In Jornal de Notícias (9/3/2009)
NUNO MIGUEL ROPIO
«Comerciantes e clientela criticam plano para regular 'movida' pela falta de
policiamento
Diminuíram os grafitos mas aumentou a insegurança. Este é o balanço que
fazem clientes e comerciantes do Bairro Alto, em Lisboa, pouco mais de três
meses sobre o plano para melhorar a qualidade de vida na zona.
Noite de sexta-feira, no Bairro Alto, em Lisboa. A poucos minutos da meia-noite,
o parque de estacionamento do Largo Camões está cheio e as ruas preenchidas
com automóveis . Os mais teimosos deslocam-se até ao Príncipe Real mas o
cenário é semelhante.
"Não há lugares", exclama Joana Baieta, enquanto a amiga tenta enfiar um velho
Renault junto a uma loja de conveniência. "Sempre viemos para o bairro tarde.
Com estas medidas há que vir mais cedo, senão às 2 horas temos de sair e
não aproveitamos nada", queixa-se Manuela, depois de estacionar o veículo.
Aqui e acolá ouve-se igual descontentamento. "Porquê fechar mais cedo se não
há aqui discotecas para onde ir depois", explica Pedro Portugal, junto ao Bar
'Kitsh', na Rua da Atalaia. Metros à frente, na Travessa dos Fiéis de Deus,
alguns traficantes - seis jovens - importunam a 'movida', oferecendo "hash".
Outros tantos estão espalhados por mais ruas, com a mesma atitude.
"Alguns [traficantes] moram cá e há os amigos dos moradores. Quando pagámos,
alguns meses, por uma equipa de reforço da polícia era tudo mais calmo e os
traficantes não se faziam notar", diz a proprietária de um dos espaços, sob
anonimato, traduzindo um receio generalizado dos empresários, desde a
aplicação do plano da Câmara de Lisboa, em Novembro. Uma medida que
estabeleceu novos horários de funcionamento, devido aos anos de queixas dos
moradores, e que previa mais policiamento. Mas enquanto o JN esteve na zona,
segurança nem vê-la.
Fonte do Comando Metropolitano da PSP adiantou, ao JN, que "não houve uma
alteração significativa do tráfico de estupefacientes na área". "Quando
existiram remunerados [pagos pelos comerciantes] o controlo foi maior. Mas,
neste momento, há um reforço de segurança, à luz do Programa Integrado do
Policiamento de Proximidade", revelou.
A CML devia repensar os horários.
ResponderEliminarSempre se soube que o movimento de pessoas até depois da 4h da manhã ajudava a criar sentimento de segurança e reflectia-se em menos problemas efectivos de segurança.
AS notícias de aumento de assaltos e insegurança aumentaram exponencialmente, a par de notícias de prejuízos a rondar os 50% nos bares.
O bairro cultural de Lisboa
ResponderEliminarin publico
Partindo de uma reflexão sobre actividades culturais em relação com o
desenvolvimento dos territórios, o investigador Pedro Costa analisou o Bairro
Alto no livro "A Cultura em Lisboa".
Há-os em muitas cidades. O seu modelo é variável mas, por norma, são zonas
que foram reconvertidas, com um ambiente criativo e informal, mistura de
cafés, bares, galerias de arte ou salas de concertos, onde artistas emergentes
podem experimentar.
São os chamados bairros culturais, cada vez mais enaltecidos por permitirem um
estilo de vida de escala humana e por serem sinónimo, quando equilibrados, de
desenvolvimento económico sustentável. As suas fronteiras podem ser
indefinidas, mas quando desembocamos num desses locais sentimos de imediato que
não só entrámos numa comunidade cultural como podemos participar dela, de
maneira interactiva.
Hoje, esse tipo de territórios ganhou nova pertinência, também porque o
sentido de cultura foi alterado, englobando indústrias culturais tradicionais,
novas indústrias de conteúdos, formas consagradas de arte ou manifestações
emergentes associadas às formas de sociabilidade urbana juvenis.
