In Público (12/5/2009)
Inês Boaventura
«A Câmara de Lisboa rejeita as críticas, na origem de três abaixo-assinados, e fala em falta de informação
A construção de ciclovias na Rua de Entrecampos e na Avenida Frei Miguel Contreiras, em Alvalade, está a gerar um coro de protestos, tendo o PCP e o PSD lançado três abaixo-assinados contra a iniciativa da Câmara de Lisboa. O vereador Sá Fernandes garante que no caso da primeira artéria nada está decidido e atribui as críticas a falta de informação.
Sublinhando ser "inteiramente favorável" à existência de pistas cicláveis, o representante da CDU na Assembleia de Freguesia de Alvalade, Pedro Duarte Silva, considera "profundamente errada" a criação de tal equipamento na Rua de Entrecampos, dada a "estreiteza" desta artéria. O eleito acrescenta que isto vai "prejudicar ainda mais o problema do estacionamento" e alerta para o risco de acidentes envolvendo ciclistas e transeuntes, já que a ciclovia vai nascer "a uma distância muito pequena das entradas e saídas dos prédios".
Estas objecções levaram à apresentação de uma moção na assembleia de freguesia, aprovada por todas as forças políticas, e à criação de uma petição que reuniu 210 assinaturas e já foi entregue à Câmara de Lisboa. Mas os protestos não ficaram por aqui e nos últimos dias a CDU e a Junta de Freguesia de Alvalade, presidida pelo PSD, lançaram mais dois abaixo-assinados.
O da CDU, que pede à autarquia uma revisão do traçado, refere-se à ciclovia cuja construção já arrancou na Avenida Frei Miguel Contreiras, invocando que vai reduzir o estacionamento e agravar o trânsito. Estas críticas são partilhadas pelo executivo da junta de freguesia, que numa carta distribuída da zona defende que o equipamento "é extremamente lesivo dos interesses dos fregueses e moradores", acarretando "problemas de segurança" devido à "diminuição da largura do passeio existente".
O vereador do Espaço Público da Câmara de Lisboa atribui estas críticas a falta de informação, garantindo que no caso da Avenida Frei Miguel Contreiras "não se tira nenhum lugar de estacionamento", tendo além disso sido acordada com a Rede Ferroviária Nacional a realização de uma série de obras ao longo do caminho de ferro entre Sete Rios e a Avenida Gago Coutinho, como a plantação de árvores, intervenções em espaços verdes e um incremento da iluminação.
Quanto à Rua de Entrecampos, Sá Fernandes diz que a construção da ciclovia "ainda não está decidida", já que este equipamento deixará de ser necessário se se avançar no Bairro de São Miguel com a criação de uma zona onde os automóveis não possam circular a mais de 30 km/h. Seja qual for a solução adoptada, o vereador diz que até do fim do ano vai ser possível ir de bicicleta desde o Campo Grande até à Gago Coutinho.
A junta de Alvalade não quer ciclovias na Rua de Entrecampos e na Avenida Frei Miguel Contreiras»
E o Zé já informou quando será feita, com pompa e circunstância, a inauguração, no início do Verão, da ciclovia ribeirinha entre o Cais-do-Sodré e Belém?
ResponderEliminarFalta pouco mais de um mês...
A junta prefere ser força de bloqueio do que trabalhar em prol dos habitantes.
ResponderEliminarAcham que o limite de 30km/h resolve alguma coisa sem fiscalização?
Abriu a caça ao Voto - quem dá mais!!!
ResponderEliminarPopulistas e demagogos.
Estava a tentar não dizer imbecis mas não me contive....
Viva o Santana que muda mais de opinião que um cata-vento e os comunistas também....Afinal os operários hoje em dia querem é andar de pópó, nem que os filhos passem fome.
Bora tabelar o preço do petróleo esse bem fundamental para o passeio higiénico de fim de semana e o pasto da hora de ponta!!!
Maneira que os operários não são pessoas e não têm direitos como os outros!!!
ResponderEliminarTanta gente estupida que anda para aqui!
perigoso é a quantidade de carros que existe na cidade e a velocidade a que circulam. Lisboa é uma cidade clicável e poderá ser uma das capitais europeias com melhor mobilidade se as infraestruturas forem criadas. Prioridade para os peões, bicicleta e transportes públicos.
