26/04/2009

Rua de S. Bento tem faixa para carrinhos de bébé?

Um cenário habitual nos passeios reduzidos, e abusados pelo estacionamento selvagem, da Rua de S. Bento. Desta vez a máquina fotografica estava à mão para registar o exemplo máximo do peão enquanto cidadão de segunda em Lisboa: um carrinho de bébé a circular na faixa de rodagem, lado a lado com os veículos motorizados! A vida de muitos cidadãos é assim posta em perigo. Graças ao comodismo, total falta de respeito de muitos automobilistas que diariamente estacionam em cima dos passeios deste arruamento com trânsito intenso. Muitos deles dirão «só estacionei em cima do passeio para ir à farmácia» ou «não tinha outro sítio para estacionar» ou «mas deixei espaço para os peões passarem». E o parque de estacionamento público que existe a meio da rua? Por causa dessa atitude egoísta, pais com carrinhos de bébé, idosos de muletas, cidadãos em cadeiras de rodas - todos têm de sair do passeio e circular na faixa de rodagem como aconteceu com esta jovem mãe. Em toda a extensão deste arruamento não existe um único gradeamento ou pilarete que protega os peões. Na verdade, pelos comportamentos e pelo desenho do espaço, a Rua de São Bento tem mais características de "via rápida" do que "rua urbana".

23 comentários:

  1. A situação que descreve passa-se todos os dias, centenas de vezes, por toda a cidade (e por todo o País).

    Se o peão que circula no passeio for atropelado, a culpa é dele, e não de quem o atropela ou de quem o "empurrou" para o passeio, roubando-lhe espaço com o estacionamento ilegal.

    Trata-se, de facto, de uma falta de civismo, mas custa-me a crer que essa seja a única causa deste tipo de comportamento.

    No que diz respeito à segurança rodoviária, considero que a "falta de civismo dos condutores" é uma explicação que, isolada, é demasiado simplista, e que como ponto de partida será sempre pouco eficaz.

    O caminho contrário não passa pela desresponsabilização do automobilista, mas pela co-responsabilização do meio físico e das entidades que o gerem.

    Porque é um facto que o meio encoraja (não determina, mas encoraja) alguns tipos de comportamentos. Ruas rectas e faixas amplas encorajam a velocidade, por exemplo.

    Acho que vale a pena perguntar: porque é que a Rua de São Bento tem faixas com aquela largura e semáforos apenas nos extremos? Já agora, porque é que se deixa usar a Rua de São Bento como uma prática ligação entre o Rio e o Largo do Rato, e o Marquês de Pombal?

    Quanto à falta de estacionamento, é também um facto que existe um parque a meio da Rua. Mas será lógico esperar que quem quer fazer uma breve compra numa farmácia siga até ao Parque e desça a rua...?

    Note bem, não estou a desculpar o condutor (fez mal, e se eu tivesse um autocolante à mão punha-lho bem a meio do pára-brisas...). Estou, apenas, a perguntar, se não haveria forma de fazer as coisas de maneira diferente, uma forma mais prática para todos...?

    É interessante (no mau sentido) verificar como esta Rua de São Bento é uma oportunidade perdida. Central, com lojas de antiguidades e restaurantes (e a correspondente clientela endinheirada a trabalhar mesmo ao lado...), solarenga (pelo menos na metade inferior), na charneira de duas zonas residenciais, esta rua tem uma série de atributos que justificariam uma aposta na sua requalificação.

    E uma restrição do trânsito, acompanhada de medidas de acalmia de tráfego e pedonalização, que permitisse a passagem, apenas, de transportes públicos, trânsito local e cargas e descargas.

    Acompanhem isso de acções de animação, um roteiro de antiguidades publicitado nos meios turísticos, e temos uma mistura imbatível.

    É só uma ideia...

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  2. Como passo muitas vezes na R. de S. Bento (e sei das dificuldades que os autocarros das carreiras 706 e 727 lá encontram frequentemente), ia fazer o meu comentário, mas Pedro H. Gouveia já disse o mais ou menos que eu ia dizer...

