Ao ver esta imagem bem como a vista aérea do projecto que se publica, duas questões se me levantam. Uma sobre o gosto discutivel que é o chão tipo Burburrys em materiais igualmente discutiveis. Outra bem mais séria é a alteração da posição da estátua de D. José que deixa assim, ao que parece, de ficar virada para o rio para ficar de lado, alterando desta forma o projecto pombalino o que é inaceitável em termos de glorificação da personagem régia que obviamente não se encontra naquela posição desde 1755 por teima dos arquitectos reais nem de Machado de Castro seu autor. Espero honestamente estar a ler mal o projecto ou então o arquitecto não sabe desenhar o que é igualmente preocupante.
porreiro páh!...uma praça à com deve de ser...
ResponderEliminarárida, desertica, desconfortável...
ResponderEliminaré só o que me ocorre
amigo, onde baseia o seu comentário de a estátua ficar virada? no render dá um pouco essa sensação, mas vendo mais atentamente parece ilusão de óptica, não será disso?
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ResponderEliminarAqui podem ver todas as imagens (3D) onde se percebe bem que a estátua não sai do sítio!
ResponderEliminarhttp://lx-projectos.blogspot.com/
Quanto aos losangos, realmente visto em planta também não me cativa, mas ao nível do solo resulta bem - as diagonais quebram com a monotonia da praça. Já o desenho mais aleatório das esplanadas laterais, junto às galerias, parece-me bem interessante.
Só me ocorre um comentário: a sede de atacar, de dizer mal, de desfazer o trabalho dos outros, de falar barato, é tanta, que até vale a pena correr o risco de fazer comentários ridículos e patéticos como estes, sobre alterações que não existem...que paciência!
ResponderEliminarEsta entrada foi precipitada.
ResponderEliminarNo tempo que dispendeu para criticar a mudança de posicionamento da estátua teria sido possível examinar mais renders e verificado que tal não ia acontecer. Nem teria de procurar longe dado que duas entradas antes o Paulo Ferrero tinha colocado um link que iria esclarecer-lhe todas as dúvidas que essas imagens pudessem suscitar.
Quanto ao projecto, resta dizer-me que fiquei agradavelmente surpreendido e acho uma mudança muito positiva em relação ao que lá está agora.
Isto é para vermelho directo.
ResponderEliminarHá propostas muito directas de como devem ser tratados estes casos (veja-se nos comentários do primeiro post sobre este projecto).
ResponderEliminarA consulta pública em casos tão referenciais é fundamental.
Fugir-lhe resulta nisto: um estudo final que não contempla premissas básicas e passa a ser alvo de críticas mordazes, com razão.
E isto é que é grave: as coisas resultam de tal forma que, mesmo que tenham alguma parte válida, até isso passa a ser nivelado por baixo, atendendo à vontade de tentar corrigir o erro. De tentar fazer com que a futura obra (que é o que interessa) não enferme dos vícios que foram detectados.
Os projectos servem para isso -para testar uma solução e permitirem executar a obra de forma adequada.
Corrigir um projecto enfermo é uma virtude de quem sabe o que anda a fazer.
Persistir no erro que foi detectado por quem sabe, não é virtude nenhuma: é burrice.
Infelizmente tem sido apanágio comum dos nossos políticos, que quase sempre evitam os conselhos de quem sabe.
Olhem o que aconteceu na Av. dos Aliados, no Porto. Houve uma enorme contestação ao projecto por parte dos especialistas na área do património e Rui Rio fez orelhas moucas.
Só passados vários anos veio reconhecer, á evidencia da obra, que de facto devia ter sido bem melhor - estragou-se património que o povo considerava.
Aprendendo com os erros dos outros: aqui pode-se fazer muito melhor que isto, que não vai dignificar ninguém, muito pelo contrário - não se vai criar um espaço que cative a utilização, e vai-se estragar o dinheiro que não temos...
Não há autores milagreiros que acertem sempre em todos os projectos.
Por vezes sai nódoa... e esta é muito grande.
Parece-me ser de toda a conveniência que a requalificação da nossa praça de referência merecia um concurso de ideias e um júri credíval para avaliação das propostas. Considero este projecto discutível e nada melhor que um concurso para restituir à Praça a dignidade que ela merece incluindo a resutilização dos quarteirões das arcadas que serão libertados de alguns ministérios.Caso contrário, correremos o risco de andar a requalificar este paço, de tempos a tempos, consoante as iluminárias que vierem a ocupar o domus municipalis.
ResponderEliminarÓ Sr. Rui Santos,desculpe, mas monotonia da Praça?
ResponderEliminaré com esse tipode conversa que os Srs. Arquitectos querem vender-nos as suas ideias.
Antigamente trabalhava-se para o conjunto, hoje é para ver quem fazer mais original e diferente.
Cansativo!
é um facto. é uma praça gigantesca. de tal forma que se torna monóton a, dada a grande extensão sem qualquer elemento dissonante.
ResponderEliminarse tiver elementos a mais, será uma confusão.
