualquer cobertura, atirando detritos pa-
ra o chão e enchendo o ar de poeira. Na Rua do Comandante Augusto Cardoso há vários carros cobertos de pó, a estrada e os passeios estão sujos com terra e pedras e os muros das vivendas estão salpicados de lama. Ao fundo desta artéria, junto à escola primária, a passadeira utilizada por muitas crianças e idosos que vêm da Damaia está praticamente invisível.
Estas situações violam algumas das medidas de minimização impostas pela DIA do último troço da CRIL, nomeadamente a que estabelece que as passagens pedonais afectadas pela obra "deverão ser adequadamente iluminadas e terão sistemas de segurança e de limpeza". Por cumprir está também a medida que estabelece que "o empreiteiro deverá assegurar que os veículos pesados efectuem o transporte de terras com a carga tapada".
Confrontada com as críticas dos moradores, a directora do gabinete de comunicação da Estradas de Portugal indicou ao PÚBLICO que "estão a ser tomadas medidas no sentido de minimizar a produção de pó" e que "todas as ruas contíguas à obra que estão a ser utilizadas por veículos da mesma estão a ser alvo de conservação corrente". Paula Ramos Chaves acrescentou que "foi feita pelo empreiteiro uma formação de sensibilização dos condutores dos camiões, no sentido de serem respeitadas as velocidades regulamentares".
No início de Fevereiro, a empresa tinha dito a um morador que se queixou da acumulação de lama que "as condições climatéricas e a necessidade de rápida concretização da obra têm dificultado um melhor acompanhamento destas situações".
Tem sucedido o mesmo em plena Estrada de Benfica e nas Pedralvas... os camiões das obras da CRIL circulam sem cobertura e as ruas ficam imundas.
ResponderEliminarMas, infelizmente, face à forma como todo o processo de construção da CRIL tem sido conduzido (em que não se respeitaram sequer planos previamente aprovados, ou a própria opinião dos moradores), já era de esperar que continuasse a imperar a falta de respeito pelo Homem... para grandes contrapartidas em termos de dinheiro para o bolso de alguns.
Os cartazes expressando a opinião dos moradores por ali continuam (http://retalhosdebemfica.blogspot.com/2009/02/inundaram-benfica.html)... mas não serviram de nada.