Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
06/05/2009
Protesto pela demolição iminente do edifício do Campo Grande 176-184
Exmo. Senhor Presidente de Câmara,
Dr. António Costa
Exmo. Senhor Vereador do Urbanismo,
Arq. Manuel Salgado
Vimos pelo presente reclamar junto de V.Exas. por mais uma demolição inexplicável , na circunstância a do edifício sito no Campo Grande, Nº 176 a 184 (fotos em anexo); incluído em estudo encomendado e publicado pela Câmara Municipal de Lisboa em 1991, «Arquitectura do princípio do século XX em Lisboa, 1900-1925" (página 102), que já foi lindíssimo, mas que estranhamente não está referenciado na Carta Municipal do Património anexa ao PDM.
Sabemos que este edifício está abrangido por uma operação de loteamento juntamente com três outros prédios de muito menor valor, entretanto demolidos (lotes 186-208), transformada em Plano de Pormenor e actualmente em apreciação na CML, facto que implica que, quando forem aprovados os Termos de Referência (o que ainda não aconteceu), seja o mesmo sujeito a debate público.
No entanto, enquanto o processo decorre, o proprietário do imóvel, a Tricos - Imobiliária, S.A.. tem vindo a retirar telhas da cobertura para assim acelerar a degradação da estrutura interior, tendo recentemente instalado na sua fachada principal e na do lote vizinho, uma grande tela publicitando uma nova construção a erguer no local.
Pelo exposto, vimos apresentar o nosso protesto a V.Exas. por:
1. O referido edifício não estar incluído na Carta Municipal do Património anexa ao PDM, facto que consideramos indesculpável, sobretudo numa altura em que a própria CML se diz empenhada em garantir a preservação do património edificado em sede de revisão do PDM.
2. A CML ter permitido ao proprietário adulterar severamente o edifício em causa, desvirtuando-o de forma a tornar a sua demolição "irreversível", no que consideramos ser um acto criminoso, a que urge pôr cobro, se de facto se pretende preservar e valorizar o património.
3. Num caso como este, em que está em causa a manutenção de um dos últimos edifícios de valor arquitectónico do eixo Campo Grande-Saldanha, a CML não promova o debate que se exigia fazer, envolvendo a população local.
Pedimos a V.Exas. tomem este nosso protesto em devida conta e ajam em conformidade.
Na expectativa, subscrevemo-nos com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, João Chambers, Júlio Amorim e Virgílio Marques
Esses da CML são uma cambada de bitch's, olham mais para o dinheiro que pela própria cidade.
ResponderEliminarPeço aos autores desta missiva de não deixarem morrer o assunto e a exigir, por parte da CML, uma resposta. É necessário, também, que se consiga a preservação dos interiores.
ResponderEliminarO que se deveria fazer é uma lista completa de todos os edifícios de interesse que se encontram em lista de espera para uma demolição, integral ou de interiores e enviá-los para a CML para que se lembrem que, quando entrarem pedidos de obras relativos a esses edifícios que estes estão a ser vigiados e que vão haver protestos caso a CML permita a sua destruição.
Quando digo edifícios de interesse refiro-me àqueles com interesse arquitectónico intrínseco mas também àqueles que, não sendo especialmente importantes per si, são-no no enquandramento de uma rua ou bairro. As nossas ruas e avenidas estão a transformar-se em aberrações de retalhos com arquitectura moderna - 99% desinteressante, estafada ou até francamente má - e edifícios dignos ou banais de décadas passadas mas com uma identidade meritosa. Quase não há, em Lisboa, uma verdadeira grande avenida que, como em Paris ou Madrid, se sinta a beleza de épocas mais românticas arquitectonicamente ao caminhar-se pelas suas calçadas. E depois pagamos imenso dinheiro para ir ver fora aquilo que tivemos e destruimos. Faz isto sentido? Os políticos que se perguntem!
Que triste notícia
ResponderEliminarProfundamente lamantável!
ResponderEliminarHá que parar este processo e todos os outros que vêm descaracterizando a nossa cidade, transformando-a num aglomerado de cimento terceiro-mundista.
Apoio os esforços e qualquer iniciativa pública para parar este processo específico e este descalabro generalizado!
É uma vergonha!
ResponderEliminarE como já foi tudo dito, desejo aos autores deste protesto escrito a maior das sortes.
um escândalo!
ResponderEliminarVergonhoso. Como é possível?
ResponderEliminarNão venham com histórias! SE uma Autarquia não tem hispótese de travar esta coisa então há que refundar todo o sistema.
ResponderEliminarSE isto vai abaixo, nada se salva nesta cidade!
ResponderEliminarPetição Online Já! Este prédio representa muitos outros da cidade.
ResponderEliminarHoje em dia o Campo grande é um mostruário do pior que se faz nesta cidade , pois deixou-se demolir bons edifícios com o argumento que já não se enquadram
Se começarem a demolir alfama aos pooucos, vão ver que vai tudo abaixo pois já não se enquadram.