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  3. Sem dúvida, a rua de S. Bento tem faixas de rodagem de largura exagerada. é uma oportunidade perdida. Um mau exemplo

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  4. O eixo S. Sebastião – Santa Marta – S. José, embora com características diferentes, tem também um enorme potencial
    nomeadamente do ponto de vista turístico e deveria merecer o mesmo tratamento que propõe para S. Bento.
    Tantas oportunidades perdidas!
    Ana Alves de Sousa

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  5. Cara Ana de Sousa,

    sim, dá pena percorrer as ruas de Santa Marta e São José, onde ainda resiste o comércio local (como...?) e bons restaurantes.

    seria uma excelente zona para condicionar o acesso e criar uma zona de tráfego misto, com prioridade aos peões (e as correspondentes medidas de acalmia de tráfego, claro).

    e nem se perderia estacionamento, porque o que existe é manifestamente ilegal...!

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  6. Com a particularidade da ACAPO ter sede na Rua de Santa Marta.
    Este problema (Santa Marta, São Bento e outras)só se resolveria com o aumento da largura dos passeios e a colocação de pilaretes para evitar o estacionamento abusivo.
    É absurda a idéia de que as pessoas para fazer compras, passear ou "ir à farmácia" devem poder fazê-lo tranquilamente, de carro, e até ao destino final (parar à porta da loja).
    Mas muitas vezes são os srs lojistas que pactuam com esta aberração, pois alguém entendeu que o corte de trânsito é prejudicial para o comércio.
    Já repararam que a postura dos centros comerciais é outra? Estaciona-se, paga-se o estacionamento e anda-se quilómetros e ninguém reclama. Porque é que na rua não pode ser assim?
    Luís Rêgo

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  7. não deixem as vossas sugestões por aqui. em particular se acham que pilaretes fazem sentido façam chegar o vosso pedido à CML. eu já pedi pilaretes para a Rua de Santo Amaro (que entronca na Rua de São Bento). já pedi fiscalização do estacionamento no passeio na Rua de São Bento. tudo isto muitas vezes. é verdade que ainda parece estar tudo na mesma, mas o mesmo se passava na minha rua e recentemente, depois de muitos pedidos, os pilaretes foram finalmente colocados. por isso se houver mais a fazer o mesmo pedido julgo que a diferença aconteça mais rapidamente.

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  8. Eu já fui a uma das recentes reuniões descentralizadas da CML, defender a colocação de pilaretes nos passeios, mas confesso que fiquei confuso com as explicações do Sr. Presidente, pois às tantas pareceu-me que os automobilistas eram uns coitadinhos e eu era um munícipe daqueles que não tem nada para fazer.
    Mas como é óbvio não desmoreço e vou continuar a defender esta causa.
    Luís Rêgo

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  9. falta de planeamneto da circulação na cidade e definição de eixos principais, secundários e de apoio ou de transito local e depois definição das restrições conforme a categoria.

    simples, não é?

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  10. Caro Pedro Homem de Gouveia,
    >"O caminho contrário não passa pela desresponsabilização do automobilista, mas pela co-responsabilização do meio físico e das entidades que o gerem."
    O meio físico é o que é e não muda de um minuto para o outro, no entanto o comportamento do condutor face a um meio físico que não comporta a sua viatura pode ser adaptado instantâneamente - que tal ir parar mais longe num estacionamento legal e com respeito pelos outros em vez de onerar inocentes no assunto e indefesos?
    Seria menos cobarde que atirar para quem não se pode defender nem tem culpa no assunto o problema de não haver estacionamento à porta não?

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  11. Pois realmente os automobilistas podem ir ás compras a estabelecimentos longe da zona velha da cidade, mas é precisamente disso que os lojistas se queixam, que perdem os clientes! E os lojistas que se mudem para centros comerciais, uma vez que os centros historicos ja deram o que tinham a dar, pelos vistos!

