In I online (10/7/2009)
por Mariana de Araújo Barbosa
«O hospital deve cinco meses a fornecedores e prestadores de serviços. A data em que o primeiro hospital privado do país deverá fechar as portas decidide-se ainda este mês
O primeiro hospital privado do país, o British Hospital (BH), em Campo de Ourique, vai fechar. A data do encerramento deve ficar definida na assembleia geral de accionistas do Grupo Português de Saúde (GPS), proprietário do British Hospital, marcada para o final deste mês, avançou ao i Carlos Santos, director clínico do hospital. O BH XXI, unidade mais recente do grupo, inaugurado há sete anos nas Torres de Lisboa, deverá passar a concentrar todos os serviços.
Fonte oficial da SLN diz que ainda não está tomada a decisão de fechar o hospital, mas admite que "essa é uma forte hipótese" já que a instituição sempre deu prejuízo e não tem condições de viabilidade.
Carlos Santos, admite que há atrasos de "cinco ou seis meses" aos prestadores de serviços, mas garante que, "em termos de vencimentos, está tudo em ordem".
O desaparecimento dos serviços de internamento e cirurgia, lamenta Henrique Macedo, "levou os doentes a procurarem outros sítios" para os tratamentos. O médico assinala que, se em 1999 o hospital realizava 12 mil consultas médias anuais, as previsões até ao final de 2009 não chegam ao atendimento de dois mil doentes. "O decréscimo da procura, em conjunto com o pagamento dos juros ao BPN" são as razões apontadas pelo médico para as dívidas a fornecedores e prestadores de serviços, que rondam os 500 mil euros.
Outras razões Maria de Belém acredita que a decisão do GPS pode estar relacionada com a mudança da lei relativa aos serviços privados. "É natural que, com a entrada em vigor das regras dos estabelecimentos privados, alguns dos edifícios não reunissem as medidas de segurança exigidas", disse ao i. Já Henrique Macedo, ex-médico em Campo de Ourique, assegura que o fim das cirurgias foi justificado pela "falta de segurança". O médico, que trabalhou no hospital entre 1980 e 2008, disse nunca ter conhecido "qualquer queixa, infecção ou outra ocorrência" na unidade. "Havia uma cultura de responsabilização com observadores muito atentos e que eram garantes de qualidade", disse ao i. "Num processo de racionalização, fará todo o sentido fechar Campo de Ourique", explicou ao i Carlos Santos, acrescentando que "tudo faz prever que, a médio prazo, as actividades fiquem concentradas no novo edifício". "Falta apenas o acordo com os accionistas das duas unidades, que não são exactamente os mesmos", acrescenta.
Estrutura O British Hospital é participado em 50% pelo Grupo Português de Saúde (GPS), estando a metade restante dividida entre a Associação dos Amigos do Hospital Inglês (30%) e os médicos do hospital de Campo de Ourique (20%). Já a nova unidade, o BH XXI, nas Torres de Lisboa, é participada quase na totalidade pelo GPS (92%) - grupo que resultou do reposicionamento e reestruturação da Gália, pertencente à Sociedade Lusa de Negócios (SLN) e participada pelo BPN.
O grupo de saúde comprou 50% do British Hospital à Associação dos Amigos do Hospital Inglês em 2000. Dois anos depois, o GPS adquiriu o instituto de Urologia, numa parceria com o Lisbon United Kingdom Hospital, sociedade gestora do BH em Campo de Ourique, abrindo o British Hospital XXI no edifício espelhado nas Torres de Lisboa.
A compra foi feita através de um empréstimo do BPN, que entrou com 20% do capital. Na altura, todos os serviços de cirurgia e internamento foram transferidos para o novo edifício. "Foram feitas algumas obras em Campo de Ourique e a unidade foi transformada num serviço semelhante ao dos centros de saúde, com consultas e alguns exames", contou ao i Carlos Santos.
O i tentou contactar a administração do Grupo Português de Saúde, mas até ao fecho da edição não obteve qualquer resposta.»
Mais um condomínio em perspectiva, em zona altamente procurada pela construção civil.
Calhou ter ido lá no princípio deste ano e só posso dizer que a qualidade do serviço era péssima.
ResponderEliminarE só o andar de pessoas em pisos que não tinham condições de insonorização, e fazia uma enorme barulheira, era impensável num estabelecimento daqueles.
Venha o condomínio. Se há local que precisa de um F5 urgente é este. Adoro CdO, mas já não suporto os valores a que a marca anda a ser colocada no mercado do usado, pouco concorrencial com algo novo. Venha um mini-abalo.
ResponderEliminarÉ pena que a punchline punitiva do costume deixe a notícia com o grau de reflexão com que entrou no blog - nulo.
Comentário sem o patrocínio da construção civil.
Isto deve ser algum " problema " com a construção civil, se o hospital vai fechar, o que querem lá por, um jardim ??? Deviam ter pensado nos jardins quando patrocinaram os estádios.
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