In Público (28/4/2009)
«Um hotel e apartamentos turísticos deverão ser construídos em parte dos terrenos da Quinta Bensaúde, em Benfica, segundo as linhas orientadoras do Plano de Pormenor (PP) do Alto dos Moinhos, que propõem dispensa de avaliação de impacte ambiental. O plano não deverá ser sujeito a avaliação de impacte ambiental porque os projectos a concretizar "não são susceptíveis de vir a gerar efeitos significativos no ambiente".
O PP do Alto dos Moinhos será elaborado pela autarquia em conjunto com a Irgossai, empresa do grupo Carlos Saraiva que detém parte dos terrenos. Segundo a proposta que vai amanhã à reunião de câmara, a área a lotear tem mais de nove hectares e o seu loteamento foi anteriormente chumbado por falta de plano. Está prevista a criação de um parque urbano na continuidade do Parque Bensaúde e uma ligação pedonal sobre a Avenida Lusíada para 'aproximar' as encostas norte e sul do Alto dos Moinhos. »
Confesso que não conheço bem a zona, nem a área da quinta. Apenas conheço o parque homónimo que a CML gere no âmbito do protocolo de cedência, mas sei que qualquer coisa que traga essa chancela "não são susceptíveis de vir a gerar efeitos significativos no ambiente" me faz desconfiar, porque a mesma coisa li eu num parecer da digníssima CCDR-LVT sobre o PP Hotel Miramar, no Monte Estoril. Ora para aí defende a CMC um hotel com mínimo de 100 quartos, numa zona onde está um edifício que era hotel com cerca de 40 quartos. De 40 para 110, numa zona de ruas esteitas, com vivendas com jardins, é caricato que a CCDR-LVT entenda que os efeitos desse tal PP "não são susceptíveis de vir a gerar efeitos significativos no ambiente".
Resumindo e concluindo: CCDR-LVT, IGAL e IGESPAR, quando se exige que tenham pareceres consubstanciais, claros e inequivocamente desfavoráveis, dizem que sim mas também. Temo que seja este o caso.
Ah, caraças, ao ler isto até pensei que o Santana já tinha ganho as eleições...
ResponderEliminartudo o que venha da Sra Margarida Magalhães, antiga vereadora do urbanismo é de desconfiar. Veja-se a "obra" que deixou em Lisboa, o que permitiu fazer, o que "deixou" fazer e a quem deixou fazer, veja-se tambem o que esta empresa está a fazer e já fez na praia de S. Rafael em Albufeira, É esta empresa, onde esta senhora é agora administradora, que vai participar ou fazer o plano de pormenor??? sem estudo de impacto ambiental?É incrivel como isto anda tudo ligado.
ResponderEliminarPor este andar, o único espaço verde que vai sobrar na zona vai ser o relvado do estádio da luz. Isto, enquanto não resolverem pôr um sintético.
ResponderEliminarNum raio de 2 quilómetros não há um único jardim onde um pai ou uma mãe possa ir, tranquilamente, com os seus filhos. Só se pensa em betão!
Estas câmaras e estes autarcas são uma autêntica vergonha!
Sempre vi que aquilo não ia durar muito. Para quem não sabe é o descampado que vai do alto dos Moinhos à estrada da Luz. Ainda à uns tempos lá andavam ovelhas.
ResponderEliminarJardins há alguns, mas muito poucos. Há a quinta do Bem Saude, o Jardim Zoologico e o Estadio Universitario. Depois há ainda alguma relva perto dos predios que servem para os cães largarem prendinhas.
ResponderEliminarÒ anónimo se quer um sitio com jardins a pensar nos cidadãos, só nos bairros sociais que são os unicos sitios onde não há especulação. De resto é urbanizar ao maximo para se ganhar dinheiro, porque há sempre uns otarios que compram tudo o que vêm à venda!