In Sol Online (14/7/2009)
«O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, que se recandidata ao cargo, dramatizou hoje as diferenças que o separam de Santana Lopes e apelou a uma união supra-partidária em torno da sua candidatura socialista
A escolha que vai ser feita dia 11 de Outubro não permite ilusões, nem ambiguidades. É uma escolha clara entre a responsabilidade e a irresponsabilidade, entre as promessas que se cumprem e as promessas que se fazem, entre o rigor e a trapalhada, entre a competência e a aparência, entre a estabilidade e a instabilidade, entre a realidade e a ficção, entre a sustentabilidade e a precariedade, entre a política ao serviço dos cidadãoes e a política-espectáculo», afirmou António Costa.
O candidato socialista falava no lançamento da sua recandidatura à Câmara de Lisboa, no Jardim de São Pedro de Alcântara, onde teve o apoio do secretário-geral do PS, José Sócrates.
O autarca evocou as coligações de esquerda na Câmara de Lisboa, lideradas por Jorge Sampaio e João Soares, e sublinhou que «essa notável experiência de Governo» deveria «ser renovada».
«Dirijo-me, por isso, a todas e a todos os que sentem que Lisboa merece tudo, para que nos unamos em torno de um projecto de cidade, em vez de nos dividirmos em nome de jogos partidários que nada têm a ver com os interesse de Lisboa», apelou.
Costa referiu o acordo assinado no domingo com o movimento Lisboa é muita gente, no âmbito do qual o vereador José Sá Fernandes integrará as listas do PS.
Quando agradeceu à equipa que consigo trabalhou na autarquia nos últimos dois anos, mencionou as vereadoras do movimento Cidadãos por Lisboa Helena Roseta e Manuela Júdice e foi interrompido por aplausos.
O autarca reclamou obra nas tarefas a que se tinha proposto de «arrumar a casa», «pôr a Câmara a funcionar» e «preparar o futuro».
«Nestes dois anos, fizemos aquilo sem o qual não se pode fazer mais nada. Pode não encher o olho mas é o trabalho de formiguinha que constrói os alicerces, as bases sólidas nas quais podemos firmar uma nova ambição», declarou.
Sem nunca mencionar o nome do cabeça-de-lista da coligação liderada pelo PSD, Santana Lopes, Costa insistiu que os lisboetas terão nas eleições autárquicas «a sorte de escolher de forma muito clara».
«Os lisboetas vão escolher entre quem arrumou a casa e quem a desarrumou, entre quem pôs as contas em ordem e quem as desbaratou, entre o regresso a um passado de má memória e o prosseguimento de um rumo que aponta a um futuro de confiança», afirmou.
Sublinhou ainda que «o desastre do passado recente» ensinou uma «lição».
«Essa lição diz-nos que o imediatismo inconsequente, a improvisação errática, o voluntarismo contraditório, a impreparação simplista, a inconsistência fútil e o populismo fácil são trágicos para as cidades», defendeu.
O autarca enunciou «cinco desígnios», que passam por uma cidade «mais amiga das pessoas», que seja «atractiva e cómoda», «limpa e segura», com um plano para pessoas com mobilidade reduzida.
O investimento na educação, um novo modelo de mobilidade assente nos transportes públicos, com uma rede de eléctricos rápidos e alargamento do Metro, são outros desses «desígnios», bem como uma «cidade que crie riqueza e gere emprego».
A «reforma administrativa da cidade» é o último desses desígnios, que passa pela reorganização das freguesias e a descentralização de competências do Estado para a Câmara e da Câmara para as freguesias.
«Uma reforma em que o Estado devolva à cidade as competências vitais à sua gestão, dos transportes públicos ao policiamento de trânsito ou à plena gestão do seu território ribeirinho», declarou.
Entre os apoiantes que se deslocaram hoje ao Jardim de São Pedro de Alcântara, encontravam-se o ex-Presidente da República e antigo presidente da Câmara de Lisboa, Jorge Sampaio, Maria Barroso, Vera Jardim e os ministros da Cultura, Pinto Ribeiro, da Saúde, Ana Jorge, e da Presidência, Pedro Silva Pereira, bem como o secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães.
A presença de figuras ligadas à Cultura foi expressiva, com a presença do pintor Júlio Pomar, dos realizadores João Botelho, Mário Barroso e Fonseca e Costa, o actor e encenador Luís Miguel Cintra, a actriz e realizadora Inês de Medeiros, os actores Miguel Guilherme, Rui Morrisson e André Gago.
Estiveram igualmente presentes os fadista Camané, os músicos Luís Represas e João Gil e antigo jogador de futebol Eusébio da Silva Ferreira.
