Um manifesto de moradores e comerciantes de uma rua da capital teve eco junto da autarquia, que prometeu tomar medidas minimizadoras dos impactes no trânsito após as obras no Terreiro do Paço.
A Câmara de Lisboa comprometeu-se ontem a reservar a Rua do Arsenal apenas a transportes públicos, depois do final das obras no Terreiro do Paço. O vereador Manuel Salgado (PS) disse na reunião pública do executivo que tal facto "vai reduzir o número total de veículos a circular em relação à situação anterior ao fechar a Praça do Comércio".
Este anúncio surge na sequência de um manifesto que moradores e comerciantes daquela artéria lisboeta enviaram ao município, queixando-se do barulho e poluição atmosférica acrescidos, desde que a rua passou a canal alternativo à travessia longitudinal junto ao rio.
Manuel Salgado disse ainda que a autarquia vai "pressionar a Carris para alterar a frota de veículos que circula na Baixa, optando por veículos de menores dimensões, menos poluentes e menos ruidosos". Aquele responsável esclareceu que "a Rua do Arsenal vai ser reperfilada, os cais dos eléctricos vão ser levantados e reposicionados, deslocando-se para sul, o que permitirá alargar o passeio Norte junto aos estabelecimentos comerciais".
Na exposição que enviaram à câmara, moradores e comerciantes dizem que "o ruído e a poluição atmosférica já estão neste momento a causar-nos problemas de saúde. Viver na Rua do Arsenal e Rua Bernardino Costa tornou-se um pesadelo", acrescentam. Em face desta situação, a câmara informou que para reduzir o nível de ruído "o pavimento da rua vai ser substituído por um pavimento betuminoso com borracha".
Apesar de não ter avançado com a data da concretização destas medidas, o vereador disse que serão "introduzidas medidas de acalmia de velocidade e sinais de trânsito com limite de 30 km/hora.
As passagens de peões serão reconstituídas com material contrastante e resistente, com sinalização luminosa".
O Terreiro do Paço foi igualmente tema de discussão na sessão pública por causa do estudo de Urbanismo Comercial, cuja elaboração a Sociedade Frente Tejo entregou a uma entidade privada, a CB Richard Ellis. Ruben de Carvalho (PCP) manifestou perplexidade pela situação, mas António Costa informou que se trata de uma adjudicação da responsabilidade do organismo a quem foi entregue pelo Governo a missão de renovar a Praça do Comércio.
Entretanto, de acordo com um estudo da Universidade Autónoma de Lisboa, divulgado pela agência Lusa, "mais de metade dos utilizadores da Praça do Comércio aponta a falta de espaços para actividades culturais e de esplanadas como as principais lacunas daquela zona nobre da capital". O trabalho, promovido pelo Instituto de Investigação Pluridisciplinar da UAL, foi desenvolvido entre Setembro de 2007 e Agosto de 2008 e envolveu a realização de 440 inquéritos.
In DN
E a rua da Alfândega? Sopas?
ResponderEliminar"Um manifesto de moradores e comerciantes de uma rua da capital teve eco junto da autarquia" que lata!!!!!!Quando precisam de uma carta que justifique as decisões já tomadas, desatam a abrir correspondência!Há alguém que acredite mesmo que a Câmara tomou a decisão de reservar uma rua para BUS a pedido de um grupo de moradores e comerciantes???E ainda aproveitou a deixa para fazer uma chamadinha para a Carris, para não deixar nada por tratar...Tomem lá as medidas que pretendem tomar agora não me façam crer que o fazem imbuído de um espírito de auscultação pública e democracia, porque infelizmente já sou crescidinha!
ResponderEliminarE a Rua do Terreiro do Trigo? E a Rua do Cais de Santarém?
ResponderEliminarQuem é que mora na Rua do Arsenal? 16 prédios devolutos, 2 lojas do chinês, 3 estabelecimentos comercias e muitos pombos!!!! ESCÂNDALO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas que palermice o arquitecto ir pedir à Carris para passar lá com veículos mais pequenos e menos ruidosos.
ResponderEliminarEstá-se mesmo a ver que o homem desconhece que lá passam aqueles eléctricos da Siemens que vão até Algés ou os outros mais antigos, incluindo as carreiras para os turistas, e que são bem ruidosos!
Não há mesmo pachorra para tanta treta e incompetência!!!
Pedir á Carris para que circulem carros mais pequenos e menos ruidosos?!
ResponderEliminarBem isto ao primeiro olhar só me prova que esse senhor nao anda de transportes públicos. Obviamente que eu não posso falar em nome da Carris porque sou apenas um dos muitos motoristas desta empresa, mas que propostas esse senhor dá para as carreiras 28 e 36?
A carreira 28 liga o Restelo á Portela, via marginal e expo e carrega por dia milhares de pessoas incluindo estrangeiros e recorde-se que esta carreira já circula com novos autocarros articulados menos ruidosos.
E a 36 que é uma carreira sub-urbana que vai do C.Sodré a Odivelas que a qualquer hora do dia tem sempre os seus articulados cheios? O ruidos vem muitas das vezes pelo estado do piso e essa rua não é das melhores como sabem.
Não me querendo alongar muito porque nestas coisas prefiro esperar para ver, apenas espero que essa medida da recolocação dos carris do eléctrico não serviam para terminar com eles.
Recorde-se que em grande parte das cidades europeias aposta-se no eléctrico aqui parece ser o contrário infelizmente.
Incompetência política e mau jornalismo.
ResponderEliminarPedir á carris? pedir?
ResponderEliminaro planeamento urbano faz-se a pedir?
ou há ideas e vontade de as pôr em prática ou então estamos no reino da treta.
DEve ser por isso que por cá entre os estudos e os re.estudos se demora décadas a fazaer alguma coisa!
Enterrem-se os carris de ferro!
ResponderEliminarBem, a Carris já acatou a pedinchadela do sr Vereador. Então não é que à hora de ponta já existem autocarros de 80 lugares na carreira 28, ao invés dos articulados de 150? E eléctricos de 60 lugares na carreira 15 em vez dos articulados de 200 lugares? Totalmente recomendável para quem quer conhecer a forma de enlatar sardinhas.
ResponderEliminarÉ um fartar.vilanagem.com
Tudo medidas ridiculas, como quase sempre! A Carris secalhar põe autocarros articulados porque é bonito, não é porque fazem falta! A CML só tem inuteis!
ResponderEliminarA maioria dos electricos tradicionais tambem têm motor Siemens identico aos articulados. Só os turisticos e os de reserva, que pouco saem à rua é que não têm.
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ResponderEliminarO arquitecto Salgado devia autorizar apenas a circulação na Rua do Arsenal de carroças puxadas por burros, mas com pneus de borracha.
ResponderEliminarNão se aguenta mesmo tanta conversa da treta como esta: a autarquia vai "pressionar a Carris para alterar a frota de veículos que circula na Baixa, optando por veículos de menores dimensões, menos poluentes e menos ruidosos". "A Rua do Arsenal vai ser reperfilada, os ca(rr)is - suponho eu - dos eléctricos vão ser levantados e reposicionados, deslocando-se para sul, o que permitirá alargar o passeio Norte junto aos estabelecimentos comerciais".
É mesmo areia atirada aos olhos do cidadão.