Motivado por isto, há quatro anos, Pedro Costa - professor do Departamento de
Economia do ISCTE e investigador do Dinâmia (Centro Estudos Sobre a Mudança
Socioeconómica), que lidera o grupo de trabalho para as Estratégias para a
Cultura em Lisboa - concluiu uma tese de doutoramento que parte de uma
reflexão sobre as actividades culturais em relação com o desenvolvimento dos
territórios e que incide sobre a Área Metropolitana de Lisboa, em particular o
principal bairro cultural da cidade, a zona do Bairro Alto e Chiado. Uma versão
dessa tese foi lançada em livro: "A Cultura em Lisboa - competitividade e
desenvolvimento territorial (edi. Imprensa de Ciências Sociais)."
"Esta é a zona da cidade que mais facilmente se poderá assemelhar a um bairro
cultural", diz-nos, "não só pela quantidade e diversidade de agentes que aqui
se localizam, como pelo potencial simbólico que usufrui na cidade, bem como
pelos efeitos externos gerados pela conjugação dessas características. Isso
foi decisivo para me debruçar sobre este eixo, dedicando atenção ao papel da
inovação e da criatividade nas dinâmicas geradas na zona, bem como na sua
afirmação competitiva e na sua sustentabilidade, não deixando de lado os
conflitos existentes."
Sinergias e diferenças
Entre o Bairro Alto e o Chiado existem sinergias, mas também diferenças. "São
dois sistemas autónomos", reflecte, "o lado mais nocturno ligado à
transgressão, a actividades emergentes, no Bairro Alto, e o lado mais
institucional, diurno, no Chiado, onde existe a maior concentração de
livrarias do país."
A zona é um dos pólos principais da cidade no que respeita à animação
nocturna, às artes performativas, à moda, aos antiquários, ao sector do
livro, a segmentos da produção audiovisual ou a alguns dos mercados
alternativos das indústrias culturais, por exemplo. Evidencia-se pela
quantidade de actividades culturais aí implantadas, mas sobretudo pelo
desenvolvimento de um meio criativo propício à circulação da informação,
à difusão da inovação e à maneira tolerante como são recebidas as
demonstrações culturais mais alternativas.
"É um espaço onde é necessário estar, ir, ser visto, encetar contactos e
divulgar lá coisas", afirma. "É um pólo nesse sentido, funcionando como base
do sistema produtivo das actividades culturais. Por outro lado, possui um
sistema de (auto)governação específico e um sistema de representações
próprio - os agentes que lá estão reconhecem o local como um bairro cultural
e, externamente, é visto dessa forma, o que beneficia quem lá está."
Uma das conclusões que mais o surpreendeu foi ter percebido que os agentes do
bairro não tinham especial apetência para reclamar políticas públicas em
termos culturais. "Não queriam apoios nem intervenções estatais. Queriam,
isso sim, ver resolvidas questões como o estacionamento, a aglomeração
automóvel ou a requalificação do espaço público". Ou seja, o que é
necessário são políticas transversais que possam garantir a estabilidade da
área.
Modelos
O exemplo do Bairro Alto difere do de outros bairros culturais pela sua
duração. Não é comum uma zona com estas características manter a
centralidade durante tantos anos. "Nos EUA são normais fenómenos de
gentrificação. Os artistas dão nome e visibilidade ao bairro, criam valor
imobiliário, a zona é apropriada por outras pessoas e os artistas vão
saindo."
Em Inglaterra é diferente. "As operações são conduzidas pelos poderes
públicos, promovendo agências de desenvolvimento local, que actuam, por
norma, em zonas industriais, facilitando o aparecimento de actividades
culturais", funcionando como veículo de requalificação urbanística de
espaços degradados ou reconvertidos. "A Expo, nesse particular, foi uma
oportunidade perdida. Houve reconversão urbana, mas em termos culturais não
se pode dizer que tenha tido sucesso."
Um outro modelo é aquele que permite que, através da iniciativa de vários
agentes da mesma área de actividade, se tente criar uma área com motivações
comuns. É isso que tem sido tentado em Lisboa com o projecto "Santos Design
District", em Santos.
No Bairro Alto ainda não existe um fenómeno de gentrificação, mas anos
depois de ter desenvolvido o seu trabalho, Costa é da opinião que existe um
perigo de massificação. "Não é compatível ter uma área criativa e
vanguardista sendo massificada. Já se sente isso, com pessoas a saírem para
zonas envolventes, da Bica ao Cais do Sodré. Por outro lado, socialmente, mais
pessoas pode ser sinónimo de mais conflitos."
