In Público (21/7/2009)
Diogo Cavaleiro
«Nove meses depois de ter sido encerrada para obras de beneficiação, a Biblioteca Municipal da Penha de França, em Lisboa, é hoje reaberta com uma oferta alargada, em que jornais e revistas se juntam a filmes e música para públicos variados.
Os moradores das freguesias da Penha de França, São João, Alto do Pina, Graça e São Jorge de Arroios têm agora uma biblioteca mais próxima, que a câmara pretende que se torne um dos locais escolhidos para a ocupação dos seus tempos livres. Melhores acessibilidades para deficientes são agora garantidas, depois da requalificação do equipamento, instalado num palácio do século XVIII, na Calçada do Poço dos Mouros.
Com a renovação da biblioteca, a sala infanto-juvenil, desactivada desde 2005, foi recuperada para permitir uma mais fácil ligação das crianças à leitura, contando com a interacção dos pais, professores e educadores no local. Por sua vez, a sala de leitura proporciona um fundo documental de carácter geral, contando com técnicos especializados para apoiar a pesquisa de informação de que os utentes necessitem. A Internet faz ainda parte da oferta renovada, não só para o alargamento dos conhecimentos dos leitores mas também para o seu entretenimento.
A renovação da biblioteca da Penha de França está, segundo um comunicado da autarquia, integrada num "plano ambicioso" de modernização da rede de bibliotecas municipais da cidade. De acordo com Francisco Mota Veiga, director municipal de Cultura da Câmara de Lisboa, não se trata propriamente de um plano calendarizado mas, sobretudo, do reconhecimento de que "a rede de bibliotecas precisa de ser olhada no seu conjunto e de ser repensada estrategicamente". A intervenção começou com a constatação de que algumas das bibliotecas se encontravam "em condições precárias", o que conduziu, por exemplo, ao encerramento da biblioteca de Alvalade.
Já a Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras, é aquela que tem "condições mais equilibradas" e é considerada como de "nova geração". Francisco Mota Veiga acrescentou que, no quadro do plano, vão também surgir bibliotecas em locais que ainda não são contempladas pela rede, como a zona de Benfica.
18
A rede municipal tem 18 unidades, duas são itinerantes e três especializadas: a Bedeteca, a Biblioteca Por Timor e a Biblioteca-Museu República e Resistência»
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