Temos que voltar à liça e voltar a fazer ver a estes Senhores os erros que estão querendo deixar para as futuras gerações, se continuarem insistindo nestas mudanças e alterações absurdas dos Museus de Arqueologia, Coches e Marinha. Eu por mim não me apetece ficar corresponsável senão contribuir para evitar tais erros. Eles pagam-se sempre caros.
Quando se começaram a falar nas comemorações da Républica e com esse pretexto e o da reestruturação do antigo IPPAAR pelo actual IGESPAR, tinham estes Senhores Governantes de mostrar serviço e vai daí toca a vomitar ideias, sem pensar, ouvir, testar e auditarem as populações e as forças vivas. É grave muito grave meus Senhores.
Soube-se então das ditas intenções destas geniais cabecinhas:
1. O Museu Nacional de Arqueologia, saíria das actuais instalações que ocupa no Jerónimos e iriam instalar-se com o seu acervo, mais bibliotecas do antigo IPA para o magnífico edificio da Cordoaria, com as nefastas consequências de dividir um edificio que deverá sempre viver com as suas naves limpas de divisões;
2. O Museu dos Coches, atravessava a rua, passando a exercer a função de Picadeiro, que já se comprovou que não tem as dimensões adequadas, para um novo edíficio a construir no antigo quartel militar que serviam de instalações ao já extinto IPA. Sendo que o novo projecto deixa muitas reservas quanto à volumetria e impacto que deixariam na envolvente e ;
3. O Museu da Marinha aproveitava a saída do Museu Nacional de Arquelogia e expandia-se para os seus actuais territórios.
Ora tudo isto me parece um total absurdo e deixo aqui um pedido de reflexão aos leitores deste blog por forma a fazer chegar estas preocupações a quem de direito e que ainda vão bastante a tempo de emendar a mão.
Passo sómente a deixar alguns argumentos que servirão de sugestões e reflexões:
1. Que tal deixar o Museu Nacional de Arqueologia onde está, nos Jerónimos, deixando este expandir-se pela sua natureza, para o Museu da Marinha e conseguindo finalmente expor o excelente acervo que existe nas suas instalações e que raramente são vistas. Criar aí a excelente biblioteca do antigo IPA e igualmente um novo laboratório para a Arqueologia que tanto carece;
2. Deixar o Museu dos Coches onde está e bem, há muito, e que respeita na perfeição o antigo Picadeiro Real e fazer da antiga unidade militar uma expansão do actual museu dos coches, com oficinas de restauro e na restante área criar um novo Museu do Automóvel de exploração privada em virtude de Portugal ter em mãos privadas uma das maiores colecções de carros antigos do Mundo e a maior colecção de Mercedes antigos em todo o Mundo e ;
3. Que o Museu da Marinha passe finalmente para a Cordoaria, edíficio que pertence à Marinha e que sempre fez parte da nossa História como edíficio ligado à nossa glória da expansão marítima e das pescas.
Desculpem se me alongei, mas deixo isto à meditação e ponderação.
José Santiago
Concordo inteiramente. Essa solução que propõem tem a vantagem adicional de não ser muito cara porque não há obras pesadas. Trata-se de utilizar correctamente os recursos que já existem. Infelizmente o bom senso é um bem escasso em muitos dirigentes...
ResponderEliminarSalvador
ResponderEliminarHavia para aí um sr, com uma ideia "gananciosa", de transformar o picadeiro no "stand" de vendas das suas azèmulas, puros sangues claro está e nós, os pacóvios, os labregos, (infelizmente para ele, uns mais que outros), pagaríamos do erário público, a manutenção do espaço e o subsequente restauro, enquanto que ele engordaria o seu pé de meia.
Até fez uns cartazes, muito bonitos diga-se de passagem, com as ditas alimárias, todas engalanadas, a desfilar, no já transformado picadeiro, numa acção de transforming e pura acção circense de lavagem cerebral.