Quando começou a desenvolver o seu trabalho, a importância e o valor
estratégico das actividades culturais para o desenvolvimento territorial ainda
não tinham o reconhecimento que hoje têm. Mas no último ano, modelos como o
das "cidades criativas" ou noções como o de "indústrias criativas" ganharam
visibilidade em Portugal porque parece existir, por fim, até da parte do poder
político, a noção que são necessários novos modelos de desenvolvimento que
cruzem cultura, urbanismo, economia e questões sociais. Mas Pedro Costa espera
que a questão não se fique apenas pela retórica. Até porque se "por um lado
existe esse tipo de discurso, depois reduz-se o orçamento do estado para a
cultura." Ora, o que faz sentido quando se acredita numa área de actuação
nova é aumentar o orçamento e não reduzi-lo.
as sete vidas do bairro alto in publico
ResponderEliminarUm novo equilíbrio parece ser necessário para garantir o futuro do único
bairro cultural de Lisboa. O episódio do encerramento dos bares às 2 da
manhã apenas o veio explicitar.
Não é novo. Já ouvimos desabafos destes ao longo dos anos ("o Bairro Alto já
não é o que era", "está cada vez mais degradado", "as ruas estão uma
miséria", "gente a mais"), mas no último ano as visões sombrias aumentaram.
Ele é o ruído, bares em excesso, toxicodependência nas ruas ou conflitos de
interesses entre os diversos actores. O equilíbrio parece em risco e a mais
recente medida dos poderes públicos de encerrar os bares às duas da madrugada
é apenas mais um capítulo desse debate.
O Bairro Alto é importante. O "boom" dos anos 80, que o afirmou como lugar de
boémia e cultura, foi determinante em termos simbólicos, mas muito antes já
era lugar de encontro, de tertúlia e de animação cultural.
Hoje é área residencial. É zona de comércio, animação nocturna e de
restauração que não só tem resistido, nas últimas décadas, ao irromper de
outros pólos (Avenida 24 de Julho, Docas, Expo) como nos últimos anos -
principalmente depois da abertura do metro no Chiado - tem atraído mais gente.
É em termos culturais uma das áreas mais activas e atractivas da cidade, o que
pode ser constatado pela quantidade e qualidade de agentes e actividades que aí
se concentram e se relacionam. É dessa conjugação de actuações, e da forma
como se relacionam entre si, que depende o equilíbrio da zona. Uma harmonia
que aqueles que viveram os anos 80 dizem já não existir.
O "meu" Bairro
"O 'meu' Bairro morreu", afirma Manuel Alvarez, arquitecto, 45 anos. "Hoje vou
lá, vejo toda a gente na rua, de copo na mão e não sinto vontade de
partilhar. Antes jantava-se, conversava-se, dançava-se. O Bairro Alto está
moribundo. Está a morrer aos poucos."
"Aborreço-me", afirma o cineasta Jorge Cramez que viveu intensamente a década
de 90 [ver texto sobre o bar Captain Kirk] "Posso pensar nisso dessa forma, mas
não me parece que tenha a ver com a idade. Sinto é que antes havia um ritual
no sair que se perdeu."
Ambos, no entanto, diferenciam a vertente diurna e nocturna, a vocação
cultural da actividade noctívaga. Tal como DJ Rui Murka, 36 anos. "Hoje a
minha relação com o Bairro é diurna, para comer, cortar o cabelo, fazer
compras na Rua do Norte, comprar discos ou, à noite, ver concertos,
exposições ou encontrar-me com alguém."
Mas esta visão está longe de ser partilhada por gerações mais novas. Com
maior incidência às sextas e sábados, chegam em grupos, normalmente
encontram-se na Praça Camões a partir das 22h. Pouco tempo depois enchem as
ruas, o estacionamento torna-se impossível, a circulação pedonal complicada
e, muitas vezes, os parapeitos das janelas servem para deixar copos vazios.