Um nojo!
Criminosos
ResponderEliminarNão pode ser! Mandem para os jornais! Façam petições!
ResponderEliminarIsto éum crime.
Depois da demolição do Monumental, pensei que nunca mais coisas destas acontecem.
Qual é o anormal do empreiteiro que prefere fazer um prédio novo (e sem beleza nenhuma, a julgar pelos caretazes que lá estão) a pelo menos, manter esta fachada?
ResponderEliminarVai contra todas as leis do bom senso e de sentido comercial. Este prédio tem imenso cachet e charme, se mantivesse esta fachada.
Venderia muito mais depressa.
Deve ser um pato bravo dos suburbios.
É o que dá terem passado os impostos municipais para as câmaras. Ou alguma vez se achou que as autarquias iam cumprir qualquer regra ou ter bom senso, se impedir estas coisas significaria acabar com a mama?
ResponderEliminarO meu patrão até pode matar gente, mas se é ele que me paga o ordenado, vou denuncia-lo?
Podem dizer que sim, mas cheio de valores e barriga vazia é que não.
Apoio a ideia de se fazer uma petição online.
ResponderEliminarO que é que se passa com estes autarcas!!!??? A demolição pode ser um vício implacável enquanto que o voto pode ter um valor residual. Concordo com a petição e sugiro ainda uma moção de censura.
ResponderEliminarPetição Já!
ResponderEliminarIsto não pode ser!
Isto tem de acabar!
Já que se fez tanbto barulho com o edifício do Rato, este merece muito mais!
Estou mesmo a ver que, mesmo que a fachada ficasse, "por lapso", o empreiteiro mandava aquilo abaixo.
E se calhar já se está a preparar para o fazer, para mais ninguem poder dizer nada.
A população não pode deixar isto acontecer.
ResponderEliminarConcordo com a petição.
é estranho como é que as meninas da Ordem dos Arqs desta vez não fazem petição nehuma nem se insurgem indignadas...
ResponderEliminarAo fórum: temos de nos juntar e impedir que isto aconteça!
ResponderEliminarEste edíficio é único na cidade de Lisboa. É lindissimo, extraordináriamente bem articulado em termos arquitectónicos tem proporções magnificas, e consegue espelhar na fachada o desenho do espaço em planta, coisas que poucos sabem fazer. Merece ser salvaguardado e não se compreende a sua demolição.
ResponderEliminarOnde está a Helena Roseta que é arquitecta? Já deve estar de arranjinho com o Costa...
ResponderEliminarComo é possível uma coisa destas?
ResponderEliminarComo outros, faz-me lembrar a demolição daquele edifíco lindíssimo de um gaveto co Campo Pequeno/Av. República.
ResponderEliminarPara depois estar lá aquele buraco há anos.
Neste caso nem será buraco, mas um prédio de menor qualidade, igual a tantos outros.
Criminoso.
Vão deixar o Costa fazer isto?
ResponderEliminarParem imediatamente com a destruição de edifícios anteriores aos anos sessenta do séc. XX. Ataquem os edifícios dos anos 70 - mostrosidades - e dos anos 80 e 90 - sensaborões, sem qualidade, pequenos!
ResponderEliminarAcabem com a especulação e as tentativas de fazer dinheiro à custa do património histórico da cidade. Quem é proprietário de um edifício destes ou outros de qualidade e não cuida dele não o merece! Mas aqui entram os políticos para acabar com a gula desmedida dos proprietários mas cadê eles! E querem vocês o meu voto, o nosso voto. Pensemos é como mandar uma mensagem bem clara a TODOS os que vão concorrer à CML!
Não podemos ficar parados perante as dezenas de demolições de belos edifícios que ainda dão alguma identidade à chamada zona das Avenidas Novas.
ResponderEliminarQuerem transformar Lisboa numa gigantesca Amadora, (sem ofensa aos seus moradores) a mando dos especuladores/curruptores imobiliários.
Também na Av República nº45, um arte nova frente a outro classificada já está sem interiores e parte da platibanda foi abaixo.
São muitas dezenas (centenas?) de demolições autorizadas, quer de excepcionais interiores quer de fachadas.
Apélo ao Forum Cidadania para ser lançado um Abaixo Assinado
Peço desculpa, o arte nova destruído na Av República é o nº 25.
ResponderEliminarTambém na Av República foi autorizada a demolição dos nº 46 e 48 e Elias Garcia 62, na Duque Loulé outro característico imóvel com mais de 60m de frente, nº 86, 90 e 94.
São dezenas, com tantos anos de Lisboa, nunca vi nada de semelhante.
Sendo esta a política, a do CAMARTELO, muitos outros proprietários irão pedir o mesmo ou abandonar os edifícios.