Do seu mandatário-geral, Carlos do Carmo, António Costa ouviu vários apelos para a gestão da cidade, um dos quais «não fazer da Cultura um berloque do poder».
Lusa / SOL»
lisboacomcosta.blogspot.com/
ResponderEliminarHelena Roseta, pode tudo:
ResponderEliminarPode integrar as listas de António Costa;
Pode concorrer pelos CPL e coligar-se antes ou depois, com António Costa.
Agora o que não pode, é deixar caír as bandeiras que levou para as batalhas e com as quais, ajudou a ganhar Lisboa.
Isso não pode, porque é o que esperamos de alguém como ela.
Antonio Costa tem estado de costas voltadas para os Lisboetas.
ResponderEliminarA arrogância herdada pela sua estadia no governo prejudicou os lisboetas.
Foi tudo cozinhado nos gabinetes, e nas costas da população.
Os contentores em Alcantara, o Terreiro do Paço, só para falar nestes, e de nada serve virem agora dar umas bicadas nos ministros os seus ex-colegas de governo.
Antonio Costa e a sua equipa, Manuel Salgado e Sá Fernandes não merecem a confiança dos lisboetas.
Lamentável!
António Costa só pode lançar a sua candidatura à presidência da Câmara Municipal de Lisboa, no Jardim de São Pedro de Alcântara, porque em 2004 Pedro Santana Lopes o mandou recuperar.
ResponderEliminarA intervenção teve como objectivo a requalificação das zonas verdes, recuperação dos bustos, do mobiliário urbano, melhoria das acessibilidades, entre outras medidas.
Devolver este espaço à Cidade e aos seus visitantes e moradores foi o objectivo desta empreitada, aprovada em sessão de Câmara, em Dezembro de 2004 e adjudicada em Agosto de 2005.
União à esquerda? Nunca!
8 meses de estudos e consultas... nada mau!
ResponderEliminarbonito. acho espectacular que António Costa use estes adjectivos como insinuação à gestão de Santana Lopes, quando é visível para quem tiver um mínimo de atenção que só nos últimos meses é que se fez alguma coisa em Lisboa. por isso é que as trapalhadas começaram agora. quando não se faz nada, não há enganos. é de uma demagogia...
ResponderEliminar... e já agora, precisamos de saber com rigôr e atempadamente, quais as opções, que cada um dos candidatos defende, para assuntos concretos e estruturantes sobre a cidade; que não se resumam áquelas parangonas formais e que não querem dizer nada.
ResponderEliminarAssim, o que pensam os candidatos das várias forças politicas e qual o seu compromisso para com o eleitorado, ácerca de:
- Reabilitação urbana do património construído dos sec XIX e XX;
- Largo do Rato;
- Museu dos Coches;
- Porto de Lisboa;
- Terreiro do Paço;
- Terceira Travessia;
- Politíca de Transportes e Mobilidade para a cidade;
- Reabilitação dos espaços verdes;
- Parque Florestal de Monsanto.
Costa é um presidente arrogante encapotado , o que não admira como Ministro já o era !
ResponderEliminarNão quero nada com ele ! Nem contra Santana! Já dei para esse peditório !
confio em Helena Roseta , e não creio que haja alianças nem pós eleitoraia nem Pré - eleitorais , seria o descrédito para sempre !
Lisboa liberta de partidarices!
JGCAfonso
A reorganização administrativa da cidade é uma excelente bandeira e é daquelas medidas que qualquer cidade europeia há muito já fez.
ResponderEliminarCompreende-se que existam 53 freguesias na cidade, umas com 500 eleitores e outras com 50 mil?
Compreende-se que a baixa esteja dividida em 5 freguesias?
Mas não sei se conseguirá vencer as clientelas partidárias (de todos os partidos). Importam-se mais com isso do que com a eficiencia da cidade...
São notórias as fragilidades do Costa, designadamente com esta aliança de última hora com Helena Roseta. Espero que ela se faça pagar bem caro... Não sendo simpatizante do PSL considero que, em menos de três anos, fez bastante mais por por lx que estes. Costa quer demarcar-se do governo que está em queda livre e critica o ministro Lino e o da Administração interna como se ele não tivesse nada a ver com este último ministério, aundo lá esteve mais de 2 anos. Costa é inteligente
ResponderEliminarmas é um homem de gabinete e da intriga palaciana.
Caro JGCAfonso,
ResponderEliminarContinua a acreditar em Roseta...?
Sim sim, já a seguir, a correr e a saltar...
ResponderEliminarÉpá, se o Eusébio, esclarecido apreciador de tremoço, vota Costa, está decidido: eu faço como ele: desato a comer tremoço.
ResponderEliminar