In Público (2/5/2009)
Inês Boaventura
«O presidente do Grémio das Empresas de Conservação e Restauro do Património Arquitectónico (Gecorpa) considera que a intervenção da Câmara de Lisboa ao nível da reabilitação "tem sido um desastre" e apela a que as obras recentemente anunciadas sejam entregues a pequenas empresas especializadas e não a grandes empreiteiros generalistas.
Vítor Cóias, que preside ao grémio que reúne cerca de 40 associados, vê com bons olhos o abandono pela autarquia das megaempreitadas, lembrando que em bairros históricos como a Mouraria há obras "paradas há anos e anos". Isto, porque, diz este engenheiro civil, "o dinheiro acabou a meio", depois de "as grandes empresas adjudicatárias se valerem das insuficiências e indefinições dos projectos e deixarem a obras".
O presidente do Gecorpa acredita que a melhor solução é entregar as 345 empreitadas que a Câmara pretende lançar a pequenas empresas vocacionadas para a reabilitação. Só estas, diz Vítor Cóias, têm a "qualificação" para o efeito, não avançando sem conhecerem os edifícios, o estado em que se encontram, os seus materiais e eventuais anomalias, além de dominarem a "tecnologia" necessária. O mesmo técnico alerta para a necessidade de se apostar na qualidade dos projectos de execução, "senão surgem trabalhos a mais, que esgotam os montantes disponíveis para se fazer as empreitadas, que ficam a meio ou são aldrabadas".
Vítor Cóias lembra ainda a importância de esses projectos contemplarem a segurança dos edifícios, "em particular a sua resistência aos sismos", salientando que essa intervenção estrutural "não agrava substancialmente o custo da intervenção". "Não vale a pena termos edifícios muito bonitos, se as pessoas estão sujeitas a morrer lá dentro", conclui o presidente do Gecorpa»
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Diz quem sabe que o Gecorpa é uma excelente instituição. Ora aí está alguém que devia ser parceiro a ter em linha de conta para toda e qualquer operação de reabilitação urbana, estrutura consultiva do PDM, etc., etc.
BOA CHANCE!!!
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