"Quando tinha 15 anos ia para o Loft, em Santos, ou para o Paradise Garage, em
Alcântara, porque os meus pais não gostavam que fosse para o Bairro", conta
Ana Prazeres, estudante, 19 anos. "Mas há dois anos comecei a vir para aqui e
gosto muito". Foi no Bairro que começou a contactar com "gente das mais
diversas 'tribos'." O companheiro, Pedro Freire, 20 anos, reforça: "Isto é
único, não existe nada assim no país, onde se possa vir beber um copo, ver
um concerto na ZDB ou conviver nas ruas com pessoas que não se encontram em
mais nenhum local."
O valor icónico de lugares que marcaram as décadas de 80 e 90, como o Frágil,
Três Pastorinhos ou Captain Kirk perdeu-se. Claro que continuam a existir
espaços que se diferenciam (bares como Maria Caxuxa, Clube da Esquina, Mexe
Café ou Purex, bares dançantes como o Frágil ou o Bedroom, livrarias como a
Ler Devagar ou a Galeria ZDB), mas é na rua que tudo acontece.
Apesar das tentativas de controlo, os bares multiplicaram-se. O investigador
Pedro Costa, que estudou o bairro [ver texto nestas páginas], diz que os
poderes públicos foram sensíveis à questão. "O problema é que isso não
inviabilizou nada, simplesmente inflacionou os preços, fez com que os
trespasses se fossem multiplicando e criaram-se subterfúgios, como os bares de
apoio."
Um dono de um bar, que prefere manter o anonimato, refere que esse é o problema
do território neste momento. "É injusto olhar para todos os espaços nocturnos
de forma nivelada. Alguns geram interesse cultural, porque fazem participar as
pessoas numa dinâmica criativa e estimulam, enquanto outros são pequenos
sítios que se limitam a vender copos para a rua. Como é possível que sejam
tratados de forma uniforme?"
Os conflitos no bairro, resultantes da exploração dos recursos e nas formas de
os regular, não são novos. As tensões são múltiplas, seja entre residentes
e frequentadores, entre moradores tradicionais e novos residentes, entre
comércio tradicional e novas actividades, entre utilizadores diurnos e
nocturnos ou entre agentes culturais e reguladores públicos das suas
actividades.
Até agora, a intervenção externa não tem sido muito necessária. Tem havido
uma espécie de auto-regulação que emerge do próprio sistema do bairro,
resultante de uma multiplicidade de mecanismos. Mas os perigos decorrentes do
excesso - de bares e de pessoas, com o que isso acarreta de descontrole à
volta - podem levar ao colapso desse processo. O conflito à volta dos
horários de encerramento apenas explicitou essa ideia.
A intervenção pública poderá não fazer sentido em muitas questões, mas no
caso da limitação do ruído, é defensável que aconteça, dizem os
moradores. Para reduzir o barulho, a Câmara Municipal de Lisboa implementou,
em Outubro, o encerramento dos bares às duas da manhã. Belino Costa da
Associação de Comerciantes do Bairro Alto diz que existe uma "enorme
insatisfação", já que é uma medida de excepção que "impede a
concorrência em igualdade de circunstâncias com outras zonas da cidade."
"Não duvido das boas intenções de quem tomou essas medidas", diz Mário
Augusto, designer, de 29 anos, que vive na zona, "o problema são os efeitos
colaterais. Agora toda a gente sai dos bares em massa à mesma hora, ficando a
marinar por aí, criando focos de tensão. É como a história dos 'graffiti'.
Toda a gente sabe que as zonas onde são proibidos são as preferidas de quem
os faz. Ou seja, ao querer reprimir-se, está-se a convidar."
A questão dos horários é apenas uma, entre outras, reveladora de conflitos de
interesses, num momento em que a área vive momentos de transformação. O
receio da especulação imobiliária - intensificado desde que se soube da
reconversão, em condomínio privado, do Convento dos Inglesinhos - ou o temor
que a zona se torne demasiado turística, são outros temas que provocam debate
aceso.
Mas, apesar do equilíbrio precário e da insatisfação de muitos actores
envolvidos na dinâmica de um bairro cultural com as características do Bairro
Alto, nada de essencial ainda se perdeu. Ao longo da história a zona tem
conseguido manter o seu dinamismo e apresentado uma grande capacidade de
regeneração.
Hoje continua a manter públicos, renovando-os, e conserva o ambiente - apesar
de se poder dizer que está mais degradado - que lhe deu reputação, ao mesmo
tempo que manteve as redes e formas específicas de interacção com outras
actividades que lhe permitiram afirmar-se.