é um equilíbrio dificil.
mas é um facto. com este desenho torna-se ainda mais chata.
apesar de linda.
não é contraditório.
Será que os especialistas consultados e que aprovaram este projecto estão a pregar-nos uma grande partida? Como é que qualquer pessoa com alguma formação e gosto pode gostar de um projecto que parece um parque temático das descobertas - que haviam acontecido há mais de 200 anos à data da construção da praça - e essas linhas até já foram usadas em chão de centros comerciais? O facto de chamar-se a esta praça "do comércio" não faz dela um centro comercial onde colocar elementos decorativos subordinado ao tema são atractivos aos clientes. E o chão da placa central é de facto vertido directamente do padrão de camisolas - de novo terá o arquitecto confundido o comércio de loja de roupa com praça representativa e monumento nacional?
ResponderEliminarserá que a marca vai pedir direitos de autor?
ResponderEliminare aquelas linhas erráticas, só muito à pressão, é que fazem lembrar mapas das descobertas.
ao menos que sejam assumidas e com gosto.
lembro-me do excelente trabalho em calçada portuguesa feita no parque das nações, sob o tema, "monstros marinhos" que está junto ao oceanário. Lindíssima.
Ainda assim, desenhos naquela praça não têm nada a ver.
Mais vale manter o chão cor de terra, como está actualmente, e junto às arcadas, calçada portuguesa, simplesmente branca.
uns banquitos de pedra não faziam mal a niguém e não incomodam.
umas arvorizitas de pequeno porte não estragavam nada a escala.
elevar a praça junto ao rio, só se for mesmo para travar as inundações.
simples
Pera pera, aqui é que ficavam bem aqueles contentores....
ResponderEliminarolha pois é
ResponderEliminarsão geométricos e, claramente, quebram a monotonia da praça e dão-lhe cor.
têm a vantagem de impedir o trânsito (dos peões, também, é certo).
e todos empilhados dá para fazer um belo miradouro para o tejo e tapam a vista para o arco da rua augusta, que está nojento.
depois, alguns dos contentores até têm verdete e ferrugem e assim já fazem conjunto com a estátua e os quadrados do chão.
fazem sombra, servem de café e abrigo aos pedintes, dá para os churros e guardar os carrinhos de choque.
ainda servem para garagem dos ministérios e venda de bilhetes da carris.
atirados ao rio, ainda servem de pontão, para se poder pescar.
se forem ao fundo ainda servem de tunel para almada.
é só vantagens.
Como eu já disse um autêntico estampado de camisola ao estilo escocês em terras Lusas.
ResponderEliminaré progresso...imita-se a europa...
ResponderEliminarPor favor parem de falar em monotonia da Praça.
ResponderEliminarA Praça é linda e tem elementos como o Castelo ou mesmo o rio que ajudam bastante nisso.
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ResponderEliminarNão é camisola escocesa: é betinha mesmo!
ResponderEliminarLisboa tem tradições como todas as velhas cidades e uma coisa que me choca é, muitas vezes, e não são poucas, elas não serem acarinhadas e defendidas por quem tem obrigação de o fazer (talvez não tenha é cultura para isso).
ResponderEliminarNa nova arquitectura (estou a falar da de qualidade) os ferros forjados e fundidos das sacadas e varandas, morreram, as trapeiras, também e o uso de azulejos, desapareceu, etc. É claro que não estou a defender o anacronismo de que se fazerem construções e decorações iguais às de séculos passados, mas, dentro da moderna arquitectura, é possível usar essas tradições, renovadas, reinventadas, mantendo o específico carácter de Lisboa.
Mas além de não haver capacidade para essa reinvenção e recreatividade, verifica-se ainda a destruição de expressão dessa genuidade.
Quando o Metropolitano foi ampliado, e nele, muito bem, se introduziram elementos decorativos modernos, dentro da tal tradição de cidade, receei, contudo, que fossem destruídos os azulejos de Maria Keil das estações antigas. Felizmente assim não sucedeu e foi possível arranjar e modernizar as estações salvaguardando o que nelas havia de bom, próprio de uma época, denotando o bom gosto, inteligência e cultura de quem tal decidiu.
Isto vem a propósito da destruição da belíssima moldura de calcetado existente na Praça do Comércio, o nosso Terreiro do Paço, o que denota duas coisas: o desprezo por uma obra de arte, que é disso que se tratava, e a incapacidade de integrar num arranjo moderno de que indubitavelmente a praça carecia, aquele desenho de pedra, por sinal bem feito. Foi pena, atendendo que parece não ser possível voltar a a essa qualidade, mesmo se se quisesse repô-lo, dado o péssimo trabalho que se vê em novos calcetados de Lisboa e reparações de outros, como, por exemplo os grosseiros remendos que vão sendo postos no talvez mais bem feito e belo que é o o pavimento da Praça do Império. Como ela já é antiga, oxalá, não haja uma cabecinha pensadora que a forre de asfalto ou outro qualquer revestimento de terraço de casa dos subúrbios.
Maria Filomena Folgado