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  12. não é isso que está em causa aqui. A pessoa que deixa o carro para "são só 5 minutos na farmácia" e "é só uma bica" também não vai arrumar o carro ordeiramente no parque de estacionamento de um centro comercial. Aliás, basta passar ao lado de um deles e vê-se filas e filas de carros amontoados à entrada dos carros - para poupar a moedinha. O que põe desde logo em causa a teoria de que as pessoas apenas vão ao Colombo porque têm mais facilidade de estacionamento.

    Estacionar à bruta podem em qualquer lado - seja no centro comercial ou na zona histórica.

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  13. corrijo: "à entrada dos parques - para poupar a moedinha."

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  14. Se forem ao cinema ou fizerem compras em certas lojas até têm o parque de borla nesse centro em concreto. Mas a maioria dos centros têm o parque à borla!

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  15. Mas será que o xico tem alguma deficiência física que o impeça de ir a pé tomar o cafezinho ou fazer compras?
    Eu faço compras e não preciso do carro para nada? Viverão todos no deserto sem nada a distância de caminhar?
    Serão os Nórdicos loucos em não usar o carro nos centros urbanos?
    Coitadinhos dos portugueses que têm um clima péssimo para andar ao ar livre e não foram abençoados com dotes físicos e intelectuais que lhes permitam deslocar sem ser de pópó...

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  16. Caro Nuno.
    LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL

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  17. E eu por acaso disse que esse carro é meu? E quem lhe disse a si que ando de carro para todo o lado? Conhece-me dalgum lado? Não fale do que não sabe!

    Já agora assinem o que escrevem, nem que seja com o nome ze da gaita ou maria da fruta!

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  18. Caro Xico205
    Fazes observações muito curiosas em relação a este assunto do estacionamento ilegal. Não será óbvio que quem te lê pense que tens carro, te deslocas de carro para todo o lado e que actuas justamente como o indivíduo da foto?
    Mas escrevo-te para contestar o que afirmas dos lojistas. É verdade que eles se queixam antes de qualquer entidade proibir seja o que fôr que limite o uso do carro, desde a colocação de pilaretes até à proibição de circulação de trânsito automóvel. Não deixam de ser pessoas, eles também com um umbigo para sustentar e um carro para estacionar em cima do passeio. Mas, repara, na Rua Augusta, os lojistas fartaram-se de gritar contra o encerramento da Rua aos carros. Choramingaram baba e ranho com as obras na Rua. E hoje, conheces algum lojista que se queixe de falta de clientes? Será que a Rua Augusta está às moscas, com falta de pessoas? Será que o comércio dito tradicional morreu nessa Rua?

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  19. a rua augusta tem muita gente de passagem

    fora cadeias internacionais (poucas), a rua augusta e a baixa é decadente, com lojas do tempo da outra senhora, ultrapassadas, prédios degradados, falta de limpeza, sem abrigo a cada canto e o deserto depois das 7h

    basta comparar com o chiado, mesmo ao lado, que tem gente quase 24 horas por dia e fins de semana, frequentado por turistas, gente nova, está em contante ebulição, está na moda e atrai comércio.

    mesmo com rendas altíssimas, luta-se por um lugar de loja...

    na baixa...é exactamente o contrário.

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  20. Iletrado sim tenho carros. Não me desloco de carro para todo o lado. Agir como o individuo da foto? Sim, por vezes, quando tem que ser. A mãe com o carrinho de bebé vai na estrada porque quer, porque tinha espaço no passeio até se vê um homem a passar junto ao carro, e na zona onde ela vai não há nenhum carro! Quantas vezes estão os passeios livres e vai gente a andar na estrada. É a tal coisa, não há bom senso dum lado nem há do outro. Logo chega de ser parcial e ver as coisas como elas são!

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  21. Esperto3062:02 da manhã

    Xico205: A estupidez tem limites... ou será que não?

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  22. Não tem limites não, não páro de ser surpreendido com o que vejo!

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  23. Então comentarios (a maioria anónimos) neste blog JASUS! No fundo devem se sentir envergonhados com as barbaridades que escrevem e não dão um nome (nem em formato de nick)!

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