In Público (3/6/2009)
«O documento aponta a necessidade de criação de mais 1500 camas e a substituição de 18 unidades de saúde já existentes
A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou ontem a carta de equipamentos de saúde do concelho, que aponta para a necessidade de sete novas unidades de saúde e substituição de 18 existentes. A proposta, subscrita pela vereadora da Acção Social, Ana Sara Brito (PS), foi aprovada com os votos contra de PCP e PEV, a abstenção de PSD, CDS-PP e BE e os votos favoráveis do PS.
O documento aponta como passíveis de avançar de imediato, em terrenos municipais, as unidades de saúde no Parque das Nações, no Montinho de São Gonçalo (Alta de Lisboa), em Carnide, Benfica (Rua Dr. Rodrigues Miguéis), Campolide, Pedrouços, Vale da Ameixoeira e no Bairro da Boavista. No caso das unidades a substituir, correm ainda negociações com outras entidades, e/ou os terrenos a ceder pela câmara para a sua localização ainda não estão definidos, embora as freguesias com carência estejam identificadas - Ajuda, Alcântara, Anjos, Benfica, Carnide, Charneca, Coração de Jesus, Graça, Lumiar, Mercês, Pena, Penha de França, Belém, Olivais, Santo Condestável, São Cristóvão e São Lourenço, Benfica, São Paulo e São Sebastião da Pedreira.
A carta de saúde aponta também para a necessidade de criação de mais de 1500 camas ou lugares em unidades de cuidados continuados. A cidade necessita de 215 camas em unidades de convalescença (actualmente existem 45), 271 camas em unidades de média duração (existem 22), 719 camas em unidades de longa duração (existem 12), 219 lugares em unidades de dia e 88 em cuidados paliativos.
O deputado municipal social-democrata Jorge Penedo considerou que o documento "é um ponto de par-
tida, mas podia ser um ponto de partida mais ambicioso". "Não existe uma linha clara de planeamento ao longo dos anos", argumentou.
O deputado comunista Silva Dias louvou o "trabalho em si" de elaboração do documento, mas apontou falhas, nomeadamente ser suportado na manutenção demográfica da cidade, quando o Programa Local de Habitação tem como prioridade fomentar o regresso de 300 mil pessoas que têm abandonado Lisboa.
Pelo Bloco de Esquerda, Lídia Fer-
nandes reconheceu o "mérito da apresentação da carta", e alertou para os terrenos que venham a ser libertados pelo Instituto Português de Oncologia, defendendo o seu "uso público, com fins sociais".
O deputado do PEV Sobreda Antunes sublinhou a necessidade de o planeamento ser acompanhado de novas construções, afirmando que "os moradores e utentes têm andado a ser enganados". Lusa »
Podem avançar de imediato 8 (oito, OITO!) unidades de saúde.
ResponderEliminarContem-me outra história, «faxavor», que dessa eu já sei o fim.
Uma propaganda despudorada e cínica !
ResponderEliminarPor exemplo, na freguesia da Pena encerrou o Hospital do Desterro, que está à venda e a degradar-se.
Porque não instalar aí um centro de Saúde, de imediato?
Uma vergonha, os idosos da zona histórica não disporem de centros de saúde, centros de dia e lares nos bairros onde vivem.
Esta CML e todos os seus vereadores na verdade querem expulsá-los dos locais onde vivem.
Chamam a isso,
... reabilitação e
... pasme-se ... repovoamento !