Não conseguiu levar, para já, o seu projecto para a frente:
Nem ele, nem os coorporativos vendilhões do templo... do betão, que se puseram ao lado do projecto (ou do autor?) e o defenderam com unhas e dentes, sem saberem mais dele (projecto), do que os "renders" que se viam por aí. Talvez por isso mesmo, tiveram que se valer de nomes sonantes e entendidas no assunto, como será certamente o caso da exma sra dona Rosa Mota e da estudantada toda de arquitectura( ou assinas ou levas)
Isto misturado com a falta de concurso; com a passagem "ad hoc", do espólio de arqueologia para a Cordoaria; com a inequalificável retirada dos coches do espaço actual, para os enfiar num espaço "garagem", dado como muito bom e apresentado com facto consumado pelas mais altas individualidades do país, para não falar da verdadeira afronta que, displicentemente se faz, á memória de quem merece respeito por ter pensado em instituir o actual museu dos coches, dá uma boa telenovela, bem á portuguesa.
Quanto ao seu post, Sr José Santiago, só lhe posso dar os meus parabéns.
Alterações comedidas, bem pensadas e que recuperem os espaços, sobretudo o Grande Museu dos Coches.
ResponderEliminarNada de esbanjamentos desnecessários em obras de regime.
Concordo em absoluto com o post.
acho que se devi gastar verbas no que é necessário para o Pais e não em investimentos destes quando existem outras prioridades...é preciso melhores escolas, hospitais, esquadras de policia etc, etc...os museus em Portugal são um TÉDIO...
ResponderEliminarVenham todos no próximo dia 19 de Maio, pelas 17 h, no auditório do Museu Colecção Berardo onde se vai reunir a totalidade dos directores dos museus de Belém para podermos emitir a nossa opinião.
ResponderEliminarobrigada a todas as pessoas atentas, ainda somos muitos
Caro José concordo plenamente, pouco dispendioso mas completo, economicamente falando eficiente e eficaz!
ResponderEliminarEu nunca percebi o porque de fazer um picadeiro no MNCoches, tendo em conta que existe um excelente picadeiro da GNR na calçada da ajuda, poucas portas acima do Palácio de Belém...
ResponderEliminarPolitiquices
Concordo plenamente. Equilibrado e económico. Poe-se o problema apenas da Cordoaria pos o espaço existente não chega e obras de ampliãção é o que me assusta já no actual projecto visto tratar-se a mesma de Monumento Nacional
ResponderEliminarPassar o museu da marinha para a cordoaria ??? Sugestão completamente idiota. Seria como meter o Rossio na Rua da Betesga. O nível cultural deste blog está cada vez mais baixo!
ResponderEliminarSalvador
ResponderEliminarPor acaso entendo que a ideia faz todo o propósito:
Existe uma intíma relação entre o monumento Cordoaria Nacional e a Marinha; existem terrenos livres a Nascente, onde podia ser colocado parte do espólio, em edifício apropriado, (foi pena não terem aproveitado os antigos pavilhões da FIL, reformulando-os).
Bastava estabelecer uma ligação, mesmo que não física, entre este edifício e a Cordoaria; enfim, prático e pouco dispendioso.
Tenho que aqui voltar e voltarei certamente sempre que for necessário para responder aos comentários que são aqui deixados:
ResponderEliminar1º Para agradecer a todos o deixarem as vossas críticas, pois só assim vale a pena e deixa de ser um simples diário em colectivo. Cidadania é isso mesmo;
2º Para responder concreta e objectivamente, sem querer melindrar ninguém, ao anónimo das 12:08 PM. Peço-lhe desde já desculpas se a minha proposta quanto à deslocação de parte do Museu da Marinha, a área que ocupa o edíficio dos Jerónimos, para a Coordoaria o preocupou assim tanto.
Se soubesse que o deixava tão incomodado, tal não o teria feito.
Tenho apenas uma certeza que V. Exª. aqui afirmou, o Rossio não cabe mesmo na Betesga.
Aceite os meus cumprimentos e peço outra vez desculpa de qualquer coisinha.
José Santiago.
Está desculpado. Mas que não volte a acontecer!
ResponderEliminarTotalmente de acordo!
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