Os lisboetas estão, cada vez mais, a serem EXPULSOS DA SUA CIDADE.
O que ainda estam a espera para fazer uma peticao?
ResponderEliminarIsto e' uma das mais vergonhas se deixarem este edficio vir abaixo.
Helena Roseta. Sa Fernandes, Ruben de Carvalho, vamos la lutar contra esta vergonha. Eu ate prometo votar no Santana Lopes se ele conseguir com que se recupere esse edificio como ele era antigamente.
P.s- A que lembrar que na fachada desse predio se encontravam azulejo muito belos, gostava de saber o que e' feito deles, e se alguem conseguem arranjar fotos do predio ainda com esses bedlos azulejos arte nova
Sugiro que se abra um período de caça ao pato bravo dessa tricos-imobiliária, que deve ser uma m* de uma imobiliária espanhola, que no país deles não faz este tipo de assassinatos ao seu património.
ResponderEliminarPorque é que estes c* não têm um pingo de vergonha naqueles focinhos e não protegem o nosso património, pois foi para isso que foram eleitos?
Crime!!! Até fico mal disposto ao ver estas noticias...será possível que não existe alma viva que resgate este prédio? porque não me calha o euromilhões...
ResponderEliminarHoje em dia as redes sociais são a melhor forma de "unir" vontades contra estas aberrações. Proponho que divulguem no Facebook entre outros uma campanha para ninguém comprar apartamentos que vierem a ser contruidos no local assim como apartamentos deste promotor.
ResponderEliminarNão se esqueçam que foi o Santana Lopes e as suas p***s, que aprovaram a demolição deste edificio.
ResponderEliminarEu continuo na minha. Camaras só com a CDU. Não há segundos interesses.
ResponderEliminarGostava muito que o proximo presidente fosse o Ruben Carvalho.
Não ? Qual é a actual actividade do anterior presidente da C.M. Loures, Demétrio Alves ? Só uma pista...está no ramo imobiliário...
ResponderEliminarE que fez ele de escandaloso no concelho? Quanto a mim foi só a aprovação da Urbanização do Infantado em zona humida, de resto assim de repente não vejo mais nada de escandaloso.
ResponderEliminarAo Anónimo das 11,12 pm.
ResponderEliminarLisboa e o seu património devem estar acima de demagogias partidárias.
No caso deste edifício ainda nem o actual executivo aprovou a demolição, então como é que diz que foi Santana Lopes que aprovou ?
Posso estar enganado, mas o sr anónimo que se explique.
Honestamente não entendo, não entendo mesmo! Como é que coisas destas CONTINUAM a acontecer?! Fico chocado com estas situações, e sinto vergonha por Portugal, pela imagem que passamos!
ResponderEliminarPor favor alguém diga se sabe se podemos fazer alguma coisa...
Sugiro bombardearmos a Câmara com telefonemas a pedir justificações...
Mas isto não se discute publicamente?! Claro que quando as eleições estiverem à porta, vai-se ter que tocar forçosamente no assunto. E até lá? Não me parece que os e-mails sejam a maneira mais eficaz de confrontar a CML. Isto exige um protesto mais ruidoso.
ResponderEliminarPetição já!
ResponderEliminarIsto não pode continuar. Estou farto de ber belos edificios a serem destruídos nas avenidas novas, para darem lugar a caixotes de suburbio "de qualidade superior".
ResponderEliminarSeja quem for que esteja na CML e deixa isto acontecer, devia ser responsabilizado.
Costa e Salgado fora da CML Já!
Isto não pode ser permitido. Não pode mesmo.
ResponderEliminarO que é que se pode fazer para divulgar isto? Petição online? Mails para os jornais?
Temos de nos organizar.
Isto é um edifício de excepção e como tal deve ser tratado!
ResponderEliminarÀs tantas, neste diálogo, aparece um anónimo, que afirma que eu estaria ligado ao ramo imobiliário.
ResponderEliminarNão é meu hábito responder aíndivíduos que se escondem sob anonimato. Por outro lado, não vejo inconveniente em que uma pessoa desenvolva actividade professional no ramo imobiliário.
Ãcontece, poré, que eu não "estou no ramo imobiliário", nem nunca estive, directa ou indirectamente.
Trata-se de uma aldrabice de um índividuo que, à semelhança de outros cobardes anónimos, me pretendem denegrir.
Quando saí de Loures regressei ao trabalho na EDP, onde era quadro técnico havia muitos anos.
Presentemente faço o doutoramento na UNL onde sou investigador.
A propósito: não foi no meu tempo que o Infantado foi licenciado, mas, sim , no tempo de PS (Riço Calado). Nós limitámo-nos a tentar corrigir os erros e abusos.
Demétrio Alves
Vai ser reabilitado:
ResponderEliminarhttp://www.tricos-imobiliaria.com/docs/defaultt.asp
Chama-se Campo Grande 200