ResponderEliminarEu enquanto ciclista não sinto falta de ciclovias. Não me chateia nada andar na estrada, e regra geral há respeito por parte dos automobilistas para com os ciclistas.
ResponderEliminarSó usei uma vez uma ciclovia em Lisboa, foi a do Campo Grande, de resto as minhas deslocações uma vez que são movimentos pendulares nunca são abrangidos por ciclovias.
Problema: Os passeios vão ficar estreitos?
ResponderEliminarSolução: Corta-se o trânsito a carros na rua e transforma-se a dita em ciclo-via.Assim a largura do passeio mantém-se.
O Xico205 sendo ciclista, se calhar não é tão mau quanto faz parecer nos comentários! E concordo a 100% com o que diz.
ResponderEliminarNoto também que é interessante que a única ciclovia que tenha usado seja a de entrecampos já que esta é a única que existe em Lisboa.
Gostava de fazer notar que em nenhuma destas notícias sobre o assunto se informa do real plano da ciclovia, que vai implicar um aumento de largura dos passeios (e não diminuição), diminuir a velocidade do trânsito e requalificar a zona, tornando-a mais agradável. Enquanto ciclista, agradeço.
Neste plano, se calhar o que fazia menos falta era a ciclovia: o trânsito a velocidade moderada e menos carros chegariam.
A do Campo Grande é pessima. Só raízes em baixo sempre aos solavancos. Tem que se ir em pé!!!
ResponderEliminarHá agora uma ciclovia em Campolide pero das Twin Toers, mas muito pequena.
Acho que há mais ciclovias lá pa zona ribeirinha de Belém, e em Monsanto mas como os meus movimentos pendulares não são por aí!
*towers
ResponderEliminarPorquê que eu havia de ser mau? So porque respondo à altura a comentarios menos próprios? Tenho direito à minha opinião.
Peço desculpa mas tenho de vos fazer uma correcção.
ResponderEliminarPrimeiro ao João Branco pois esqueceu-se que a de entrecampos não é a única (e.g. ciclovia da radial de Benfica).
Em segundo ao Xico205 pois a ciclovia ao pé das Twin Towers de pequena não tem nada (relativamente às restantes claro). Vai desde Campolide até à Amadora. Com as passagens que estão a construir será possível daqui a alguns meses ir da Amadora até ao Parque Eduardo VII e supostamente cruzará com outras ciclovias pelo caminho o que me parece bastante positivo.
Obvio que muito falta por fazer. O que interessa como todos sabemos é ter uma verdadeira rede ciclável. No entanto é bom ver que tem havido um esforço nesse sentido. Só é pena a oposição que estes projectos têm tido.
Talvez o esteja a confundir com outro comentador, Xiko, mas pareceu-me por outros comentários que era um daqueles fundamentalistas pró-automóvel :)
ResponderEliminarA ciclovia a que se refere está de facto em péssimo estado. É um bom exemplo da razão porque prefiro ciclofaixas e trânsito moderado a ciclovias. Cumprimentos
Ai valha-me Deus, que já nem os ciclistas se entendem neste país: ciclovias, ciclofaixas, estradas/ruas com trânsito moderado...
ResponderEliminarAfinal o que é melhor? Ou pode ser tudo ao mesmo tempo?
Por mim são tudo mariquices que não fazem falta, mas quando as ciclovias existem uso-as. Acho melhor ficar tudo como está. Não há regulamento a bicicletas podem andar em todo o lado, passeios, estrada,e não têm que cumprir semáforos. Circula-se por onde for melhor na altura.
ResponderEliminarQuanto ao ser fundamentalista com automóveis, não sou fundamentalista em nada, simplesmente gosto de bom senso.
Mas como sempre me ensinaram a dar o dobro do que me deram, respondo com o dobro do fundamentalismo ao que me foi apresentado!
Respondem-me bem levam com uma resposta ainda melhor, respondem-me mal...
Xico205, mas o capacete é obrigatório não é verdade?
ResponderEliminarNão! Opcional.
ResponderEliminarObrigado pela informação.
ResponderEliminarSempre ás ordens. LOL
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