Nas cidades estáveis, maduras e dinâmicas, com suficiente massa crítica,
existe grande capacidade de renovação. Há aptidão para alimentar,
periodicamente, novos ambientes criativos. Nos últimos anos, o prolongamento
do Bairro Alto tem sido encetado na direcção do bairro da Bica, Cais do
Sodré, Cais da Pedra (Lux) ou Santos.
Mas até pode acontecer que surja um novo eixo cultural e boémio noutra zona da
cidade. "Lisboa tem dimensão para ter outros bairros culturais", defende Pedro
Costa, "mas necessitariam de uma actuação pública mais vincada do que
acontece no Bairro Alto, seja no sentido de facilitar a apropriação do
espaço pelas actividades culturais, seja de disciplinar as operações
urbanísticas que lá acontecem."
Quem sabe se qualquer coisa capaz de gerar uma dinâmica semelhante à do Bairro
Alto não poderá nascer na Baixa, em Braço de Prata (Cabo Ruivo), onde a
reutilização de espaços inexplorados é possível, na Almirante Reis, onde
as rendas ainda são baratas, ou na zona industrial de Alcântara? O Bairro
Alto, algo congestionado, até era capaz de agradecer.
É verdade. A insegurança aumentou e muito.
ResponderEliminarHá moradores que já se arrependeram de lutar contra os bares.
E os presidentes de junta que se juntaram contra os bares á procura de votos de alguns moradores, já estão a pensar duas vezes, com o aumento da criminalidade, as queixas de visitantes e dos bares, que ameaçam fechar ou mudar-se para mos bairros fronteiros...
Concordo.
ResponderEliminarDos poucos bairros com vitalidade económica e uma das grandes atracções turísticas, a CML dá-lhe a machadada.
Acompanhado da degradação da baixa e frente ribeirinha, demoliçao de imóveis com história, a suburbanização da cidade, a construção de auto-estradas urbanas e o abandono dos imóveis, está mesmo preparado o caminho para o declínio irreversível da cidade.
Bairros boémios já os houve em tempos, Cais Sodré e Intendente, mas até com essa tradição boémia a câmara acabou.
ResponderEliminarO Cais Sodré de hoje não tem nad aa ver com antigamente.
E o Intendente é um bairro que morreu. Transformou-se no novo Casal Ventoso!
Mas o cais do sodré, ultimamente tem vindo a renascer, fruto de novos investimento aprticulares em sitios muito interessantes.
ResponderEliminarO intendente é mesmo um buraco negro.
A Câmara vai matar um dos sitios que mais turistas e lisboetas movimenta (euros).
ResponderEliminarQuando aquilo for o intendente, logo veremos.
Depois, já ninguém é responsável.
O Cais Sodré não está a renascer, está a transformar-se!
ResponderEliminarNão tem nada a ver com o Cais do Sodré de há 15 ou 20 anos. Hoje meia duzia de bares funcionam, ainda há 10 anos eram 3 ruas cheias de bares porta sim porta sim.
Bares como o Arizona ou o Niagara não abriram mais as portas, desde que o tipo de clientes mudou. Mataram o Cais do Sodré.
Infelizmente esta vaga de autarcas suburbanos que têm vindo parar à CML andam a matar Lisboa, pura e simplesmente por falta de sensibilidade. Como não vivem a cidade, nem na Cidade não conhecem as tradições e a maneira de estar nos que nela habitam, e resolvem importar modelos doutras cidades que ouviram dizer q correram muito bem. Mas o que faz sucesso num sitio pode não fazer noutro. E felizmente ainda há cidades com uma identidade própria que recusam a importação de modelos doutros sitios.
ResponderEliminarMas quem é saloio, e usa a câmara como meio para chegar a outros fins, a maneira de ser e estar dos lisboetas não interessa para nada. Infelizmente Lisboa é morada de muita gente estranha à cidade e que nem tão pouco está interessada em viver o quotidiano da cidade. Vivem cá porque arranjaram cá emprego mas não vêem a hora de se ir embora. O grave é que muitos dos que estão nesta situação são cá eleitores e fazem más escolhas. Depois toda a cidade e os lisboetas ficam prejudicados.